quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Votos de 2010 com muitas florescências!

Nome Científico: Dahlia excelsa Benth. Família: Asteraceae

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

AS ÁRVORES e os LIVROS: Joachim Du Bellay

Quem viu alguma vez um grande carvalho seco,
Que como adorno algum troféu comporta,
Erguer ainda ao céu a sua velha cabeça morta,
Cujo pé não está firmemente em terra fixado,
Mas que, sobre o campo mais do que meio inclinado,
Mostra os seus braços todos nus e a sua raíz torta,
E, sem folhas que dê sombra, o seu peso suporta
Sobre um tronco nodoso em cem sítios podado;
E, se bem que ao primeiro vento ele deva a sua ruína,
E muito jovem, à sua volta tivesse firme a raiz,
Pelo popular devoto ser o único venerado:
Quem tal carvalho pôde ver, que ele imagine ainda
Como entre os citados, que mais florescem agora,
Este velho símbolo empoeirado é o mais reverenciado.

Joachim Du Bellay, Les Antiquités de Rome

soneto XXVIII

Foto: detalhe de um Sobreiro na Tapada de Mafra

sábado, 26 de dezembro de 2009

«Por uma cidade que se respeite»

Uma cidade que se respeite não permite que um proprietário tenha o seu prédio degradado, a cair, abandonado, com falta de pintura, destelhado, entaipado, em risco de incêndio ou derrocada. Não permite. Ponto.

Uma câmara municipal digna desse nome multa, castiga, reprime o desleixo e negligência de quem for dono de um prédio nessas condições. Se não tiver instrumentos legais robustos para o fazer, exige-os ao Governo da República. Se não o conseguir, tem que se fazer porta-voz da indignação dos munícipes.

O Governo do país tem a obrigação de impedir que os centros das nossas cidades estejam sujos, ocos e cariados. Tem o dever de tornar muitíssimo dispendioso este mau hábito de quem não cuida da sua propriedade urbana. Tem o interesse - num país antigo, peculiar e turístico como o nosso - de garantir que os nossos centros históricos estejam impecáveis.

Não existe o direito de ter um prédio a cair. Tal como não existe o direito de guiar um carro sem travões ou poluente. Não interessa se o compraram ou herdaram. O carro tem de passar na inspecção periódica. O mesmo deveria valer para o prédio: tem de estar em boas condições, ou o proprietário terá de pagar pelo dano e risco que provoca a outrem. Um prédio decadente faz reverberar o desleixo. Baixa o valor da sua rua ou do seu bairro, incluindo o daqueles prédios cujos proprietários, mais conscienciosos, trataram de cuidar e manter em boas condições. Um prédio a cair representa um risco de segurança para quem ali passa, para o solitário inquilino que às vezes lá resta, para os vizinhos.

A propriedade de um prédio não é coisa que venha sem obrigações. Esse é um equívoco que engendra outros equívocos de todas as partes envolvidas, sem excepção: a ideia de que os exemplos de prédios integralmente ocupados com rendas baixas (cada vez menos) podem servir de desculpa para situações de incúria em prédios praticamente vazios; a ideia de que o Estado pode ser o primeiro proprietário negligente; a ideia de que às autoridades públicas cabe, sempre, pagar toda a factura do rearranjo dos prédios. O Rossio de Lisboa foi recuperado com dinheiros públicos há uma década. Hoje tem prédios com telhados cobertos de folha de alumínio. Lamento, mas isto não é cidade que se respeite.

O presente de Natal para toda a gente que gosta da cidade, da cultura e de música aí está: ardeu o prédio onde ficava o Hot Clube de Lisboa, um dos mais antigos clubes de jazz da Europa. Perguntava um leitor do PÚBLICO ao saber da notícia: será que vale a pena fazer TGV e novos aeroportos para mostrar uma cidade vazia? Sob o impacto do momento, o exagero é desculpável, porque toca na ferida. As pessoas não vão apanhar o TGV para Madrid para ficar a olhar para a estação ferroviária. Vão para ver o Museu do Prado.

Aquilo que Portugal e Lisboa esquecem - com o novo-riquismo desculpável de quem se encontra em algumas rotas da moda - é isto: ninguém volta ao hotel de charme para olhar de novo para o mesmo prédio esburacado em frente.

