segunda-feira, 4 de maio de 2009

Câmara propõe expansão da área histórica

Câmara propõe expansão da área histórica e criação de nove pólos sectoriais

Proposta do executivo de António Costa quer estabilizar o edificado e a imagem urbana da cidade consolidada

Alargar o conceito de área histórica, consagrar cinco zonas da cidade ao sector terciário e a equipamentos de nível superior e quatro zonas a actividades económicas e de investigação e desenvolvimento são algumas das ideias da proposta preliminar de revisão do Plano Director Municipal (PDM) de Lisboa.

A expansão das áreas consideradas históricas, que no PDM em vigor incluem apenas "a Baixa Pombalina e as áreas históricas habitacionais, compreendidas por núcleos urbanos anteriores ao século XIX", visa "criar um quadro de estabilização do edificado e da imagem urbana da cidade consolidada". Como? Através de "mecanismos que levem ao desincentivo do ciclo vicioso de degradação do edificado, na expectativa de geração de mais-valias, por aumento da edificabilidade potencial aquando do licenciamento do edificado de substituição".

A área envolvente à Estação do Oriente, o Parque Hospitalar Oriental (na zona de Marvila, onde vão ser instalados o Instituto Português de Oncologia e o Hospital de Todos-os-Santos), o eixo Entrecampos/Praça de Espanha/Sete-Rios, a zona de Amoreiras/Campolide e Alcântara são os "cinco pólos emergentes", que correspondem a "uma coroa de terciário ou de equipamentos de nível superior", além de assumirem "uma posição de charneira entre as áreas de expansão mais recente e o centro urbano tradicional". Já na Avenida Marechal Gomes da Costa, na área do Aeroporto da Portela, no Parque Tecnológico Lispólis (no Lumiar) e em Pedrouços, a ideia é apostar em "actividades económicas e de investigação e desenvolvimento". No caso do aeroporto, pretende-se, quando este for desactivado, conjugar a criação de "um novo pulmão verde da cidade" com o "aparecimento de novas tipologias de actividades económicas".» In Público 3/5/2009

FOTO: Av. Praia da Vitória, 43-47. Este prédio já tem projecto de demolição aprovado pela CML. Os bairros do séc. XIX e início do séc. XX são os que têm sofrido mais atentados contra a sua arquitectura. A LAJB aprova esta proposta de expansão da área histórica de Lisboa de modo a incluir as realidades patrimoniais da Lisboa Romântica e Arte Nova.

Sem comentários: