domingo, 28 de fevereiro de 2010

Visitas guiadas: LAÇOS DE FAMÍLIA

LAÇOS DE FAMÍLIA NO JARDIM BOTÂNICO
Das rosas às palmeiras: a evolução de dez grupos aparentados de plantas

De 9 de Setembro de 2009 a 23 de Maio de 2010

Que laços unem as plantas de uma família? Como evoluem e adaptam plantas aparentadas para sobreviver no mundo natural? O que as une? O que as diferencia? É a seiva mais viscosa que a água? Em dez visitas guiadas às colecções do Jardim Botânico do Museu Nacional de História Natural, convidamo-lo a descobrir a fabulosa história natural de plantas da mesma família.

Ano de 2010

Coníferas I: 17 de Março (15h) e 21 de Março (11h30)

Coníferas II: 24 de Março (15h) e 28 de Março (11h30)

Euforbiáceas: 7 de Abril (15h) e 11 de Abril (11h30)

Compostas: 21 de Abril (15h) e 25 de Abril (11h30)

Mirtáceas: 5 de Maio (15h) e 9 de Maio (11h30)

Moráceas: 19 de Maio (15h) e 23 de Maio (11h30)

Valor de inscrição: 4 €/pax

Assinatura de 5 sessões: 16 €/pax

Mais informações: http://www.mnhn.ul.pt/

Foto: Coníferas no Arboreto

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

«O perigo é real. Lisboa está em risco de cair e é preciso uma intervenção urgente»

“O perigo é real. Lisboa está em risco de cair e é preciso uma intervenção urgente.”

O alerta partiu da vereadora da Habitação da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Helena Roseta, que pede ajuda ao governo. “A câmara e os privados sozinhos não conseguem arranjar todos os edifícios. O governo devia fazer um plano nacional de reabilitação urbana.” Acrescenta mesmo: “Não é possível fazê-lo sem um plano nacional.”

Ao todo são 1117 edifícios (municipais e não municipais) na capital do país que estão em grave risco de segurança. A estes acrescentam-se ainda todos aqueles que estão classificados como em mau estado de conservação, que ultrapassam os 6800.

Ao pedido da vereadora, em forma de repto, o executivo de José Sócrates, questionado pelo i, responde para já com as medidas que fazem parte do Orçamento do Estado para 2010, em que consta o arranque do Programa de Apoio à Reabilitação Urbana, que “tem como meta multiplicar por cinco a média anual de fogos reabilitados com apoio do Estado”.

Também José António Barros, presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), defendeu ontem a reabilitação urbana como o “investimento mais rapidamente reprodutivo”, e que deve ser uma aposta do executivo.

Coração da cidade
O problema não se levanta apenas nas zonas históricas da cidade de Lisboa , mas também no centro.Segundo o levantamento feito pelos técnicos da CML para o Programa Local de Habitação, a freguesia do Coração de Jesus tem 341 edifícios em mau ou muito mau estado de conservação. Ou seja, 49% dos edifícios da freguesia não estão em condições. “Estamos a falar do coração da cidade, mesmo junto ao Marquês de Pombal. Está tudo a cair. É um sinal de alerta que não podemos ignorar”, acrescenta a vereadora. Nos últimos lugares da tabela, pelo bom estado dos edifícios, estão as freguesias de São Francisco Xavier, com apenas 32 prédios em mau ou muito mau estado, Benfica (com 91 em mais de 6 mil edifícios), São João de Brito (46) e Alvalade (25).

