segunda-feira, 31 de agosto de 2009

«Campanha anti-marquises em Setembro»


"Trata-se de um problema de educação cívica", comenta bastonário dos arquitectos, que fala em fenómeno único na Europa

As marquises nas fachadas dos prédios são um dos alvos de uma campanha que arranca no mês que vem para sensibilizar a população para os aspectos estéticos do fenómeno. As caixas de ar condicionado e os estendais também vão estar na berlinda nesta iniciativa, que, apesar de ter o apoio do Ministério do Ambiente, partiu de um gestor privado.

Aos 56 anos, Luís Mesquita Dias, que é presidente do conselho de administração da Unilever-Jerónimo Martins, decidiu que era altura de chamar a atenção dos portugueses para um fenómeno que diz nunca ter visto em parte nenhuma da Europa desenvolvida senão aqui - apesar de ter morado vários anos em Barcelona e Bruxelas e também em Banguecoque: "Choca-me ver o meu país degradar-se. Estamos a hipotecar a nossa paisagem urbana". Depois de, há 12 anos, ter tentado - sem sucesso - sensibilizar todas as câmaras municipais e várias outras entidades para a necessidade de pôr cobro àquilo que designa por "desordem urbanística", resolveu agir.

Um spot televisivo, outro radiofónico e cartazes nas ruas de Lisboa são as armas de que se muniu para desafiar a "impunidade com que se intervém nas fachadas dos prédios" e "a falta de controlo das entidades" responsáveis pela fiscalização. Com apenas 30 segundos, o spot televisivo mostra algumas marquises dos milhares delas que têm sido fechadas clandestinamente, aparelhos de ar condicionado colocados de forma indiscriminada e estendais "com cuecas que teimam em pingar", como diz a voz off do vídeo. "A cidade que temos é a cidade que fazemos", lê-se no final.

Casado e com dois filhos, Luís Mesquita Dias está ciente das reacções negativas que esta campanha - à qual se associaram parceiros não só institucionais como também privados, que pagaram os custos das suas diferentes vertentes - vai desencadear. As famílias com muitos filhos vão dizer que não têm outra alternativa senão pôr uma das crianças a dormir na marquise, antevê. "Mas não há famílias nos países onde o fenómeno nunca atingiu proporções semelhantes às portuguesas?", questiona.

Realista, o gestor sabe que é impossível arrancar as centenas de milhares de marquises clandestinas espalhadas pelo país. Por isso, apresenta uma solução: a colocação de estores brancos nestas excrecências acrescentadas às varandas. Todos iguais, de forma a uniformizar as fachadas.

O bastonário dos arquitectos, João Rodeia, ignorava a campanha que aí vem. Mas congratula-se por um particular ter resolvido chamar a atenção para o problema. "Não conheço outro país europeu em que isto aconteça", confirma. "Em Espanha as varandas têm toldos e as pessoas usufruem delas sempre que o bom tempo o permite". Então o que se passa em Portugal? "É uma questão de educação cívica", responde o bastonário. "E cada varanda tem um sistema de fecho diferente, o que desfigura ainda mais os edifícios".

"Compreendo a necessidade de espaço das pessoas, mas todos têm o direito a que as cidades não fiquem desfiguradas", acrescenta, referindo os anos e anos de permissividade das autoridades. "O que é mais angustiante é que a maioria das pessoas habituou-se a estes fenómenos e não os acha estranhos". Embora arranque em Lisboa, a campanha deverá estender-se ao Porto e eventualmente a outras cidades. In Público 27/8/2009

FOTO: Edifício da década de 60 do séc. XX na Rua António Pedro, 8. As varandas são óptimos locais para crescer plantas e assim contribuir para uma cidade mais saudável e bela. Encerrar as varandas com envidraçados contribui para o aumento da temperatura do ar (funcionam como estufas) para além de desfigurar a arquitectura da cidade.

