quarta-feira, 30 de junho de 2010

Em Floração: CYNARA CARDUNCULUS L.

Cynara cardunculus L. (cardo-do-coalho) em floração na Classe

«Plano de Pormenor do Parque Mayer e do Jardim Botânico de Lisboa é analisado hoje»

«A Câmara de Lisboa discute hoje a aprovação da proposta do Plano de Pormenor do Parque Mayer, Jardim Botânico e zona envolvente.

O documento prevê a construção de parques de estacionamento subterrâneos e até 1700 lugares de espectadores no Capitólio, no Teatro Variedades e num novo auditório. Desenvolvido com base no projecto do arquitecto Aires Mateus, que venceu o concurso de ideias lançado para o local, o plano prevê obras de alteração e reabilitação na zona habitacional histórica, incluindo em imóveis de valor patrimonial "elevado", "relevante" ou "de referência". Esta excepção em relação ao que ficou estabelecido no plano de urbanização da Avenida da Liberdade deve-se, segundo a autarquia, ao objectivo de não prejudicar a dinâmica da reconversão com regulamentos demasiado "proteccionistas".

Na área abrangida estão definidas também várias zonas para uso turístico, reservado a empreendimentos com um "padrão mínimo de qualidade" de quatro estrelas. Apesar de algumas alterações "de carácter programático e de pormenor", a proposta final não inclui mudanças "de fundo" face aos termos de referência que já estiveram em discussão pública.

Para a área da Universidade de Lisboa e do Jardim Botânico, o plano propõe a realização de projectos autónomos de recuperação do Museu da Ciência e História Natural e do Observatório Astronómico. Define também a criação de uma zona lúdica infantil, a construção de novos acessos e percursos pedonais e dois parques de estacionamento subterrâneos, um dos quais com 200 lugares. Junto à entrada da Rua do Salitre, no alinhamento da Rua Castilho, será construído um "novo grande edifício" com "vocação de museu ou centro interpretativo" do jardim e que poderá ter cafetaria, livraria e uma loja do museu.

Algumas obras previstas no Plano de Pormenor foram já alvo de contestação pela Liga dos Amigos do Botânico, que considera o documento "muito nefasto". A Liga protesta contra o abate de árvores para a construção de parques subterrâneos, contra a demolição de estufas e a destruição de troços da cerca pombalina. A associação alerta ainda para os perigos de aumentar a altura dos edifícios na Rua do Salitre, o que teria um "efeito de muro" em todo o perímetro do jardim, impedindo a circulação de ar. "Esta alteração microclimática levaria à perda de espécies, que não suportarão as novas temperaturas, diminuindo a diversidade do jardim e o seu efeito amenizador no clima da Lisboa histórica", garante a Liga.»

(in Público)

«Universidade concorda com Plano Pormenor do Parque Mayer»

«Ligação pedonal com o Jardim Botânico mereceu já críticas, mas a Universidade de Lisboa desvaloriza e lembra que mancha verde será preservada. Câmara debate hoje o plano

O Plano Pormenor do Parque Mayer e da sua área envolvente é hoje discutido na Câmara Municipal de Lisboa. O projecto prevê a construção de novas infra-estruturas junto ao Jardim Botânico, ligando-o, com uma passagem pedonal, ao Parque Mayer. A Universidade de Lisboa diz que o município respeitou sempre a sua vontade, mas a Liga dos Amigos do Jardim Botânico de Lisboa assegura que as medidas são prejudiciais para o espaço. As alterações previstas contemplam a requalificação da zona circunscrita entre a Rua da Escola Politécnica e a Avenida da Liberdade. No que diz respeito ao Jardim Botânico, para além da ligação pedonal com o Parque Mayer, o projecto sugere também a recuperação do Museu da Ciência e História Natural e do Observatório Astronómico.

Maria Amélia Loução, vice-reitora da Universidade de Lisboa, salientou ontem, em declarações ao DN, que as medidas propostas "são o sinal claro de uma grande preocupação do município com a preservação desta mancha verde. A única coisa que falta saber realmente é onde e como será feita a ligação com a Rua do Salitre".

