O Jardim Botânico do Porto é uma das unidades de ligação da Universidade do Porto à comunidade, espaço histórico da Faculdade de Ciências, que assegura a sua gestão.
Com mais de 4 hectares, o Jardim Botânico apresenta espaços muito diversificados, dominados pela elegante forma da Casa Andresen, cujo nome evoca importantes vultos da literatura portuguesa do século XX: Sophia de Mello Breyner Andresen e Ruben A.
Apesar de limitado no seu espaço, a beleza do Jardim Botânico do Porto não deixa o visitante indiferente. O jardim romântico – que mantém o traçado delineado nos finais do século XIX – envolve a Casa Andresen, estendendo-se desde os frondosos espaços fronteiros que protegem a propriedade do movimento automóvel da Rua do Campo Alegre até às altas sebes de japoneiras, a sul, que escondem no seu interior três delicados jardins, um dos quais perpetua no entrelaçado do buxo as iniciais dos seus antigos proprietários, Joana e João Andresen, avós de Sophia e Ruben A.: o Jardim dos Jota.
A transformação em 1952 da Quinta do Campo Alegre em Instituto de Botânica Dr. Gonçalo Sampaio: Laboratório e Jardim Botânico – liderada pelo multifacetado professor Américo Pires de Lima (médico, antropólogo, botânico, explorador…) – proporcionou, para além do grande enriquecimento em espécies botânicas, a criação de espaços ajardinados modernos durante as décadas de 50 e 60, entre os quais se destaca o belo Jardim do Xisto, da autoria de Franz Koepp, com as suas plantas aquáticas. Mas muitos outros espaços foram implantados nesta época: nos antigos terrenos de cultivo da parte baixa da quinta desenvolveu-se a área de bosque, criou-se o lago grande e, a poente, surgiram as novas estufas e o viveiro.
Durante muitas décadas, a Casa Andresen foi a sede do Departamento de Botânica da Faculdade de Ciências, que continuou a promover o acréscimo das espécies botânicas do jardim, cuja diversidade se pode verificar nesta página. Aos estudantes de biologia vegetal, juntaram-se posteriormente os de arquitectura paisagista até à contrução de instalações modernas em edifícios vizinhos.
A vocação do Jardim Botânico do Porto, de apoio ao trabalho científico, por um lado, e de divulgação do conhecimento, de sensibilização ambiental e fruição estética, por outro, foi acentuando estes últimos aspectos de ligação à comunidade, potenciados pela renovação das infra-estruturas do jardim. Esta extensa obra, sob orientação de Teresa Andresen (actual directora do Jardim) e projecto de execução da autoria de Manuel Ferreira, permitiu uma maior adequação a espaço público, visitável de forma livre ou guiada.
O Jardim Botânico do Porto está aberto, nos dias úteis, das 9h00 às 16h00, sendo a entrada livre. A Universidade do Porto mantém um programa de visitas guiadas pagas – para grupos escolares ou outros grupos organizados –, enquadrando os aspectos históricos, botânicos e literários do mais belo espaço universitário do Porto. in http://jardimbotanico.up.pt/
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