sábado, 29 de agosto de 2009

Patience is a flower that grows not in everyone's garden

Patience is a flower that grows not in everyone's garden.
(provérbio inglês)
Nota: Imagem retirada da revista The New Yorker, Fevereiro 2009

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

ELEVATED PRINCIPLES



Uma obsoleta linha de caminho de ferro elevada em Nova Iorque foi transformada num "arruamento" arborizado só para peões. A inauguração do primeiro sector foi em Junho passado:

One of the most striking tropes of any sci-fi city of the future has always been the stratification of travel, the elevated railway, the monorail, streets in the sky, the flyover. From Le Corbusier to the World’s Fair Futuramas, the skyscraper skyline has always been interwoven with aerial roads and tracks.

For a while, these visions seemed to be coming true in New York. The Empire State Building was crowned by a Zeppelin mooring mast, the Rockefeller Center introduced a layered city of subterranean plazas and terraces while subway and rail lines cut swathes under and over the city in complex webs of structural steel.

But it didn’t last. The High Line, a freight railway built to service the huge industrial buildings around Chelsea, was begun in 1929 but, by the 1960s, after less than a generation, was already defunct. Wandering around Chelsea today, wending between galleries and lofts, between photo-shoots and audition lines, it is hard to see it was ever there. The High Line’s rusty legs poke hesitantly through the cliffs of masonry but, occasionally, glimpses of the railway flash into view; a delicious art deco detail, a rusty riveted column, a web of steel beams. Now it is being revived in a vision of the new transport for the future, a new vision of the stratified city. It is becoming a place to walk.

The surface of the High Line has been made into an elevated linear park and, in a rare stroke of urbanistic genius, a defunct amenity, long considered a strip of urban blight, has become an engine of regeneration.

Its rebirth has spawned a boom in development along its length and its environs have become the city’s most extraordinary architectural showcase. It is becoming a kind of museum of contemporary design. And at its heart is the Standard Hotel. (...) Its rooms, decked out in a kind of retro-futuristic-nautical, give the most astonishing views over the city. The vista sweeps out over the Hudson and out to the Statue of Liberty while the endless activity around the meat storage units below roots the views in the gritty everyday life of the city, such as workers with blood-stained aprons and wasted clubbers at dawn.

But it also looks out on to its own vista, the long, green expanse of the High Line. The story of these old tracks is an encouraging tale of perseverance and preservation. Joshua David and Robert Hammond set up the Friends of the High Line in 1999, garnering instant celebrity support. Working hard to encourage community activism and commissioning New York architects Diller Scofidio + Renfro, the plan emerged to turn the tracks back into a more refined version of the picturesque wilderness they had become.

An exquisitely sylvan set of photos by Joel Sternfeld showed the lines as they were, an artery of untamed foliage flowing through the city and they helped people understand that this could be a green amenity rather than a toxic eyesore.

It helped also that this had been done before, in Paris’s wonderful Promenade Plantée. The architects of the High Line, who are also responsible for the recently-opened Alice Tully Hall at Lincoln Centre, worked hard to analyse the strange collection of plants that had gathered and thrived along the tracks. The very particular ecosystem was maintained and encouraged, rotten tracks were removed and replaced. The park enables the visitor to walk, uninterrupted by crossings and lights, across 18 blocks of the city centre.

Along with the new arrivals, there’s still plenty of the old Chelsea on view. The glistening skyline spike of the Empire State Building keeps the journey focused as the former tracks wend their way up from Gansevoort Street. The path passes under the brick hulk of the former Nabisco factory, its massive underbelly delicately graffitied in filigree tags, its once-shattered windows transformed into an artwork by Spencer Finch, each new pane derived from a colour study of the endlessly changing waters of the Hudson.