Desvalorizando as críticas da Liga dos Amigos do Jardim Botânico de Lisboa, que consideram que a proposta põe em causa a qualidade da investigação, a responsável chamou ainda atenção para o facto de tudo estar em aberto. "Quem não concorda ou tiver sugestões deverá comparecer, no local correcto e dar a sua opinião." Quanto à possível deslocação de algumas estufas, Maria Amélia Loução diz não se tratar de um problema. "Não é preocupante. Há sempre alguns efeitos negativos no momento, mas futuramente estas medidas darão frutos".

Fonte da Liga dos Amigos do Jardim Botânico considera dramático e afiança que se assistirá a uma diminuição do espaço deste Jardim. "Se metermos uma rã em água a ferver ela foge, se a metermos em água fria e a aquecermos devagar ela sente o calor, mas só dá por si quando está cozida. Nós não vamos cozer, mas vamos ficar sem árvores sem darmos por isso", refere a mesma fonte.

Já para o Parque Mayer, o Plano Pormenor prevê, para além da requalificação do Capitólio e do Teatro Variedades, a criação de vários parques de estacionamento subterrâneos e de um auditório com capacidade para 600 pessoas. O documento, desenvolvido a partir da proposta de Aires Mateus, vencedora do concurso de ideias para o local, tem ainda em conta a alteração e reabilitação do parque urbano histórico. Fonte da CML disse que apesar de algumas alterações "de carácter programático e de pormenor", a proposta final não inclui mudanças "de fundo" em relação ao que foi submetido a discussão pública. [...]»

In Diário de Notícias (30/6/2010) por CARLOS DIOGO SANTOS

terça-feira, 29 de junho de 2010

«Plano do Parque Mayer preocupa Amigos do Jardim Botânico»

«Abate de árvores, demolição de estufas e destruição de troços da cerca pombalina são alguns dos problemas apontados pela Liga dos Amigos do Jardim Botânico ao plano de pormenor do Parque Mayer.

Apesar de reconhecer a urgente necessidade de intervir neste espaço, o movimento cívico considera o plano "muito nefasto" e critica a prevista "demolição de infra-estruturas vitais a um jardim botânico". "A estufa de exibição daria lugar a uma galeria comercial", exemplifica, condenando o desaparecimento de herbários, laboratórios e oficinas de carpintaria.

A construção de um novo edifício de entrada no jardim, no alinhamento do final da Rua Castilho, ocupando e impermeabilizando "a totalidade da actual área dos viveiros", é também repudiada por esta associação. Tal como a proposta do plano de passar as estufas para cima deste edifício. Quanto à ideia de criar um percurso para peões ligando a Rua da Escola Politécnica à Rua do Salitre e ao Parque Mayer, "implicaria a destruição de largos sectores da cerca pombalina e retiraria áreas de colecção viva". O trecho inicial deste percurso "subtrairia um corredor de jardim, com espécies internacionalmente protegidas, apenas para dar acesso a uma galeria comercial".

Alvo dos reparos da Liga dos Amigos do Jardim é ainda o estacionamento subterrâneo previsto para o subsolo do jardim, em toda a área da entrada sul: "Esta intervenção pesada, com abertura de caves, implicaria o abate de várias árvores da colecção viva. Compromete, também, a viabilidade de espécimes devido à limitação de desenvolvimento de raízes".

Por fim, a associação alerta para o perigo de aumentar a altura dos prédios que cercam o jardim, o que criaria "um efeito de muro em quase todo o seu perímetro". Resultado: "A circulação de ar ficaria impossibilitada e a temperatura do interior do jardim aumentaria significativamente." Muitas espécies não resistiriam a um recinto não só mais quente como mais seco. "A verificarem-se estas alterações, o actual contributo do Jardim Botânico na amenização do clima de Lisboa, assim como a sua contribuição para o sequestro de carbono e partículas poluentes ficariam gravemente comprometidos", avisa a liga.

Segundo informações do gabinete do vereador do Urbanismo da Câmara de Lisboa, Manuel Salgado, as objecções dos Amigos do Jardim Botânico foram reencaminhadas para os arquitectos que têm o projecto em mãos, do atelier Aires Mateus. Ontem este arquitecto não conhecia ainda o teor destas críticas.»

