Exmo. Presidente do Conselho de Administração do Porto de Lisboa, Dr. Manuel Frasquilho,
A Liga dos Amigos do Jardim Botânico (LAJB) da Universidade de Lisboa vem por este meio manifestar a sua preocupação com os espaços verdes na envolvência dos novos edifícios para a Agência Europeia de Segurança Marítima e o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência.
A construção destes edifícios, em terrenos tutelados pela administração do Porto de Lisboa, implicou o abate de dezenas de árvores e arbustos que já existiam no local. Até à presente data, altura em que a obra se encontra terminada, a LAJB esteve na expectativa de ver os novos espaços verdes criados na envolvência dos edifícios.
Assim, a LAJB constata com grande preocupação que os novos espaços verdes se reduzem a relvados muito exigentes em água e a quatro pinheiros mansos plantados junto do passeio marítimo. É igualmente motivo de grande preocupação para a LAJB a existência de uma grande área com pavimentos impermeáveis. Também o facto das coberturas em terraço dos edifícios não terem sido pensadas como jardins constitui uma lamentável oportunidade perdida.
Para a LAJB, os espaços verdes da futura Agência Europeia de Segurança Marítima e do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, desiludem face às necessidades e expectativas dos cidadãos de uma cidade contemporânea. As suas características frustram expectativas ambientais que marcam a actualidade, como por exemplo, as mudanças climáticas, a preservação da biodiversidade e a poupança da água.
A LAJB vem assim solicitar à Administração do Porto de Lisboa que considere a revisão do projecto dos espaços verdes de modo a melhorar a qualidade do Ambiente Urbano, tendo em consideração os seguintes factores:
- plantação de mais árvores e arbustos para melhorar não só o conforto bioclimático da zona como também para reduzir o impacto negativo dos novos edifícios naquela zona histórica muito sensível;
- dar prioridade à plantação de espécies xerofíticas, nomeadamente da flora autóctone que estão naturalmente adaptadas aos verões quentes e secos do sul de Portugal;
- plantar árvores de alinhamento no novo passeio virado para o Jardim Roque Gameiro, que deverão ser exemplares de Jacaranda mimosifolia de modo a completar a simetria do projecto de arborização da Praça Duque da Terceira / Cais do Sodré.
A LAJB gostaria de contribuir para a melhoria deste espaço verde da nossa cidade disponibilizando-se para aconselhamento botânico e ecológico.
Lembramos que Lisboa é uma das capitais europeias com uma relação de espaços verdes por habitante das mais desfavoráveis. Por essa razão, aumentar a capitação de espaços verdes por habitante é uma das prioridades do actual executivo do Governo e da Câmara Municipal de Lisboa. Mas cabe a todos nós, sociedade civil, participar na construção de um melhor Ambiente.
A Liga dos Amigos do Jardim Botânico (LAJB) da Universidade de Lisboa vem por este meio manifestar a sua preocupação com os espaços verdes na envolvência dos novos edifícios para a Agência Europeia de Segurança Marítima e o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência.
A construção destes edifícios, em terrenos tutelados pela administração do Porto de Lisboa, implicou o abate de dezenas de árvores e arbustos que já existiam no local. Até à presente data, altura em que a obra se encontra terminada, a LAJB esteve na expectativa de ver os novos espaços verdes criados na envolvência dos edifícios.
Assim, a LAJB constata com grande preocupação que os novos espaços verdes se reduzem a relvados muito exigentes em água e a quatro pinheiros mansos plantados junto do passeio marítimo. É igualmente motivo de grande preocupação para a LAJB a existência de uma grande área com pavimentos impermeáveis. Também o facto das coberturas em terraço dos edifícios não terem sido pensadas como jardins constitui uma lamentável oportunidade perdida.
Para a LAJB, os espaços verdes da futura Agência Europeia de Segurança Marítima e do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, desiludem face às necessidades e expectativas dos cidadãos de uma cidade contemporânea. As suas características frustram expectativas ambientais que marcam a actualidade, como por exemplo, as mudanças climáticas, a preservação da biodiversidade e a poupança da água.
A LAJB vem assim solicitar à Administração do Porto de Lisboa que considere a revisão do projecto dos espaços verdes de modo a melhorar a qualidade do Ambiente Urbano, tendo em consideração os seguintes factores:
- plantação de mais árvores e arbustos para melhorar não só o conforto bioclimático da zona como também para reduzir o impacto negativo dos novos edifícios naquela zona histórica muito sensível;
- dar prioridade à plantação de espécies xerofíticas, nomeadamente da flora autóctone que estão naturalmente adaptadas aos verões quentes e secos do sul de Portugal;
- plantar árvores de alinhamento no novo passeio virado para o Jardim Roque Gameiro, que deverão ser exemplares de Jacaranda mimosifolia de modo a completar a simetria do projecto de arborização da Praça Duque da Terceira / Cais do Sodré.
A LAJB gostaria de contribuir para a melhoria deste espaço verde da nossa cidade disponibilizando-se para aconselhamento botânico e ecológico.
Lembramos que Lisboa é uma das capitais europeias com uma relação de espaços verdes por habitante das mais desfavoráveis. Por essa razão, aumentar a capitação de espaços verdes por habitante é uma das prioridades do actual executivo do Governo e da Câmara Municipal de Lisboa. Mas cabe a todos nós, sociedade civil, participar na construção de um melhor Ambiente.
2 comentários:
Espaços "verdes"? Parece-me que a APL desconhece o significado desse conceito.
Aqui daremos notícias, se as recebermos, da posição da APL.
A LAJB vai continuar a sua intervenção cívica por uma Lisboa com melhor ambiente.
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