O choque
A idade dos edifícios da cidade de Lisboa está acima da média nacional. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos ao ano de 2001, os edifícios lisboetas têm em média 53,8 anos de idade, quando a média nacional é de 33,9 anos. “Um parque envelhecido que precisa de reparação”, diz a vereadora, que acrescenta que a CML “já pediu um empréstimo para reabilitação urbana, mas não é suficiente. Fiquei muito preocupada com a dimensão dos números.” Só edifícios propriedade da CML em perigo de derrocada são 145, a juntar a mais 35 em mau estado. Na freguesia da Graça concentra-se a maioria dos edifícios camarários em risco de cair – 24 prédios. A Câmara diz estar a responder a esta situação: “Já estamos a fazer realojamentos nos casos mais urgentes, mas isto ultrapassa a capacidade da câmara”, explica Helena Roseta. A vereadora acrescenta que o plano de recuperação dos 145 edifícios em risco está a ser posto em marcha “um a um”.

O presidente da Confederação Portuguesa da Construção e Imobiliário, Reis Campos, junta-se ao coro: a reabilitação deve ser “uma prioridade absoluta”. Na última semana caíram em Lisboa quatro edifícios, o que obrigou ao realojamento de 12 famílias. O último caiu em São Bento, depois de nos últimos dias ter caído um prédio de habitação em Alfama, o que afectou 11 famílias, e de dois prédios devolutos – um na Graça e outro na Mouraria.

in «i» Público, 26 de Fevereiro de 2010

Foto: imóvel abandonado na Av. da Liberdade

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

AS ÁRVORES e os LIVROS: o «Chap»




It is in the nature of the trees
to grow up into a forest
And to be twisted, or straight.
As to the inhabitants of a kingdom
which is protected by a good sovereign,
some of them are just and honest
and some of them are stupid and vile.

All kinds of animals,
ferocious or cruel,
One could force and command them
But for ferocious, stupid and abusive people
The sage tells us to turn away
And to distance ourselves from them.


(Kaun Chau st. 24-25)

Nota: Texto extraído do «Chap», textos budistas do Cambodja

Fotos: Flores de lótus no Museu Nacional de Phnom Penh

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Seminários Património Científico Português

A próxima sessão dedicada ao Património Científico Português terá lugar no dia 25 de Fevereiro, pelas 18 horas, mas, ao contrário do que é habitual, terá lugar na bela sala da Aula Maynense, na Academia de Ciências de Lisboa. A sessão terá como título "Sobre a Academia das Ciências de Lisboa e seu Património" e o orador convidado é o Professor Miguel Telles Antunes.

«A próxima edição do ciclo Seminários de Património Científico vai constituir uma oportunidade rara de conhecer o vastíssimo e riquíssimo património da Academia das Ciências de Lisboa. O Seminário será dado pelo Prof. Miguel Telles Antunes, actual responsável por esse património.

Na verdade, as importantes colecções da Academia - que vão desde a Física àAntropologia, à Arqueologia, História Natural, Cerâmica Oriental, Pintura, Escultura, Mobiliário - cobrindo os séculos XVIII, XIX e XX, são muito pouco conhecidas do público e, mesmo, da comunidade científica. Isto, claro, com excepção da biblioteca, que está diariamente aberta ao público.

Faz agora um ano, o Museu de Ciência da Universidade de Lisboa estabeleceu um protocolo com a Academia com o objectivo de organizar, preservar e tornar acessível a colecção de instrumentos científicos. Tirando o magnífico Gabinete de Física de Coimbra, esta é a maior e mais consistente colecção de instrumentos científicos do século XVIII existente em Portugal. Acresce quenão sofreu qualquer dispersão ao longo do tempo.

A parte correspondente à Física é mais bem conhecida, tendo sido estudada por Rómulo de Carvalho. No catálogo que fez (R. Carvalho, O Material didáctico dos séculos XVIII e XIX do Museu Maynense da Academia das Ciências de Lisboa. ACL, 1993), Carvalho catalogou 233 instrumentos. No entanto, desde que lá estamos a trabalhar, já encontrámos quase outros tantos, que não estavam inventariados (muito de Química). De resto, o material encontra-se muito disperso pelos espaços da Academia e frequentemente aparecem instrumentos 'novos'.