In Público (29/6/2010) por Patrícia de Oliveira

Foto: Jacarandá na Classe

Reunião Pública de Câmara: 30 Junho, 15h

Convite - Reunião Pública de Câmara - 30 Junho - 15h

Sala de Sessões Públicas dos Paços do Concelho

Plano de Pormenor do Parque Mayer, Jardim Botânico e Zona Envolvente

Na próxima Reunião de Câmara, 30 de Junho de 2010, apesar de eu não poder estar presente, será apresentada, pelo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. António Costa, a Proposta do Plano de Pormenor do Parque Mayer, Jardim Botânico e Zona Envolvente, para respectivo envio à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo.

Atendendo à importância da participação de todos os interessados nas questões que envolvem o Urbanismo, é com muito gosto que venho convidar V. Exa. a estar presente nesta sessão pública.

Poderá aceder à Proposta/Plano através do link:http://ulisses.cm-lisboa.pt/dados/pmayer.zip

Com os melhores cumprimentos,

Manuel Salgado

Vice-Presidente CML

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Plano de Pormenor para o Jardim Botânico e Parque Mayer: o alerta da LAJB

Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

Exmos Srs. Vereadores

Exma. Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa

Exmos Deputados da AML

Exma. Comissão de Educação, Ciência e Cultura do Parlamento

Exmo. Presidente da CCRLVT

A Liga dos Amigos do Jardim Botânico vem por este meio apresentar as suas preocupações relativas ao Plano de Pormenor para o Parque Mayer, Jardim Botânico e Edifícios da Politécnica e Zona Envolvente:

Apesar das boas intenções, e da urgência de intervir na área urbana objecto deste plano de pormenor, vimos por este meio alertar Vossas Excelências para terem em consideração, aquando da discussão desta proposta em reunião de câmara, o seguinte:

1. Desafectação de uma grande área e demolição de infraestruturas vitais a um Jardim Botânico. As estufas de exibição e estufas viveiristas, os herbários e laboratórios e todas as oficinas de carpintaria, mecânica e armazéns de máquinas e alfaias (tractores, etc) serão demolidos para darem lugar a novos imóveis que não servem a missão de um Jardim Botânico. Por exemplo, a Estufa de exibição daria lugar a uma galeria comercial. Como resultado destas perdas de território e equipamentos, teriam de ser encontrados dentro do jardim espaços alternativos. Consequentemente, larga área de plantação seria perdida para implantação de novas estufas (de exibição, investigação e viveiristas), oficinas e armazéns.

2. Novo Edifício de entrada no Jardim Botânico. A sua construção, no alinhamento do final da Rua Castilho, ocupa e impermeabiliza a totalidade da actual área dos viveiros do jardim. O plano propõe que as "estufas" passem para cima deste edifício. Esta solução não é viável porque as diferentes estufas de um Jardim Botânico têm características arquitectónicas e exigências de localização muito diversas. As estufas de investigação e viveiristas devem estar longe das entradas e circuitos de visitantes enquanto que as primeiras, de investigação, devem, também, estar junto dos laboratórios. Já as estufas de exposição ao público, onde se incluem plantas de grande porte, precisam de pé direito alto e localização central.

3. Estacionamento subterrâneo no subsolo do jardim, em toda a área da entrada sul. Esta intervenção pesada, com abertura de caves, implicaria o abate de várias árvores da colecção viva. Uma impermeabilização destas compromete, também, a viabilidade de espécimes devido à limitação de desenvolvimento de raízes. A proposta demolição do edifício da antiga Cantina (1940) é desnecessária (porque recuperável) e nefasta à colecção contígua de Plantas Xerófitas, onde se incluem dragoeiros de interesse histórico e a iuca gigante.

4. Proposta de edifícação encostada à cerca pombalina do Jardim Botânico. Esta intenção resultaria em mais uma impermeabilização maciça e contínua em quase toda a envolvente de logradouros confinantes com o Jardim Botânico - isto inviabilizaria as intenções de manter um anel de protecção ecológica do jardim. Esta zona tampão não pode ser destruída para garantir o regime hidríco, a saúde do sistema radicular e a circulação de ar. Esta alteração radical da zona de protecção degradaria irreversivelmente o ambiente e os exemplares deste Monumento Nacional.

