Espaço, que é monumento nacional, tem a partir de hoje melhores condições para receber visitantes, diz a reitoria da universidade
As entradas no Jardim Botânico de Lisboa vão ser gratuitas até ao fim do mês. Para assinalar o termo da primeira fase das obras que ali foram efectuadas pela Universidade de Lisboa, realiza-se hoje, pelas 19h, uma cerimónia presidida pelo reitor António Sampaio da Nóvoa. Quem chega à Rua da Escola Politécnica, entre o Rato e o Príncipe Real, sabe que está prestes a encontrar um sítio que foge ao bulício da cidade de Lisboa. "Cria-se uma espécie de bolha neste jardim", diz Ireneia Melo, investigadora principal do Jardim Botânico de Lisboa. E essa bolha surge não só pela descida de temperatura que se faz sentir, mas também pelo ar idílico que se respira. Nos seus quatro hectares, o jardim acolhe plantas e árvores de todo o mundo."As pessoas vêm aqui para ver alguma coisa de exótico. Vêm ver como as plantas se adaptam aos vários ecossistemas. E depois vêm ouvir o silêncio", salienta.
As entradas no Jardim Botânico de Lisboa vão ser gratuitas até ao fim do mês. Para assinalar o termo da primeira fase das obras que ali foram efectuadas pela Universidade de Lisboa, realiza-se hoje, pelas 19h, uma cerimónia presidida pelo reitor António Sampaio da Nóvoa. Quem chega à Rua da Escola Politécnica, entre o Rato e o Príncipe Real, sabe que está prestes a encontrar um sítio que foge ao bulício da cidade de Lisboa. "Cria-se uma espécie de bolha neste jardim", diz Ireneia Melo, investigadora principal do Jardim Botânico de Lisboa. E essa bolha surge não só pela descida de temperatura que se faz sentir, mas também pelo ar idílico que se respira. Nos seus quatro hectares, o jardim acolhe plantas e árvores de todo o mundo."As pessoas vêm aqui para ver alguma coisa de exótico. Vêm ver como as plantas se adaptam aos vários ecossistemas. E depois vêm ouvir o silêncio", salienta.
E é essa calma que acaba por atrair os visitantes. Por ano recebe cerca de 75 mil pessoas. "Somos sobretudo visitados por grupos de crianças, alunos de Belas Artes e turistas. Os portugueses não visitam tanto, mas são os que mais criticam", comenta a investigadora, referindo-se às polémicas sobre as obras efectuadas.
Durante os últimos anos, o jardim foi alvo de muitas críticas, uma vez que a falta de financiamento se reflectia na deficiente manutenção e vigilância. O espaço estava cada vez mais degradado, pondo em causa a sua própria identidade. Mas, segundo Ireneia Melo, as mudanças foram poucas. "As coisas estão conservadas e mais limpas. Os arruamentos principais foram nivelados, colocou-se areão, taparam-se buracos, pintaram-se os bancos e arranjaram-se as pontes. Agora até se pode de ouvir a água a correr, o que não acontecia há mais de dez anos."
Jacinto Leite, responsável pelas obras, diz que "a base de saibro [areia argilosa] estava destruída e só se encontravam pedras". Fez-se uma limpeza e recuperou-se o aspecto original com saibro enriquecido com argamassas. "Não fizemos uma mudança significativa", garante. "Reabilitámos os regatos com materiais recentes e que lhes deram um suporte melhor para que a pressão da água não perfurasse". De forma a monitorizar a humidade do solo, Catarina Silva e Albino Medeiros, ambos professores na Faculdade de Ciências, desenvolveram um estudo hidrogeológico que levou à instalação de piezómetros para medir a água do terreno.
Segundo um comunicado da reitoria da universidade, as obras feitas foram "o primeiro passo para uma recuperação mais profunda". A partir do próximo ano haverá uma reabilitação das cisternas, um novo sistema de rega, a reabilitação da estufa, a reposição dos viveiros e ainda a construção de infra-estruturas de apoio ao jardim e aos visitantes.
"As pessoas têm de pensar que um jardim botânico não é um jardim de um hotel, onde só tem que ter flores bonitas, onde não pode haver uma ervinha fora do canteiro. No jardim botânico tem de haver tudo", conclui Ireneia Melo. in Público
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