Comunicado do Movimento Cívico pela Linha do Tua:
Ontem, dia 5 de Março discutiu-se na Assembleia da República, o projecto apresentado pelo PEV, que visa a classificação da Linha do Tua como Património de Interesse Nacional. Hoje, este projecto vai ser votado pelas várias bancadas parlamentares. De modo a sensibilizar e a alertar todos os senhores deputados portugueses, para a necessidade de preservar e valorizar este património, que leva a Trás-os-Montes mais de 40.000 pessoas por ano, lembramos alguns textos. São três artigos de opinião, bem ilustrativos da opinião generalizada sobre a questão do Tua, o parecer da APPI (orgão consultivo da Unesco) que considera o eventual desaparecimento desta via férrea como uma dos maiores atentados culturais desde o 25 de Abril de 1974, e ainda, um pequeno texto sobre o que pode significar a Linha do Tua, enquanto património, paisagem, transporte, desenvolvimento. O Movimento Cívico pela Linha do Tua pretende a preservação e dinamização da Linha do Tua e está disponível para apresentar aos ilustres deputados que o solicitem, informações, entre outras, sobre a história e alguns dos projectos de desenvolvimento alternativos a aplicar no Vale do Tua. A classificação da Linha do Tua é um dos instrumento, a par da recuperação e revitalização, que lhe garante a dignidade e respeito que merece enquanto património-cultural e industrial único reconhecido e parte integrante da paisagem do Vale do Tua.
Ou Tua, ou rua! por Manuel Igreja
Num país que com toda a parolice e contra o correr dos tempos desactivou quase tudo o que era linha de caminho de ferro no seu interior a troco de rodovias mais prejudiciais que benéficas em termos de ordenamento do território, parecia que se salvava assim uma das jóias ferroviárias da rede nacional de comboios. O turismo virou moda, e com ele a linha do Tua ganhou procura e valor. Nada mais nada menos que 40 mil almas passam anualmente pelos bancos das carruagens que circulam ou circulavam a roçar o rio Tua.
Os Clérigos, os Jerónimos e a Linha do Tua por José Moreira
O património histórico-cultural não tem preço, não é negociável ou não é passível de qualquer tipo de apropriação, independentemente de hipotéticas vantagens ou dos valores económicos em causa.(...) Além do disparate, o seu desaparecimento constituiria um hediondo crime contra a natureza e o património, que nada poderá justificar, a não ser a absurda cegueira de alguns governantes que, incapazes de deixar obra válida, parecem primar pela destruição do que de mais belo e ousado outros edificaram.
Parecer da Associação Portuguesa para o Património Industrial
(...) um dos mais graves atentados ao património cultural do País desde o 25 de Abril de 1974, a destruição da Linha do Tua.
Movimento Cívico pela Linha do Tua
linhadotua@gmail.com / 939 333 900
FOTO: Linha do Tua junto da estação de Cortiços (2ª metade séc. XX)
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