There is the radical new architecture itself spawned by the prospect of the High Line’s urban revitalisation: Neil Denari’s extraordinary HL23 Tower bulges over the tracks, its base squeezed on to an impossibly tight site, the cross-bracing rippling up through its skin in an echo of the High Line’s metal structure; there is the space-age pod of Diane von Furstenberg’s crystalline loft by architects Work; there is Shigeru Ban’s wonderful apartment block, an open crate of terraces with aluminium screens to shutter it up like a storefront; there are the patchwork façades of Jean Nouvel’s 11th Avenue condo tower and beside those the rippling fronts of Frank Gehry’s IAC headquarters by the Chelsea Piers.

As the High Line crosses over 10th Avenue, the structure reveals an unusual view to Midtown and the structure dips down to make a hanging public space suspended above the flowing current of traffic. There is the industrial vernacular that litters the route: metal bridges, an industrial version of Venice’s Rialto, spanning between mountainous brick buildings; there are the spindly hats of the dwindling water towers, so characteristic of the city’s roofscape.

Already the revived landscape of shrubs and reeds, saplings and grasses is obscuring the tracks and railings, the latticework sides and deco details. The High Line has become a wonderfully strange landscape, a park that takes up no space, which drifts through the city like a magic carpet. If Central Park is the most extraordinary monument to nature, a huge slice of Manhattan’s natural landscape in the midst of the world’s first modern city, then the High Line is nature winding its way back through the grid, reasserting itself over the city of industry.

And this is the moment to see it. New York is at its best at the moment it changes, the dark grids of still-exposed structural steel skeletons, the hum of construction, the evocative juxtapositions of fire escapes and scaffolds, decay and renewal, water towers and cranes. For now, the clubs and the warehouses, the meatpackers and the models, the glaziers and the gallerists co-exist in a slice of real urbanity. One day, it’ll all be condos and museums but, for now, this extraordinary linear park offers the most thrilling architectural walk in the world.

in Financial Times, 18 Julho 2009

FOTOS: retiradas do http://www.thehighline.org/

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

XIX Jornadas sobre a Função Social do Museu

XIX JORNADAS SOBRE A FUNÇÃO SOCIAL DO MUSEU

PAÇOS DE FERREIRA - 13 a 15 de Novembro de 2009

"O TRABALHO COMO PATRIMÓNIO MUSEOLÓGICO"

MINOM - Movimento Internacional para uma Nova Museologia
MUSEU DO MÓVEL - Paços de Ferreira
MUSEU ARQUEOLÓGICO DA CITÂNIA DE SANFINS - Paços de Ferreira
CÂMARA MUNICIPAL DE PAÇOS DE FERREIRA

O Trabalho como Património Museológico será o tema geral das XIX Jornadas Sobre a Função Social do Museu, a terem lugar em Paços de Ferreira entre 13e 15 de Novembro de 2009, sob organização do MINOM e Câmara Municipal de Paços de Ferreira.

Estas Jornadas, abertas à participação tanto de utentes como de profissionais de museus, propõem-se ser um espaço de troca de experiências técnicas e de reflexão colectiva sobre as finalidades da museologia e da museografia. Os debates em grupos de trabalho incidirão sobre os temas específicos "Patrimónios do Trabalho", "Memórias do Trabalho" e"Economuseologia".

Em próxima circular informativa, a distribuir brevemente, serão apresentados o Programa de Trabalhos das XIX Jornadas, as condições de participação e outras informações úteis.

Pedidos de informações devem, para já, ser encaminhados para:

César Lopes, Museu Nacional de História Natural cllopes@fc.ul.pt

FOTO: Edifício da biblioteca da antiga Escola Politécnica

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

"Plantas da Bíblia no Jardim Botânico"

No âmbito da iniciativa Biologia no Verão 2009 pode visitar, mediante inscrição no site da ciência viva, a exposição "Plantas da Bíblia no Jardim Botânico" na próxima quinta-feira dia 27 das 9h30 às 13hoo no Jardim Botânico.


FOTO: Romãs, o fruto da Punica granatum

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

GRETA OTO... a borboleta transparente

Greta oto, mais conhecida como a "borboleta transparente". Tudo o que sabemos é que se encontra numa área que vai desde o México ao Panamá.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

The Lake of Lilies..


