Para a recuperação do Jardim da Condessa e da Quinta da Pena, foi reunida uma equipa multidisciplinar apoiada por vários consultores e empresas especializadas em restauro de Jardins Históricos. A metodologia adoptada ao longo do processo de restauro valorizou aspectos históricos, ecológicos, estéticos e funcionais, em rigorosa observância das recomendações das cartas internacionais para o restauro, protecção e valorização do património.
Em primeiro lugar foi realizado um trabalho prévio de pesquisa histórica aprofundada, por sondagens no local assim como em arquivos e bibliotecas (listas de compras de plantas datadas da época de construção do jardim, nos arquivos da fundação da Casa de Bragança, por exemplo). Os trabalhos de preparação envolveram ainda a caracterização dos solos, limpeza de vegetação, a execução de levantamentos topográficos rigorosos e o mapeamento e classificação botânica de toda a vegetação.
Também foi levado a cabo uma inventariação exaustiva dos elementos de composição do jardim. A título de exemplo é de referir o restauro dos regatos, em canaletos de alvenaria e reboco de argamassas de cal: após análise da composição exacta das argamassas, estas forma rigorosamente replicadas - assim se evitou o erro muito comum que é o de reconstruir ou reparar estruturas antigas recorrendo a argamasas á base de cimento. O cimento, material recente, não só é incompatível com estruturas antigas, o que provoca muitas vezes patologias precoces, mas contribui também para a desvalorização da autenticidade dos imóveis património).
Desta forma metódica e bem planeada, foi possível restaurar o Jardim da Condessa a um estado muito próximo do original, isto é, com elevado grau de autenticidade - afinal o objectivo maior de qualquer intervenção de restauro.
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