Apesar de se afirmar que os propostos edifícios encostados à cerca pombalina corresponderiam a «um aumento da área do Jardim Botânico» temos de alertar que um edifício com uma cobertura em laje de betão revestida de plantas nunca cumprirá a função na ecologia urbana de um logradouro ou jardim.

5. Proposta do novo percurso pedonal que ligaria a Rua da Escola Politécnica à Rua do Salitre e ao Parque Mayer. Esta proposta implicaria a destruição de largos sectores da Cerca Pombalina e retiraria áreas de colecção viva. A suposta localização deste percurso no exterior do Jardim implicaria complexas expropriações de áreas privadas. A sua eventual construção iria aniquilar a ligação do Jardim ao seu anel de protecção ecológico. O trecho inical proposto (Alameda das Palmeiras até ao topo Norte) subtrairia, ainda, um corredor de jardim, com espécies internacionalmente protegidas, apenas para dar acesso a uma galeria comercial. Quais são os benefícios para o Jardim Botânico perante estas significativas perdas patrimoniais?

6. Aumento das cérceas defendido para vários edifícios na Rua do Salitre. Este problema já se constata nas intervenções mais recentes e a decorrer. A ser continuamente implementado este aumento das cérceas, o Jardim passaria a estar limitado por uma frente de edifícios que, devido à nivelação de todos os prédios pela cota mais alta, terá um efeito de muro em quase todo o seu perímetro. A circulação de ar ficaria impossibilitada e a temperatura no interior do jardim aumentaria significativamente. Esta alteração micro-climática levaria à perda de espécies, que não suportarão as novas temperaturas, diminuindo a diversidade do Jardim e o seu efeito amenizador no clima da Lisboa histórica. Outro efeito negativo seria a destruição do sistema de vistas entre as colinas de Lisboa e o Jardim.

7. Aumento de radiação luminosa reflectida dos edifícios a construir em redor do Jardim Botânico. A crescente aproximação das construções ao Jardim e o seu aumento em altura, seja no seu lado Oeste/Norte (substituição das estufas por novas galerias comerciais no eixo Rua do Salitre – Rua da Escola Politécnica), seja ao longo da Cerca Pombalina, incluindo o Parque Mayer, resultará num aumento da luz recebida, particularmente grave considerando a densidade de construção proposta. Este aumento de reflexão de luz agravaria a já prevista diminuição de circulação de ar, contribuindo para tornar o Jardim ainda mais seco e quente.

A verificarem-se estas alterações, os actuais contributos do Jardim Botânico na amenização do clima de Lisboa, assim como a sua contribuição para o sequestro de carbono e partículas poluentes, ficariam gravemente comprometidos.

Realçamos que o Jardim Botânico, enquanto tal, desempenha vários papéis vitais para o bairro, para a cidade de Lisboa e para o país, contribuíndo para a economia e a identidade cultural da cidade e sendo, também, uma referência nacional.

Concluíndo, a Liga dos Amigos do Jardim Botânico considera que esta versão do Plano de Pormenor é muito nefasta para a cidade de Lisboa em geral e para o Jardim Botânico em particular.

Agardecendo toda a atenção dispensada,

Liga dos Amigos do Jardim Botânico
Lisboa, 27 de Junho de 2010

sexta-feira, 25 de junho de 2010

O nosso Bairro: R. Escola Politécnica 55-65

Defronte da Escola Politécnica construiu-se, em 1858, esta casa para habitação e comércio, num luxo desusado, na época, em imóveis de rendimento. Este imóvel é atribuído ao arquitecto francês Pierre-Joseph Pézerat encarregado dos trabalhos de construção da Escola em frente, onde era professor de desenho desde 1853. Podemos identificar na composição elegante da fachada, nomeadamente nos vãos com arcos de volta perfeita, semelhanças com a arquitectura do edifício da antiga Escola Politécnica.

Data: c.1890
Autor: Bárcia, José Artur Leitão,1871?-1945
Fonte: Arquivo Municipal de Lisboa

domingo, 20 de junho de 2010

AS ÁRVORES e os LIVROS: Thomas Jefferson

Too old to plant trees for my own gratification, I shall do it for my posterity.

Thomas Jefferson

Nota: Thomas Jefferson (1743—1826) foi um advogado e político dos Estados Unidos da América, terceiro presidente daquele país (de 1801 a 1809). Além de estadista, foi também um filósofo político, um revolucionário, proprietário agrícola, arquitecto, arqueólogo, autor e um espírito elucidativo do Iluminismo.