When you have only two pennies left in the world, buy a loaf of bread with one, and a lily with the other.

(provérbio chinês)

FOTOS: Nenúfares no Jardim Botânico de Singapura

sábado, 15 de agosto de 2009

300 anos da «passarola» de Gusmão

Bartolomeu de Gusmão - Nasceu em Santos, S. Paulo, no Brasil, e fez estudos no Seminário jesuíta de Belém, na freguesia de Cachoeira, Capitania da Baía, onde se ordenou. Desde muito cedo se interessou pelo estudo da Física, tendo concebido uma máquina de elevação de água a 100 metros de altura, no Seminário de Belém. Em 1701 veio para Portugal, tendo regressado ao Brasil pouco depois, para voltar a Portugal em 1708 a fim de fazer o curso de Cânones da Universidade de Coimbra. Aqui desenvolveu os seus estudos de Física e Matemática. Em 1709 dirigiu uma petição a D. João V anunciando que tinha descoberto "um instrumento para se andar pelo ar da mesma sorte que pela terra e pelo mar". O rei concedeu-lhe privilégio para o seu instrumento por alvará de 19 de Abril de 1709. Fez várias experiências com balões de ar aquecido, algumas delas na presença de D. João V e da corte.

Em 1713 partiu para a Holanda onde pretendia desenvolver as suas experiências. Voltou em 1716 e concluiu em 1720 o curso universitário que tinha interrompido. Fundada a Academia Real de História em 1720, foi nomeado académico e D. João V colocou-o na Secretaria de Estado tendo-o nomeado fidalgo-capelão da casa real e concedeu-lhe rendimentos no Brasil. Foi encarregado pela Academia de escrever em português a História do Bispado do Porto. Pouco antes de morrer converteu-se ao judaísmo e em 1724 fugiu para Espanha evitando as perseguições da Inquisição de que era alvo. Faleceu num hospital de Toledo, Espanha, durante a fuga, em 1724.

Principais contributos científicos
Cognominado o "padre voador", é considerado um percursor da aeronáutica sendo dos primeiros a provar a possibilidade de criar engenhos com capacidade para voar. O projecto que apresentou a D. João V previa a possibilidade de criar um instrumento que permitisse mandar avisos a territórios longínquos, transportar produtos ultramarinos, socorrer praças sitiadas, descobrir as regiões próximas dos pólos, e resolver o problema das longitudes.

Após ter recebido do rei D. João V, em 19 de Abril de 1709, apoio e um privilégio que lhe permitiria ter o exclusivo na construção de máquinas voadoras, dedicou-se a esta tarefa. A 5 de Agosto de 1709 fez uma primeira experiência pública, na sala do Paço e na presença do rei, tentando fazer subir um globo de papel que tinha sob a abertura uma pequena barquinha com fogo, mas o balão ardeu sem voar. A segunda experiência, a 7 ou 8 de Agosto resultou. No dia 8 de Agosto de 1709, na sala dos embaixadores da Casa da Índia, diante de D. João V, da Rainha, do Núncio Apostólico, Cardeal Conti (depois papa Inocêncio XIII), do Corpo Diplomático e demais membros da corte, Gusmão fez elevar a uns 4 metros de altura um pequeno balão de papel pardo grosso, cheio de ar quente, produzido pelo "fogo material contido numa tigela de barro incrustada na base de um tabuleiro de madeira encerada". Com receio que pegasse fogo aos cortinados, dois criados destruíram o balão, mas a experiência tinha sido coroada de êxito e impressionado vivamente a Coroa. A 3 de Outubro um outro "instrumento de voar", lançado da Casa da Índia, elevou-se a grande altura.

Durante a segunda metade do século XVIII difundiu-se a ideia de que o próprio Bartolomeu de Gusmão teria efectuado um voo num aeróstato por ele construído, entre o Castelo de S. Jorge e o Terreiro do Paço, mas trata-se de uma lenda, não há documentos que registem esse acontecimento e as suas experiências teriam avivado a imaginação popular a tal ponto que ele seria alvo de chacota.