A origem do Gabinete de Física da Academia ainda se encontra largamente porestudar. Aquilo que sabemos é-nos sobretudo relatado por Rómulo de Carvalho neste e noutros livros. Resulta da combinação de dois gabinetes: o gabinetedo padre José Mayne (1780), que tinha instrumentos de física e o próprio gabinete da Academia das Ciências, cuja organização esteve aparentemente a cargo de Gerard Sant e Joan Joseph Solner, entre 1794 e 1799. O gabinete foi posteriormente enriquecido com material oitocentista adquirido para a Aula Maynense (1849-1919). É ainda provável que o Gabinete possua instrumentos de outras proveniências, nomeadamente da Casa Real. (...)

No Seminário da próxima 5a feira, dia 25, às 18 h, terão oportunidade devislumbrar este importante património, nos espaços magníficos da Aula Maynense, recentemente restaurada. A entrada é livre.

Dra. Marta Lourenço

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Conferência: Geobiology, bridging Earth and Life - present and past

O Museu Nacional de História Natural organiza a conferência:

Geobiology, bridging Earth and Life - present and past
por Rolf Pedersen e Ingunn Thorseth

(Centro de Geobiologia, Universidade de Bergen, Noruega)

No Ano Internacional da Biodiversidade é adequado incluir menção a algumas das condicionantes geológicas da Biodiversidade. Os oradores são investigadores destacados de um Centro que se dedica precisamente a este tópico. O Sistema Terra na sua globalidade.

Data: 24 de Fevereiro, 16 horas

Local: Anfiteatro Manuel Valadares, MNHN

Organização: Creminer-FCUL LA-ISR e MNHN

Foto: Lago Kandalama, Sri Lanka

NOTA: devido à greve da Lufthansa, não se realizam as conferências previstas para 24 e 25 de Fevereiro sobre Geobiologia e investigação no Árctico, respectivamente. Logo que possível serão marcadas novas datas para as conferências.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Exposição: Portugal nas Trincheiras – a I Guerra da República

No próximo dia 23 de Fevereiro, às 18h30, será inaugurada uma nova exposição no antigo Picadeiro do Colégio dos Nobres. Intitulada Portugal nas trincheiras – a I Guerra da República, é uma iniciativa do Museu da Presidência da República integrada nas comemorações do I Centenário da República Portuguesa. A inauguração da exposição contará com a presença do Senhor Presidente da República. A exposição poderá ser visitada até 23 de Abril de 2010.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O jardim do Príncipe Real é uma obra de arte

Esperei pela obra para poder ver o "restauro", pois os elementos que a câmara disponibilizou não permitem qualquer análise profissional. Há 20 anos que sou professora de História da Arte e Restauro de Jardins e tenho experiência de dezenas de jardins históricos para os quais colaborei ou coordenei o restauro. Essas são as razões próximas da reacção que senti face aos erros a que assisti, espreitando pela rede que cerca a obra do Príncipe Real. Foi por causa de uma indignação que senti face à destruição de um jardim do séc. XVI que, em 2003, resolvi criar, com um conjunto de técnicos e proprietários de jardins, a Associação de Jardins e Sítios Históricos, a que presido. É nessa qualidade que falo. Não havendo nenhum painel explicativo e tendo a CML dificultado a informação, espreitei pela rede o jardim em obra, para poder falar

1. Assisti a uma magnólia centenária a ser "assediada" pela pá de uma rectroescavadora... e arrepiada apercebi-me de que as árvores entraram em obra sem qualquer protecção. Do caderno de encargos não constava a protecção da vegetação?

2. As árvores foram abatidas às dezenas. É certo que fica mais barato dar uma só empreitada aos moto-serristas e madeireiros, mas não é assim que num jardim histórico se deve fazer: as árvores vão sendo substituídas gradualmente, seguindo um plano director que permita manter a sombra nos sítios originais.

