segunda-feira, 30 de abril de 2012

Jardim Botânico de Zurique: Zona Especial de Protecção

Vistas da envolvente urbana do Jardim Botânico de Zurique - ou seja, a Zona de Protecção do Jardim Botânico. Pode não parecer mas o jardim está mesmo no meio da cidade. Chama-se a isto «Planeamento Urbano». Chama-se a isto uma «Zona Especial de Protecção». Alguém imaginaria um Plano de Pormenor para construir 30 mil m2 de construção na zona de protecção deste Jardim Botânico? Impensável em Zurique. Mas já aprovado em Lisboa. Pior ainda: em Lisboa fizemos tudo às avessas, isto é, primeiro foi aprovado um Plano de Pormenor e só depois se elaborou uma Zona Especial de Protecção (ZEP) do Jardim Botânico na sequência da sua classificação como Monumento Nacional. Como se pode fazer uma ZEP já condicionada pelos indíces de construção aprovados no Plano de Pormenor? É um absurdo que tem de ser denunciado e desmontado. Há que começar do zero e fazer as coisas bem feitas.

1 comentário:

James disse...

Pois e assim vamos nós por cá...a nossa sociedade também é muito pouco exigente. basta ver o estado de degradação do nosso jardim e a falta de formação dos jardineiros para concluirmos que tudo esta errado. Depois as pessoas com responsabilidades e interesse, parecem estar ausentes dos centros de decisão, ou então simplesmente não estão realmente interessados em questionar quem manda.Era bom que os cientistas, biólogos, ecologistas deste pais saíssem um pouco dos seus gabinetes para proteger o que é nosso. O Jardim botânico de Lisboa, no estado em que esta é uma vergonha para todos... só revela desinteresse generalizado de todos. Em Munique existem pessoas particulares, com interesse no jardim, que disponibilizam algum tempo para cuidar de uma área do jardim que gostam particularmente. é incrível a diversidade de plantas que se encontram e a profusão de flores...design de combinações modernistas de plantas podem se encontrar em algumas partes do jardim. Lisboa é muitas vezes um monótono verde, nem só de árvores vive um jardim. por exemplo, um dia fui ao jardim tentar ver a Primula vulgaris em floração, uma planta simples mas que esta a desaparecer rapidamente a sul do Tejo. encontrei estas plantas formando um pequeno agregado quase passou despercebido. Em qualquer outro jardim da Europa se sabe que as prímulas para florirem têm que ser separadas a cada dois anos, pois os agregados bloqueiam a floração desta espécie. Em Lisboa as prímulas parecem apenas sobreviver, ninguém esta interessado em que dêem flor. O lema parece ser manter o que ainda esta vivo, isso não augura nada de interessante.