Não se conhecem outras experiências para além das que praticou na corte, sendo muito famosa a gravura que fez da "passarola", que não terá passado de um artifício de Gusmão para desviar a atenção dos seus detractores e dos curiosos.

As experiências com aeróstatos foram desenvolvidas na segunda metade do século XVIII pelos irmãos Montgolfier, Joseph Michel (1740-1810) e Étienne (1745-1799). Após várias experiências, em Setembro de 1783 fizeram subir um balão de ar aquecido que transportou três animais e em Novembro um outro balão transportou duas pessoas e sobrevoou Paris.

in Instituto Camões

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

This is your world

THIS IS YOUR WORLD. SHAPE IT OR SOMEONE ELSE WILL.

Gary J. Lew

Foto: Rio Nam Xong, perto de Vang Viang no norte do Laos

domingo, 9 de agosto de 2009

O Eléctrico 24 visto por Olle S. Nevenius



Imagens do eléctrico 24 no ano de 1979 pelo fotógrafo sueco Olle S. Nevenius. O nosso 24 na Praça Luís de Camões e na Rua da Misericórdia a caminho do Jardim Botânico, e a repousar no Largo do Carmo. Para quando o regresso do eléctrico 24 tal como prometido pela CARRIS e CML?

Para ver mais imagens dos eléctricos lisboetas no ano de 1979, visite o seguinte website:

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

«Great Universities have Great Museums»

A Message Concerning University and College Museums

We the undersigned believe that:

Great colleges and universities look both forward and back; they shape our shared future by being stewards of our shared past.

They perform this service not merely through the commitment of countless faculty and other resources to the cause of teaching, learning and scholarship, but also by building, preserving, providing access to, and interpreting tangible objects, ranging from manuscripts and rare books toworks of art and biological and natural-history specimens and artifacts.

Our college and university collections, found in our great academic archives, libraries and museums, are deep repositories of past and present human creativity, in all its diversity and richness.

These collections present students, teachers and local communities withunique opportunities to experience, to learn, and to grow. They speak to theyoungest child and to the lifelong learner. They advance teaching and learning across the arts, humanities, and social and natural sciences, while also inspiring new and exciting forms of inter disciplinary scholarship.

They engage entire communities in the perpetuation and dissemination ofknowledge, in their understanding of society and culture, in the value ofcultural and scientific literacy to our democracy and, thus, in the practiceof developing good and educated citizens.

Archivists, librarians and museum professionals - and the array of servicesthey provide - play an essential role in the educational enterprise by facilitating access to, as well as the appreciation and interpretation of, our college and university collections.

At the heart of many of our great colleges and universities stand museums ofart, science, archaeology, anthropology, and history, as well as arboreta and other collections of living specimens. Along with our libraries and archives, these academic museums advance learning through teaching and research. They are the nation's keepers of its history, culture and knowledge. They are essential to the academic experience and to the entire educational enterprise.

Founded, like universities, to serve humankind, museums are no more disposable assets than are libraries and archives.

Great Universities have Great Museums.

The Boards, Officers and Members of the:

American Association of Museums, Ford Bell, President; Carl Nold, Chair Association of Art Museum Directors, Michael Conforti, President; Janet Landay, Executive DirectorAssociation of College and University Museums and Galleries, David Alan Robertson, President University Museums and Collections, International Council of Museums, Cornelia Weber, Chair College Art Association, Paul Jaskot, President; Linda Downs, Executive Director Samuel H. Kress Foundation, Max Marmor, President.

FOTO: Museu Nacional de História Natural de Nova Iorque

Task Force on College and University Collections

Foi recentemente criada uma plataforma associativa internacional (género PP-CULT, mas mundial), com o objectivo de sensibilizar as pessoas para a importância do património universitário, particularmente nos Estados Unidos cujos museus têm sido fortemente ameaçados devido à crise financeira.

Porém, como sabem, o problema vem de muito longe e não afecta apenas os EU - as colecções, museus, jardins botânicos e herbários das universidades europeias estão hoje mais vulneráveis do que nunca e uma percentagem muito significativa do que existia nos anos 80 já desapareceu, silenciosa e irreversivelmente.

A criação da plataforma - que se chama Task Force on College and University Collections - parte da Association of College & University Museums & Galleries (ACUMG) e integra a American Association of Museums (AAM), o Comité Internacional do ICOM para os Museus e Colecções Universitárias (UMAC), a Association of Art Museum Directors e a College Art Association,entre outras.

A primeira iniciativa dessa plataforma é uma petição intitulada 'We Believe. Great Universities have Great Museums', que se encontra disponível para subscrição em: http://www.acumg.org/

Marta Lourenço

FOTO: Museu Nacional de História Natural de Nova Iorque.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

EDIBLE and ELEGANT

Cabbages, chard, peas and pumpkins can bring as much variety to a garden as flowers can, says Hazel Sillver

Functional rows of leeks and lettuces, with soil in between, are not as kind on the eye as the rose tumbling over the pergola or the drift of pink poppies filtering the light. Veg is just veg. Or is it?

Judging by a series of new kitchen gardens – and the French potagers that inspired them – it seems productivity can be beautiful.

In the Chef’s Kitchen garden at The Royal Horticultural Society’s Hampton Court Palace Flower Show in London this month, flowers such as roses, echinops and sedum grew among good-looking vegetables and herbs such as fennel, round-headed leeks (Allium sphaerocephalon), artichokes, cabbages and red orach.

Designed by Karen Rogers, the plot was created to demonstrate that a garden can be both edible and elegant. “You don’t have to have lines of veg,” says Rogers, who planted hers higgledy-piggledy in among the flowers. “A kitchen garden can be beautiful to sit in.” The focal point was a wood-burning stove (for outdoor cooking), around which sat box topiary and raised beds of blue-grey-painted wood that were filled with a stunning mixture of flowers, fruit and vegetables.

The interest in decorative vegetables is widespread. People now want to grow their own food on such a scale that their garden (if it is attached to a small townhouse, for instance) is often dominated by edibles. Why not? The allotment can look as pretty as the rose garden and attractive vegetables can be grown in borders amid the flowers. Once upon a time if vegetables were labelled “ornamental” it meant they were grown for looking at, not eating; nowadays people want them to be ornamental and edible.

"The desire for productive gardens is now immense,” says garden and landscape designer Helen Westendorp. “Last year only a handful of my clients wanted me to incorporate a vegetable garden but this year everybody has asked for one and they all want it to be ornate.”

Westendorp has created a kitchen garden at The Bell, a hotel and gastro-pub at Skenfrith in Gwent, south Wales. To fulfil the owner’s brief of “pretty productivity”, she put beds of ornate edibles such as horned cucumber, lavender and asparagus pea around a gazebo covered in blackberries and apples.

In these eco-friendly and health-conscious times, plucking food from the backyard instead of buying greens that have been flown in from another continent can help our bodies – and the planet. At Hampton Court Palace, the award for Best in Show went to the Winchester Growers’ Growing Tastes Allotment Garden and it is likely this was because of its timely theme.

At the moment, horticultural bodies and politicians cannot do enough to encourage us to harvest our own crops. Boris Johnson, mayor of London, and the Royal Horticultural Society recently paired up to create Capital Growth, a scheme that will oversee the development of 2,012 new food growing spaces in the capital by 2012. In San Francisco, Mayor Gavin Newsom has just ordered an audit of unused land, including rooftops and windowsills, that could be turned into community gardens or farms supplying locals with vegetables.

At the White House, Michelle Obama, first lady, has had an ornamental vegetable garden installed while Queen Elizabeth’s acres at Buckingham Palace now have their first edible garden since the second world war. There are rare crops, such as the climbing bean Blue Queen, strawberries growing out of a large stone vase and a round bed of eye-catching vegetables, such as rainbow chard, planted in concentric circles.