3. O desenho dos caminhos desapareceu totalmente e consta dos artigos que li que vão ser alargadas as áreas de pavimento, desrespeitando o desenho inicial dos canteiros. Mas com que critério se altera o desenho de uma jardim histórico? Vi mais e pior, mas detenho-me nesta ideia de alteração do desenho de um jardim do século XIX para apontar à autoria do jardim de 1861. Na memória descritiva da obra, a autora do projecto afirma que "a sua estrutura e desenho devem-se ao seu autor, o jardineiro João Francisco da Silva". Será que assume que o Príncipe Real foi desenhado por um jardineiro, subentendendo que o jardim não tem pedigree, e que o seu traço não precisa de ser respeitado? Engana-se. Basta aceder à brilhante tese de doutoramento de Teresa Marques, da Universidade do Porto, sobre os jardins deste período para perceber que, nessa altura, a nossa profissão de arquitectos paisagistas era exercida pelos denominados "jardineiros paisagistas". Subestimar o passado de grandes obras do século XIX é também anular a origem da nossa própria profissão. Está mal.

Para defender casos como este, o Icomos, organismo consultor da UNESCO de que faço parte, criou, em 1981, a Carta de Florença, que consigna regras de restauro de jardins históricos. Portugal subscreveu, e dos 25 artigos da Carta de Florença saliento que um jardim histórico é um monumento e como tal deve ser tratado, de forma a preservar o seu significado cultural, e transmiti-lo às gerações que se seguem. A obra do Príncipe Real não respeita os princípios da Carta de Florença, senão veja-se:

Artigo 14. O jardim histórico deve ser conservado num ambiente apropriado. Qualquer modificação do meio físico que faça perigar o equilíbrio ecológico deve ser proscrita. Estas medidas abrangem o conjunto das infra-estruturas internas ou externas (canalizações, sistemas de rega, estradas, caminhos, vedações, muros, poços, noras, etc.). No Príncipe Real, os passeios vão ser alargados, alegando-se razões funcionais. Por esta lógica, também deviam alargar o portal do Mosteiro dos Jerónimos: um milhão de visitantes/ano merece que as condições de entrada sejam adaptadas à "função".

No Artigo 15. Qualquer restauro de um jardim histórico só será implementado após uma análise aprofundada, que vai da escavação em terreno à recolha de todos os documentos que dizem respeito ao jardim em causa e a jardins análogos. Esta recolha exaustiva garante o carácter científico da intervenção. Antes de qualquer execução, este estudo deverá levar a um projecto de execução a submeter a um exame e a um acordo colegial. Os jardins de Lisboa, e sobretudo os históricos, deviam ter planos de longo prazo trabalhados em conjunto com a Universidade onde se estudam, experimentam e aprofundam com tempo e método os formatos de restauro, reabilitação e recuperação... Talvez ainda se vá a tempo de parar a obra e diminuir os danos. A Associação de Jardins Históricos está disponível para, de forma gratuita, propor soluções que evitem o que ainda se pode evitar e se reponha o que não devia ter sido alterado.

Cristina Castel-Branco

Presidente da Associação de Jardins e Sítios Históricos

in Público, 17-2-2010

Foto: Magnólia e Ginkgo no Jardim do Príncipe Real

Oliveira, «a primeira árvore»

Se não existisse a oliveira, eu seria a primeira das árvores, diz o freixo.

Provérbio Berbere

Foto: Oliveira centenária no Castelo de São Jorge

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

As Árvores e a Cidade: Palmeira no Miradouro das Portas do Sol

Um belo exemplar de Phoenix canariensis no Miradouro das Portas do Sol, ao lado da estátua de São Vicente. Uma companhia de terras mais quentes para iluminar o nosso Inverno.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Groningen, Holanda: «TWO WHEELS GOOD»

A propósito do estacionamento selvagem e caótico no Campus da Universidade de Lisboa - bem reveladora da mentalidade dos universitários lisboetas em matéria de mobilidade urbana - vale a pena ver como se deslocam os 50 mil estudantes de uma cidade universitária da Holanda:

GRONINGEN, conhecida como a "World Cycling City", tem 180 mil habitantes mas existem cerca de 300 mil bicicletas. Esta cidade fica a duas horas de comboio do centro de Amesterdão.

