segunda-feira, 30 de julho de 2012

«Lisboa – única, genuína, nossa!»

Lisboa – única, genuína, nossa!
Por todo o lado, num teimoso absurdo, crescem novos empreendimentos, sempre “de luxo” com nomes impantes com Príncipes e Duques à mistura com Palaces, Places, Residences e Terraces.
A Baixa deserta, as grandes avenidas dia-a-dia destruídas; as lojas antigas dão lugar a assépticas cadeias, sítios de comer-a-correr; Lounges e Chill Outs, com ambientes importados que se dizem sofisticados.
Lisboa abafa, roubam-lhe o ar, roubam-lhe a luz, roubam-lhe o rio, roubam-lhe a memória e a vida. E agoniza perante uma modernidade bruta e parola que a ignora, que lhe é imposta.
É urgente travar a destruição desta cidade assombrosa e milenar.
É urgente protege-la e proteger quem aqui vive.
É urgente amá-la e oferece-la como ela é, única, genuína, nossa!

Ana Alves de Sousa
Nota: opinião chegada por email da parte de uma cidadã com olhar crítico sobre a situação actual da  nossa cidade - que bem se aplica ao nosso bairro aqui em redor do Jardim Botânico onde abundam cada vez mais os estrangeirismos. Novo riquismo? Complexo de inferioridade? Em Portugal uma "casa" é uma casa e não "home" ou "flat" (pior e mais perigoso ainda são os "luxury flats"!). Foto: Rua Rosa Araújo.

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