Andámos anos a discutir um ridículo projecto para o Parque Mayer e deixámos o Hot Clube ao abandono. O salão do Conservatório está em ruína. O Pavilhão Carlos Lopes também. Não temos um lugar no centro da cidade para receber exposições internacionais que atraiam centenas de milhares de visitantes. Achamos natural que o candidato evidente para essa função - a Praça do Comércio - sirva para a burocracia do Estado. Ou então, que se faça lá um hotel de charme. Temos, não o nego, muito charme no abandono. Rui Tavares in Público, 23-12-2009

FOTO: Igreja de São Vicente de Fora (MN) fechada ao público no início deste ano devido ao mau estado de conservação.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

As Árvores e a Cidade: Ginkgos nas Amoreiras

O anel de Ginkgos douradas ao centro do Jardim das Amoreiras. Hoje ao meio dia. Lisboa não seria Lisboa sem as suas árvores.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Orçamento Participativo 2010: AVISO

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) foi alertada por cidadãos participantes na 1ª fase do Orçamento Participativo (OP) para a existência de propostas apresentadas nesta fase que não surgiram na lista de projectos colocados à votação. Analisadas as situações identificadas, foi detectada uma avaliação inadequada por parte dos serviços da CML relativamente a algumas propostas apresentadas, que teriam condições para virem a ser transformadas em projectos e colocadas à votação. Face a esta situação e porque entende que o orçamento participativo é um processo emblemático de participação dos cidadãos na vida da cidade que deve ser credível e transparente, a CML decidiu, no dia 18 de Dezembro, anular a 2ª fase do OP. O objectivo é colocar novamente à votação dos cidadãos de Lisboa a lista de todas as propostas apresentadas que cumpram os critérios previamente definidos. Apresentamos as nossas desculpas pelo sucedido e convidamo-los, desde já, a participar na votação de projectos que decorrerá no período entre 30/12/2009 a 15/01/2010.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

sábado, 19 de dezembro de 2009

O Arboreto no final do Outono

No final do Outono o Arboreto do Jardim Botânico fica mais luminoso com a queda das folhas de muitas das suas árvores. Vemos mais céu. Vemos mais Lisboa por entre as copas despidas. E ainda temos um fofo tapete de folhas.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Debate: Obras no Jardim do Príncipe Real

Vai decorrer hoje, Sexta-feira 18 de Dezembro 2009 pelas 21h, um debate público sobre as obras no Jardim do Príncipe Real. O debate terá lugar no Auditório Quintanilha no Museu Nacional de História Natural à Rua da Escola Politécnica nº 58 (entrada pelo portão do Jardim Botânico). O debate é promovido por um grupo de cidadãos interessados, os "Amigos do Príncipe Real" que tem lutado para obter respostas sobre o que se passa e conseguir que as entidades que deveriam ter sido envolvidas neste processo desde o início - IGESPAR e AFN-Autoridade Florestal Nacional - sejam, conforme a lei exige, de facto supervisoras de todo o processo. Foram convidadas para esse debate as seguintes entidades: Presidente e Vereador do Pelouro dos Espaços Verdes da CML, IGESPAR, Autoridade Florestal Nacional, Junta de Freguesia das Mercês, entre outras. Foram também convidados os orgãos de comunicação social. A AFN, que deveria ter intervido porque existem várias árvores clasificadas no Jardim, só agora pediu à CML os planos de intervenção. Vamos exigir boas práticas na governação da nossa cidade. Participe!

Foto: Chorisia no Príncipe Real a 25 de Outubro de 2009

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Em Floração: Montanoa bipinnatifida


Família: Asteraceae
Nome científico: Montanoa bipinnatifida (Kunth) K. Koch

Planta nativa do México.

Nota: este exemplar pode ser observado no Arboreto (canteiro 35B). Existe outro na Classe.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Orçamento Participativo 2010: projecto da LAJB passou para a 2ª fase

Começou ontem, dia 14 do corrente a 2ª fase do processo do Orçamento Participativo 2010 (OP). O projecto da LAJB - Arborização da Rua Borges Carneiro - foi escolhido para a 2ª fase! Lembramos que este projecto surgiu após um pedido de apoio de um grupo de moradores da Freguesia da Lapa, associados da LAJB.