"You receive your first bicycle, a three-wheeler, when you are four years old," says Van der Klaauw [City traffic planner], "and by the age of six, you move on to two wheels, and you never really look back. Almost all children travel to school by bicycle. After that, we are conditioned for life."

While Amesterdam throngs with bikes, it also still suffers from gridlocked traffic, unnecessary SUVs and high pollution, something its northeastern neighbour became adamant it wouldn't allow to happen. It took proactive action a full three decades ago and is now reaping the results."


"Groningen is the way it is today because of particularly forward-thinking town planners in the 1970's, says Peter van der Wall, a government-sponsored mobility manager, whose job it is to tempt people away from cars by informing them of certain tax breaks on offer to cyclists (those who cycle to work get to replace their old bikes every three years with a 30% discount, plus free theft insurance) as well as the health-prmoting properties of two wheels over four. "It was 1977 when we decided that we would need to revolutionise the city and save it from permanent congestion by closing the centre to all car use. it made the national news, there was a big drama over it, and a lot of opposition, but the planners insisted that a town this size simply wouldn't be able to cope with a massive growth in motor cars."

O centro da cidade está fechado ao trânsito e estacionamento automóvel depois das 11:00. Fora desta zona, o estacionamento é muito limitado e proibitivamente caro.

Groningen não será perfeita mas é concerteza uma cidade modelo pela atitude que tem em relação aos transportes e à mobilidade urbana.

O respeito e a conservação do meio ambiente converteram-se, hoje em dia, numa das principais preocupações e prioridades de governos, instituições públicas e privadas.

Ao longo da história sempre houve as cidades cidades pioneiras e as atrasadas. Em matéria de mobilidade sustentável, Groningen pertence ao primeiro grupo e Lisboa ao segundo.

Nota: excertos de um artigo da revista Monocle de Maio de 2007 dedicada ao tema "Pedal Politics".

«Coke's New Bottle Is Part Plant»

Coca-Cola Co., under fire from environmentalists for using plastic bottles, has introduced a new packaging material made partly from plants. The container has "the same weight, the same feel, the same chemistry, and functions exactly the same way" as a regular plastic bottle, a Coke spokeswoman says.

Coke isn't the only beverage concern trying to reduce its carbon footprint. Rival PepsiCo Inc. has introduced a compostable bag made from plants for its SunChips snacks. But Coke is the world's biggest drink maker, and Coke Chairman and Chief Executive Muhtar Kent calls the new container, which uses material derived from sugar cane, "the first generation of the bottle of the future."

Coke touted its "plantbottle" at the Climate Change Summit in Copenhagen last month, and it plans another push next month at the Winter Olympics in Vancouver, where all the sodas and water it provides will be packaged in the plantbottle. "Preliminary research" shows the new container leaves a smaller carbon footprint than regular plastic bottles, Coke says.

Traditional plastic bottles are made from polyethylene terephthalate, commonly known as PET, which is derived from petroleum, a nonrenewable resource. In 2006, production of plastic bottles for U.S. beverage consumption required the equivalent of more than 17 million barrels of oil, according to the Pacific Institute, a California-based environmental think tank.

The new plant-based bottle developed by Coke is composed of 70% petroleum-based and 30% sugar-cane-based materials. The cane is crushed and mashed to produce juice, which is then fermented and distilled, producing ethanol. That ethanol is then converted through a series of chemical processes such as oxidation to a mono-ethylene glycol—a component normally derived from petroleum for use in plastic bottles. The MEG is then mixed with terephthalic acid to create PET plastic.

