«A cidade de Lisboa fica na margem Norte do Rio Tejo, a cerca de quatro léguas e meia do forte de S. Julião que é à entrada do porto. A vista, à chegada, é de grande beleza. O rio tem grande extensão e a margem do lado de Lisboa é variada, com fortificações, conventos, casas de campo, vinhedos e olivais espalhados em pequenos recantos, tendo o solo a vantagem de ser agradavelmente acidentado sem ser montanhoso. Mas faltam-lhe árvores e vegetação pois não há verdura nesta paisagem, a não ser algumas manchas dispersas de cevada, semeadas, em vez de erva para o gado. [1] Esta vista tem igualmente a vantagem de contrastar com o Rochedo de Lisboa, que se ergue a distância considerável por detrás, como uma serra selvagem, negra e escarpada. A cidade surge, descendo até às águas, pela encosta íngreme de uma colina, com inúmeras embarcações atracadas diante dela e parecendo cobrir o rio.»
[1] No original: «But it wants trees and verdure, there being no green in this country, but from a few scattered patches of barley, sewn instead of grass for cattle.»
As observações, ainda de certo modo actuais, do jovem inglês Thomas Pitt (1737-1793) registadas na sua obra Observations in a Tour to Portugal and Spain (1760) e publicada em 2006 pelo Ministério da Cultura / IPPAR.
[1] No original: «But it wants trees and verdure, there being no green in this country, but from a few scattered patches of barley, sewn instead of grass for cattle.»
As observações, ainda de certo modo actuais, do jovem inglês Thomas Pitt (1737-1793) registadas na sua obra Observations in a Tour to Portugal and Spain (1760) e publicada em 2006 pelo Ministério da Cultura / IPPAR.
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