FOTO: Central Park, Nova Iorque.

terça-feira, 15 de junho de 2010

O Nosso Bairro: Rua Rosa Araújo 16


O belo imóvel na Rua Rosa Araújo, 16 torneja Rua Mouzinho da Silveira está em risco de ser demolido. Iremos perder mais um vizinho do Jardim Botânico?

O processo 2028/EDI/2007, que consubstancia um projecto de ampliação ainda em apreciação pela CML, prevê a demolição integral do miolo, a ampliação de 2 andares e a construção de caves para estacionamento. A proposta prevê a instalação de 2 lojas no piso térreo, 29 fogos e 44 lugares de estacionamento em cave.

Mais um projecto que vai contra a ideia de uma cidade sustentável (44 lugares de estacionamento num arruamemto que já foi impermeabilizado para a construção de um parque de estacionamento público!). É também mais um atentado ao património arquitectónico do antigo Bairro Barata Salgueiro, nosso vizinho.

O promotor é a Imonormandia - Soc. Imobiliária, Lda.

Após Vistoria Patrimonial da CML (Outubro de 2007), o edifício foi dado como recuperável pelos técnicos. As conclusões do parecer apontavam no sentido de preservação do edifício. Era admitida a possibilidade de alterações pontuais do interior, desde que não fosse posta em causa a integridade construtiva, arquitectónica e decorativa do edifício. Também se equacionava uma ampliação controlada da volumetria, através de uma alteração do desenho da cobertura.

Lamentavelmente, um parecer anterior do IGESPAR (Julho de 2006), considerou os interiores do imóvel banais, aceitando a demolição dos interiores e a manutenção da sua fachada.

Entretanto, o imóvel foi deliberadamente abandonado pelo promotor pelo que passados 3 anos é fácil de prever uma maior degradação dos elementos construtivos e decorativos interiores.

Após consulta ao PUALZE, verificamos que se classifica este edifício como "Bem Patrimonial de Referência" sendo permitida apenas obras de reabilitação e ampliação com a possibilidade de se aumentarem 2 pisos nos edifícios que possuem 4 ou 5 pisos acima do solo.

Em 2010 este belo prédio de rendimento faz 100 anos. Foi concluído em 1910, conforme se pode verificar num tímpano que remata a fachada (ver fotos). Seria uma lamentável coincidência ver a demolição deste imóvel precisamente no ano do seu centenário. A LAJB solicita a todos os vereadores da CML a salvaguarda desta notável obra de arquitectura da cidade.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Orçamento Participativo 2010/2011

Orçamento Participativo.
Lisboa é de todos.
Todos têm uma palavra a dizer.
Proponha. Vote. Nós fazemos.

Cara(o) cidadã(o),

Conforme é do conhecimento de V. Exa., na sequência da aprovação da Carta de Princípios do Orçamento Participativo do Município de Lisboa, em Julho de 2008, realizaram-se já dois processos de Orçamento Participativo, de acordo com a metodologia inovadora então aprovada.

No total estes processos contaram com mais de 10.000 participações, o que veio comprovar o interesse dos cidadãos em participar activamente na resolução dos problemas da cidade.Este ano, foi revista a Carta de Princípios e aprovado o novo ciclo do OP. As principais novidades são o alargamento do prazo para participação, a realização paralela de Assembleias Participativas e a ampliação do leque de competências municipais em debate.

O calendário aprovado é o seguinte:

Apresentação de propostas, até 30 de Junho

Análise técnica das propostas pelos serviços municipais, de 1 de Julho a 15 de Setembro

Reclamações e respostas, de 16 a 30 de Setembro

Votação nos projectos, de 1 a 31 de Outubro

Para que o Orçamento Participativo 2010/2011 seja um processo ainda mais participado pelos cidadãos, é muito importante contar com o apoio e a participação de todos. Para qualquer esclarecimento poderá contactar a CML, Direcção Municipal de Serviços Centrais, através do e-mail op@cm-lisboa.pt, dos telefones 21 798 82 20 / 21 798 94 46 / 21 798 95 04 ou consultar o sítio web www.cm-lisboa.pt/op