Coke began selling its flagship Coca-Cola, Coca-Cola Light and Coke Zero in the new bottles in Denmark in time for the United Nations Climate Change summit. With the Vancouver 2010 Winter Olympic Games just a few weeks away, the company has introduced plantbottles containing its Dasani water in the U.S. Pacific Northwest and Western Canada. Coke says it aims to sell two billion drinks in plantbottles globally by the end of 2010.

Coke also commissioned and funded an Imperial College London analysis that compared the "life cycle" of the new bottle to a regular plastic bottle to see if the impact on the environment was different, says Scott Vitters, the company's director of sustainable packaging. He says the study found that production of the plantbottle leaves a 12%-to-19% smaller carbon footprint than production of a regular plastic bottle. The company is awaiting third-party verification of the findings from the Institute for Energy and Environmental Research in Germany, he adds.

Environmental groups say the Coke bottle now being introduced is a slight improvement over regular PET bottles, but they say it won't solve a bigger problem with plastic bottles: the fact that most consumers don't recycle them.

A mere 27% of PET containers were recycled in the U.S. in 2008, according to the National Association for PET Container Resources. The new bottle is "definitely positive, but no, this doesn't make me jump up and down with joy," says Susan Collins, executive director of the Container Recycling Institute, who wishes the beverage makers would also use recycled content.
And some competitors question Coke's assessment of the plantbottle's environmental footprint. "It's an admirable first step that Coke is taking," says Andrius Dapkus, director of innovations and renovations for Nestlé Waters North America Inc., a Nestlé SA unit that markets the bottled-water brands Poland Spring, Deer Park and others. "But as it stands today, we still don't know whether a plantbottle's environmental footprint is better, worse or the same" as that of an oil-derived bottle.

Instead of changing ingredients, Nestlé is continuing to reduce the amount of plastic in its bottles, a strategy known as "lightweighting" that Coke and PepsiCo also use. In the spring, Nestlé plans to introduce a new, lighter version of its Eco-Shape bottle that uses 9.3 grams of PET, 25% less than its most recent version.

PepsiCo's new 10.5-ounce SunChips bag is 33% polylactic acid, which is derived from corn. The company's bags will be 90% plant-based by Earth Day on April 22, says Robert Lewis, a PepsiCo vice president who works on new packaging. PepsiCo is looking into expanding its plant-based containers beyond bags, Mr. Lewis adds, but he calls such bottles a "very complex puzzle."

Plant-based bottles can pose hurdles, beverage-industry experts acknowledge. The bottles often have a shorter shelf life than PET bottles, and they don't hold carbonation as long, says Wade Groetsch, president of Blue Lake Citrus LLC, a Winter Haven, Fla.-based juice processor, who says he supports Coke's environmental push.

Mr. Groetsch's company uses plastic containers that are 100% polylactic acid, derived from corn, for its organic Noble Juices drinks. "It just doesn't keep the product protected the same way that the current bottles do," he says. "It's definitely a tradeoff."

Indeed, Coca-Cola has created a 100% plant-based bottle in its labs, Coke's Mr. Vitters says. "We're just trying to figure out how to make it in a way that's commercially viable."

Corrections & Amplifications
In 2006, producing plastic water bottles for U.S. consumption required the equivalent of more than 17 million barrels of oil, not including the energy for transportation, according to the Pacific Institute, a California-based environmental think tank. A previous version of this article incorrectly stated that producing plastic bottles for U.S. beverage consumption required the equivalent of 17 million barrels of oil.

in Wall Sreet Journal, 24 de Janeiro de 2010

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Curso de Ilustração Científica no Jardim

Objectivo: Ensinar a preparar e a executar uma ilustração com valor científico

PLANO DO CURSO

Sessão 1: Introdução à ilustração científica
Sessão 2: Anatomia
Sessão 3: Escolha de modelo e execução do desenho preliminar
Sessão 4: Demonstração de pintura com aguarela
Sessão 5: Pintura
Sessão 6: Pintura
Sessão 7: Desenho de campo no Lagartagis
Sessão 8: pintura da ilustração

