Causas do incêndio são ainda desconhecidas, mas no interior do edifício devoluto encontrava-se uma mulher sem-abrigo, estrangeira, que foi hospitalizada devido a inalação de fumo.
Um incêndio que deflagrou hoje ao início da tarde, num edifício devoluto que aparenta risco de ruína, na Rua da Alegria, em Lisboa, chegou a ameaçar a mancha vegetal do Jardim Botânico, mas a rápida acção dos bombeiros protegeu esta jóia verde da cidade, que apenas sofreu chamuscadelas. Uma cidadã estrangeira, sem-abrigo, encontrava-se no interior do imóvel e apenas sofreu intoxicação por fumo, tendo sido conduzida ao Hospital de São José. Não foi ainda possível aos bombeiros determinar a origem do incêndio, comunicado ao Regimento de Sapadores Bombeiros às 12h22 e dominado às 13h30, altura em que se iniciou a fase de rescaldo, disse ao PÚBLICO o comandante daquela força profissional, Joaquim Leitão. A segurança dos habitantes dos imóveis vizinhos e a protecção da mancha vegetal do Jardim Botânico constituíram as imediatas preocupações dos bombeiros que atacaram as chamas, prioritariamente, naqueles pontos. “Eles chegaram rapidamente, o que foi decisivo”, comentou o vereador que tutela a Protecção Civil, Manuel Brito, destacando a sensibilidade daquela zona da freguesia de São José, de ruas muito estreitas, com habitações antigas e a proximidade do Jardim Botânico, que tem acesso lateral para um beco da Rua da Alegria. Sem que tenha chegado a ser necessário proceder à retirada dos habitantes vizinhos, mas avisados pelos serviços da Protecção Civil municipal para estarem preparados para uma saída rápida, caso fosse necessário, apenas a mulher, de idade imprecisa, que se encontrava no interior do imóvel sinistrado, foi transportada de ambulância para o hospital, onde foi assistida, sem correr risco de vida. O encaminhamento para futuro alojamento da mulher será encontrado entre os serviços sociais naquela unidade e a Protecção Civil municipal. Apesar da prontidão dos Sapadores Bombeiros, que contaram com a colaboração dos voluntários de Lisboa e da Ajuda, o comandante Joaquim Leitão admitiu que o cordão de água projectado para o Jardim Botânico não foi o suficiente para o deixar completamente a salvo, pois algumas projecções de chamas atingiram duas palmeiras próximas. O interior do imóvel, bastante combustível, principalmente pelas madeiras ali acumuladas, ficou totalmente destruído. Um dos 41 bombeiros que ali prestaram serviço, apoiados por oito viaturas, também foi assistido no hospital, com queimaduras de primeiro grau num pé. in Público 5 Out 2011 http://www.publico.pt/
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