Contando com o seu imprescindível apoio no processo de Orçamento Participativo, apresentamos os nossos melhores cumprimentos,

Lisboa, Maio de 2010

A Equipa OP

Foto: Jacarandás na Av. 5 de Outubro. A arborização da Rua Borges Carneiro foi o projecto apresentado pela LAJB no OP do ano passado. Continuaremos a defender projectos de arborização de arruamentos da nossa cidade.

domingo, 6 de junho de 2010

Em Floração: MAGNOLIA GRANDIFLORA

A Magnólia é uma árvore frondosa nativa da Virgínia, no sudeste dos Estados Unidos. Foi introduzida na Europa no século XVIII pelo seu valor estético. De folhas perenes, coriáceas e brilhantes, tem uma copa densa, formando uma cúpula que pode alcançar os 18 metros de altura. Produz grandes flores brancas, muito aromáticas, com cerca de 25 cm de diâmetro. Estas famosas "flores gigantes", raras em árvores de grande porte, começam a surgir no final da Primavera. A dádiva de flores apenas termina com o aproximar do fim do Verão.

o nosso Jardim Botânico tem dois exemplares desta bela árvore: um no Arboreto e outro na Classe. Hoje destacamos esta última árvore que já oferece as suas magníficas "flores gigantes" perfumadas a quem as desejar ver e cheirar. A Magnolia grandiflora da Classe já está em floração!

Nome: Magnolia grandiflora L.
Família: Magnolia
Derivação do nome: Pierre Magnol (1638-1715) botânico francês

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Dia Mundial do Ambiente no Jardim

5 Junho - Sábado Dia Mundial do Ambiente

10h00 às 12h30 – Filhos do Jardim Botânico. Venda de plantas

10h00 às 12h30 – Banca da Liga dos Amigos do Jardim Botânico. Informações, adopções, venda

10h00 – Visita orientada à exposição Allosaurus – Um dinossáurio, dois continentes?

11h00 – Encontro com Darwin no Dia do Ambiente

12h00 – Visita orientada à exposição Aventura da Terra

14h00 – Visita guiada ao Lagartagis

15h00 – Biodiversão - Gincana para toda a família sobre biodiversidade nativa

16h00 – Cascas vegetais - Mostra interactiva de objectos dearte construídos (e a construir) a partir de cascas recolhidasno Brasil - recriadas por Sônia Lessa - e no Jardim Botânico

Nota: Todas as actividades são gratuitas mas requerem marcaçãoprévia.

Contamos com a colaboração da Liga dos Amigos do Jardim Botânico e outros voluntários.

Foto: Cynara cardunculus L. (cardo-do-coalho) em floração na Classe

Em Floração: JACARANDA MIMOSIFOLIA

O nosso jacarandá da Classe está nesta glória de lilás e azul...

quarta-feira, 2 de junho de 2010

2 palmeiras do Jardim Botânico para a Graça

Fotos: Plantação da palmeira nº 2

2 palmeiras do Jardim Botânico para a Graça

A plantação de duas palmeiras do Jardim Botânico na sede da Junta de Freguesia da Graça, na Rua Josefa de Óbidos 5, foi um sucesso. Desde o final da tarde de ontem que há um pedaço do nosso Jardim Botânico na colina da Graça!

Participaram nesta cerimónia cerca de 60 alunos da Graça, das Escolas Natália Correia e Marqueses de Távora, assim como quatro alunos de uma escola de jardinagem de Barcelona, presentemente a estagiar no Jardim Botânico. Todos os alunos ajudaram a encher as covas com um pouco de composto assim como no final da plantação participaram na rega das jovens palmeiras.

Pela primeira vez estiveram presentes a curadora do Jardim Botânico, a Teresa Antunes, e o indispensável Carlos Fazenda. Muito obrigado aos dois!

Agradecemos a todos que ajudaram na organização de mais esta iniciativa do nosso projecto de plantação de árvores do Jardim Botânico em locais públicos da nossa cidade.

E porque há mais plantas nos nossos viveiros à procura de um local em Lisboa onde possam crescer e viver em paz e com dignidade, despedimo-nos dizendo: Até à próxima plantação!

Fotos: Plantação da palmeira nº 1