Formador: Marcos Oliveira, ilustrador profissional e licenciado em História de Arte

Dias: 20, 21, 27 e 28 de Fevereiro
Horário: 1oh-17h
Duração: 24h
Preço: 120 euros
Inscrições: lagartagis@museus.ul.pt ou 213921808
Data limite de inscrição: 17 de Fevereiro

FOTO: Encephalartos lehnmanii Lehm. no Arboreto

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

«Obras no jardim começaram sem pareceres»

In Público, 1/2/2010

Obras no jardim começaram sem pareceres. Árvores abatidas substituídas por espécies ilegais

Meia centena de árvores desapareceu no jardim do Príncipe Real. Assim, de repente, em apenas três dias de Novembro. Sabe-se depois que a obra começou sem aprovação escrita do IGESPAR e da Autoridade Florestal Nacional. O projecto prevê o abate de mais 13 árvores e a plantação de uma espécie proibida. Os moradores estão cansados. Ontem, o grupo Amigos do Príncipe Real reuniu mais de 60 pessoas para uma visita. Todas repetiam a intriga palaciana e um nome: José Sá Fernandes, vereador dos Espaços Verdes da CML.

No meio da pequena multidão, está Rui Pedro Lérias. Um céu de chumbo carrega a paisagem. O botânico começa a falar e estamos de repente ao século XVII: um milionário excêntrico quer construir um palácio, vai à falência e o espaço torna-se a lixeira do Bairro Alto. A terra treme em 1755 e instala-se ali um aquartelamento militar. Começa então o projecto da Tesouraria Central do Reino, mas, à falta de dinheiro, opta-se por uma basílica (há até uma missa da Patriarcal). Um incêndio destrói tudo. Só a construção do enorme reservatório de água - de que o lago é só o respiradouro - desfaz a maldição.

Em 1869 começa a nascer o jardim. Chegam espécies de todo o mundo. "O cedro do Buçaco mente duas vezes: é um cipreste e vem do México", ironiza o botânico sobre o nome de uma das árvores classificadas. "Estiveram todas em perigo quando uma máquina gigantesca, um monstro de várias toneladas, arrancou o pavimento", conta. Uma palmeira foi transplantada e morreu. O local foi logo calcetado. Nenhum vestígio. "São árvores muito grandes, ficam fracas dos joelhos, têm artrites, acabam por morrer e precisam de ser substituídas." Mas a espécie que o projecto prevê está proibida. "Que árvores classificadas teremos daqui a 50 anos?", questiona o botânico.

Os moradores dizem que "o jardim está transparente". "Está a transformar-se num terreiro, como o miradouro de S. Pedro de Alcântara." Rui Pedro explica que "as novas árvores vão precisar de pelo menos 20 anos para cumprir a função de protecção que as anteriores tinham". "Esta obra podia estar embargada", lembra Tiago Taron. "Podíamos ter interposto uma providência cautelar. Não o fizemos porque recebemos garantias do vereador José Sá Fernandes - nenhuma foi cumprida."

Rui Cordeiro, deputado do PSD na Assembleia Municipal, diz que o partido está do lado dos moradores. "Não vale a pena parar a obra quando as árvores já estão cortadas." Mas os preceitos legais terão de ser cumpridos e o desejo dos moradores de manter as restantes 13 árvores tem de ser respeitado. Caso contrário, ameaçam embargar a obra.

O grupo cresceu, são já mais de 60 pessoas. "Que podemos fazer?", perguntam. "Podem juntar-se ao Facebook, onde já somos 4519 membros", informa Taron. São também sugeridas queixas no IGESPAR, na autoridade florestal ou na Câmara. Garcia Pereira, ex-candidato presidencial, dá mais ideias. Uma folha circula, para recolher nomes e endereços de email que permitam combinar novas formas de luta. Todos assinam. É Lisboa a ganhar raízes numa folha de papel.