Of course the most famous vegetable patch in history was created for a monarch – the 22-acre Potager du Roi at Versailles, designed for Louis XIV in the late 17th century to “delight the eyes”. The ornamental pattern of rectangular beds surrounding a fountain was such a spectacle it spawned a series of pretty kitchen gardens for which France is now famed. The term potager, which simply means “kitchen garden” in French, now means beautiful kitchen garden in English.

There are still many incredible potager designs in France, including colourful lines of vegetables and flowers at Château de Bosmelet in Normandy and, of course, the vast chequerboard of beds at Château de Villandry in the Loire Valley.

France is an exception in history. In most countries, the ornate kitchen gardens of the past gave way to unattractive rows of vegetables. In recent decades designers have begun to think differently. In the UK the late garden designer Rosemary Verey created various potagers; at The Old Rectory in Sudborough, Northamptonshire, for example, she mixed box-edged beds of vegetables with rose-drenched arches, lavender, delphiniums and pink willow.

Now others are following her lead. The new kitchen garden at RHS Harlow Carr in the north of England is designed to demonstrate that an organic edible garden can be decorative. A walkway of living willow walls and sweet peas curves through raised beds of attractive foodstuffs such as kale. At fashion designer Linda Allard’s huge potager in Connecticut, US, there are roses among the vegetables and a tomato walkway.

There is no reason why vegetables cannot be attractive. Either we mix them with non-edible beautiful plants or we use attractive edibles, of which there are many: the exotic-looking Turk’s Turban, the small pink sweetcorn Strawberry Popcorn, regular sweetcorn for its structural foliage, the purple-grey cabbage Red Drumhead, the burgundy artichoke Violetto di Chioggia and the dark purple bean Blauhilde, to name but a few.

The organic seed and plant company Victoriana Nursery reports an increase in people buying attractive vegetables, such as cucumber Crystal Apple and pumpkin Jack Be Little to train up a trellis or over an archway.

Vegetables can be grown in more formats than we might imagine and it is an exciting design prospect to want them as the backbone of the main garden. in Finnacial Times, 25/26 de Julho de 2009

FOTO: alfaces e outros legumes no jardim do Château de Villandry no Vale do Loire

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Uma gata chamada LISO...

A gata LISO, residente no Jardim Botânico, de guarda na Classe, ou simplesmente a descansar?

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Pancho Guedes: «as cidades estão a perder as suas personalidades»

Pancho Guedes — Vitruvius Mozambicanus
Museu Colecção Berardo [18 Maio 16 Agosto]
Centro Cultural de Belém

Aberto todos os dias, das 10h às 19h. Entrada gratuita

«Em toda a parte as cidades estão a perder as suas personalidades e começam a parecer-se umas com as outras, quase como os aeroportos. Não é através de regras, dogmas, ditames, piruetas ou assasinatos que a cidade será devolvida aos seus cidadãos. Só através do poder da imaginação a cidade se tornará maravilhosa.

Os passeios da minha infância - aqueles passeios portugueses em calçada preta e branca - deram-me a possibilidade de ver como uma cidade pode ser transformada numa cadeia de delícias.

Quando voltei a casa vindo de África pela primeira vez, aos seis anos, as ruas íngremes, os elevadores disfarçados de eléctricos horizontais, e os eléctricos propriamente ditos, barulhentos e com campainhas a tinir, os pátios e átrios de pastelarias e cafés, a Rossio movimentado, atafulhado com fontes, com a sua enorme coluna, os anúncios, os sinais de trânsito (cheios de pombos) e o enorme e plano Terreiro do Paço (uma imensidão a seguir à grelha apertada da Baixa pombalina) fizeram-me compreender Lisboa e viver nela como se fosse a minha casa.»

