A Câmara de Lisboa aprovou hoje, em reunião de Câmara, a proposta vencedora do concurso público lançado para reabilitar o edifício do Capitólio.
O projecto do atelier do arquitecto Souza Oliveira foi o vencedor do concurso público para a reabilitação do edifício do Capitólio, no Parque Mayer. A proposta escolhida prevê a reposição de uma "grande sala" e uma grande praça ao lado do edifício.
O projecto do atelier do arquitecto Souza Oliveira foi o vencedor do concurso público para a reabilitação do edifício do Capitólio, no Parque Mayer. A proposta escolhida prevê a reposição de uma "grande sala" e uma grande praça ao lado do edifício.
A recuperação do Capitólio será a âncora do reabilitado Parque Mayer e custará 10 milhões de euros, provenientes das contrapartidas do Casino Lisboa. Reabilitar o espaço como "um lugar de teatro" e repor a "grande sala" do Capitólio, abrindo-a lateralmente "para uma grande praça", são algumas das linhas orientadoras do projecto vencedor, segundo a memória descritiva a que a agência Lusa teve acesso.
"A reabilitação do edifício deve repor e melhorar o seu desempenho, atingindo a versatilidade compatível com os níveis de exigência das produções contemporâneas de espectáculos", lê-se no documento. O projecto pretende ainda ampliar a capacidade de uso do Capitólio, mas para tal sugere que o "esqueleto técnico" seja minimizado para evitar a descaracterização do edifício. Concebido pelo arquitecto Luís Cristino da Silva, o Capitólio é considerado o primeiro edifício do Movimento Moderno em Portugal e abriu em 1931.
O vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, assumiu o compromisso de as obras começarem nos próximos dois anos. Resolver os problemas estruturais e funcionais existentes no edifício, devolvendo-o ao projecto original, são objectivos da requalificação cujo caderno de encargos determina a manutenção das fachadas, da sala principal de espectáculos, do piso superior e da esplanada ao ar livre. O projecto prevê a remoção - segundo o caderno de encargos - do balcão existente a meia altura da sala de espectáculos, da cobertura do piso superior e dos foyers laterais criados nas fachadas laterais em 1935. A zona afecta ao palco e aos camarins, as caves técnicas, o subpalco e as arrecadações são, segundo o mesmo documento, estruturas passíveis de alteração ou ampliação de volumetria. Para repor são os paramentos em vidro das fachadas laterais, os tapetes rolantes - os primeiros do género em Portugal -, como memória do projecto original, e o palco superior para variedades e projecção de cinema.
O teatro deverá tornar-se num espaço para várias artes de palco, funcionando como o centro da reabilitação do Parque Mayer, cujo plano de pormenor foi sujeito a um concurso de ideias e que se encontra em debate público. in Lusa
FOTO: o belo interior do Capitólio no ano da sua inauguração.
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