Já ninguém parte do Tejo
Para dobrar bojadores
Agora olho e só vejo
Contentores contentores.
E do Martinho Pessoa
Já não veria o vapor
Veria a sua Lisboa
Fechada num contentor.
Por mais que busques defronte
Nem ilhas praias ou flores
Não há mar nem horizonte
Só contentores contentores.
Lisboa não tem paisagem
Já não há navegadores
Nem sol nem sul nem viagem
Só contentores contentores.
Entre o passado e o futuro
Em Lisboa de mil cores
O sonho bate num muro
De contentores contentores.
Por isso vamos cantar
O fado das nossas dores
E com ele derrubar
O muro dos contentores.
Manuel Alegre
FOTO: o Tejo visto da Gare Marítima da Rocha Conde de Óbidos; esta vista irá desaparecer com a construção de um novo terminal de contentores em frente deste edifício (classificado de «Imóvel de Interese Público»).
Para dobrar bojadores
Agora olho e só vejo
Contentores contentores.
E do Martinho Pessoa
Já não veria o vapor
Veria a sua Lisboa
Fechada num contentor.
Por mais que busques defronte
Nem ilhas praias ou flores
Não há mar nem horizonte
Só contentores contentores.
Lisboa não tem paisagem
Já não há navegadores
Nem sol nem sul nem viagem
Só contentores contentores.
Entre o passado e o futuro
Em Lisboa de mil cores
O sonho bate num muro
De contentores contentores.
Por isso vamos cantar
O fado das nossas dores
E com ele derrubar
O muro dos contentores.
Manuel Alegre
FOTO: o Tejo visto da Gare Marítima da Rocha Conde de Óbidos; esta vista irá desaparecer com a construção de um novo terminal de contentores em frente deste edifício (classificado de «Imóvel de Interese Público»).
Sem comentários:
Enviar um comentário