Nesta exposição, Pancho Guedes (n. 1925, Lisboa) reúne a sua prodigiosa e original produção de desenhos, quadros e esculturas e mostra como estes contribuíram para as formas, as ideias e o espírito das muitas arquitecturas diferentes e pessoais que criou. A sua ligação com África, sobretudo com Moçambique, permitiu que Pancho se libertasse dos constrangimentos mais restritos das ideias habituais sobre a arte. Uma exposição de um autor muito especial. A não perder!


FOTO: Rua Rosa Araújo, 32 (demolido em Junho de 2008). Lisboa perde personalidade sempre que ocorre a demolição de património arquitectónico.

sábado, 1 de agosto de 2009

Visitas guiadas: LAÇOS DE FAMÍLIA

LAÇOS DE FAMÍLIA NO JARDIM BOTÂNICO

Das rosas às palmeiras: a evolução de dez grupos aparentados de plantas

De 9 de Setembro de 2009 a 23 de Maio de 2010

Que laços unem as plantas de uma família? Como evoluem e adaptam plantas aparentadas para sobreviver no mundo natural? O que as une? O que as diferencia? É a seiva mais viscosa que a água? Em dez visitas guiadas às colecções do Jardim Botânico do Museu Nacional de História Natural, convidamo-lo a descobrir a fabulosa história natural de plantas da mesma família.

Ano de 2009

Rosáceas: 9 de Setembro (15h) e 13 de Setembro (11h30)
Legumes: 23 de Setembro (15h) e 27 de Setembro (11h30)
Agaves: 7 de Outubro (15h) e 11 de Outubro (11h30)
Palmeiras: 21 de Outubro (15h) e 25 de Outubro (11h30)

Ano de 2010

Coníferas I: 17 de Março (15h) e 21 de Março (11h30)
Coníferas II: 24 de Março (15h) e 28 de Março (11h30)
Euforbiáceas: 7 de Abril (15h) e 11 de Abril (11h30)
Compostas: 21 de Abril (15h) e 25 de Abril (11h30)
Mirtáceas: 5 de Maio (15h) e 9 de Maio (11h30)
Moráceas: 19 de Maio (15h) e 23 de Maio (11h30)

Valor de inscrição: 4 €/pax
Assinatura de 5 sessões: 16 €/pax

Mais informações: www.mnhn.ul.pt

FOTO: colecção de palmeiras na escadaria do Arboreto

INVASÃO DO JARDIM BOTÂNICO

BASTA! Andam a vandalizar o Jardim Botânico.
A Liga dos Amigos do Jardim Botânico, exige que a Câmara Municipal de Lisboa, nos informe sobre a vandalização iniciada ontem, da cerca pombalina do JB, bem como, dos terrenos no seu interior.
O famigerado Jardim Botânico da Universidade de Lisboa, sofreu ontem mais um atentado à sua integridade e preservação, que receamos se venha a continuar nos próximos dias. Abertura de buracos na cerca pombalina do JB, contígua ao Parque Mayer e esventramentro dos terrenos do JB, o que perfaz uma violação grave do nosso património e de um legado que pertence a toda a cidade de Lisboa e a todo o país.
Património Nacional, num processo que se arrasta desde os anos 70, e, que ainda não foi inexplicavelmente concluído - falta a homologação na Assembleia da República - igualmente adiada, desde o início da actual legislatura, em 20 de Fevereiro de 2005.
Queremos saber quem ordenou o referido atentado para podermos actuar rapidamente.
Pedimos também a divulgação deste atentado por todos os meios de comunicação social, bem como, por todos os cidadãos.
Informamos também que iremos contactar as entidades, que, neste caso, terão responsabilidades directas ou indirectas nesta situação. A saber: Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Magnífico Reitor da Universidade de Lisboa, Ministro da Cultura, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Vereador do Ambiente, Espaços Verdes, Plano Verde, Higiene Urbana e Espaço Público, Director do IGESPAR.
Exigiremos responsabilidades junto das Autoridades competentes, nacionais, europeias e internacionais.