domingo, 27 de julho de 2008

CONDE DE FICALHO: fundador do Jardim Botânico nasceu a 27 de Julho de 1837


CONDE DE FICALHO - Botânico português, Francisco Manuel de Melo Breyner nasceu a 27 de Julho de 1837, em Serpa, e faleceu a 19 de Abril de 1903, em Lisboa. Além dos diversos cargos que exerceu como Par do Reino e Mordomo da Casa Real, distinguiu-se como escritor e professor catedrático da Escola Politécnica de Lisboa, onde estimulou o estabelecimento de museus anexos. Apaixonado pela Botânica, foi director do Instituto Agrícola e fomentou o desenvolvimento e apetrecho do Jardim Botânico de Lisboa.

Como homem de letras, notabilizou-se como escritor, foi amigo de Eça de Queirós, Ramalho Ortigão e Oliveira Martins e pertenceu ao famoso grupo dos Vencidos da Vida.

As suas obras versaram não só sobre a botânica como também temas ligados à História de Portugal, como é o caso das Viagens de Pêro da Covilhã, publicadas em 1898, onde Ficalho relata a viagem do emissário de D. João II. Da obra ligada à sua especialidade maior, a botânica (num contexto histórico), destacam-se: a Flora dos Lusíadas, de 1880; Memória da Malagueta de 1883, que deveria ser o primeiro de muitos títulos da colecção Plantas Úteis da África Portuguesa, que infelizmente não continuaram; Garcia de Orta e o seu Tempo de 1886, que serviu de preparação aos dois volumes de Colóquios dos Simples e Drogas da Índia, editados em 1891 e 1895.

Deixou uma única obra de ficção, Uma eleição perdida (1888), conjunto de uma novela e cinco contos integrável na tendência realista do conto regional.

Bibliografia do Conde de Ficalho: Flora dos Lusíadas, 1880; Memória da Malagueta, 1883; Plantas úteis da África portuguesa, 1884; Garcia da Orta e o seu tempo, biografia, 1886; Uma eleição perdida, novela e contos, 1888; Colóquios dos Simples e Drogas da Índia, 2 vol., 1891 e 1895; As viagens de Pêro da Covilhã, 1898; As rosáceas de Portugal, 1899

No dia dos 171 anos do nascimento do Conde de Ficalho, os Amigos do Jardim Botânico prestam homenagem ao fundador.

FOTO: monumento na Classe do Jardim Botânico

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