Os projectos mais votados nesta 2ª fase serão integrados no orçamento municipal até ao valor de 5 milhões de euros, montante definido pela Câmara para afectar ao orçamento participativo.

Apelamos a todos os interessados que votem, até ao dia 20 de Dezembro, no projecto apresentado pela LAJB. Basta aceder ao sítio do OP:

http://www.cm-lisboa.pt/index.php?idc=618

Para votar, seleccione primeiro "Espaço Público e Espaço Verde" e de seguida procure a proposta da LAJB sob a designação «Reperfilamento da Rua Borges Carneiro» (na pág. 4).

PARTICIPE! Vote no projecto da LAJB e ajude-nos a arborizar uma rua de Lisboa!

FOTO: Rua Borges Carneiro sem árvores de alinhamento numa fotografia de 1975 do fotógrafo Armando Serôdio (Arquivo Municipal). Desde a abertura da rua em 1876 que se espera por um projecto de arborização!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Visita aos Agaves e Aloés do Jardim Botânico





Imagens da visita da LAJB aos Agaves e Aloés do Jardim Botânico (13 Dezembro). Apesar do frio que se fez sentir, os 25 participantes foram facilmente transportados para as terras quentes das Américas (Agaves) e de África (Aloés) pelo nosso guia Pedro Lérias. Afinal, fomos guiados por um vencedor do Prémio Brotero atribuído pela LAJB ao melhor aluno do Curso de Guias do Jardim Botânico.

Inspirados pela beleza natural das estrelas botânicas - que estavam gentilmente banhadas pelo sol de inverno - e da oratória do nosso guia, percorremos sem esforço milhares de kms entre continentes. Todos ficaram rendidos à riqueza das formas, tons e texturas dos diferentes Aloés e Agaves. Tivemos ainda para nos aquecer as cores de fogo das inflorescências dos Aloés. Sem dúvida, o Jardim das Suculentas, também designado "Jardim do México" é uma das grandes surpresas do nosso Jardim Botânico. Temos apenas a lamentar o grande número de exemplares ainda por identificar com placas. Fomos aconselhados a regressar dentro de algumas semanas para vermos as inflorescências mais desenvolvidas de alguns dos Aloés. A viagem terminou no Arboreto pois não podiamos deixar de prestar homenagem à copa dourada da Gingko.

A Liga dos Amigos do Jardim Botânico agradece a Pedro Lérias a generosa oferta desta visita guiada ao mundo dos Agaves e Aloés.

Entretanto, lembramos que em Março de 2010 recomeçam as visitas "Laços de Família" (criadas por Pedro Lérias) e que oportunamente serão novamente aqui divulgadas.

Fotos: Agave attenuata, Aloe arborescens, Aloe ciliaris (Jardim das Suculentas) e Doryanthes palmeri (Jardim das Cebolas).

domingo, 13 de dezembro de 2009

Conferência: 150 anos depois da descoberta da Welwitschia

The Mirabilis Experience
150 anos depois da descoberta da Welwitschia

por SARA ALBUQUERQUE

Anfiteatro Aurélio Quintanilha

Dia 17 de Dezembro de 2009 às 18 h

O botânico Austríaco, Friedrich Welwitsch (1806-1872), começou a trabalhar em Portugal em 1839. Só mais tarde, em 1853, seria enviado numa expedição a Angola pelo governo Português. Durante esta expedição efectou cerca de 8000 colheitas botânicas correspondendo a 5000 espécies, das quais 1000 não tinham ainda sido descritas. Isto representa, provavelmente, a colecção mais significativa feita desde sempre na África Tropical. Foi igualmente nesta viagem a Angola que Welwitsch, descobriu Tomboa, no dia 3 de Setembro de 1859, a famosa planta do deserto do Namibe, que mais tarde foi denominada de Welwitschia por Hooker em honra de Welwitsch.

Depois do seu regresso à Europa, Welwitsch decidiu estudar as suas colecções em Londres, dado que estas não poderiam ser identificadas em Portugal. Depois da sua morte, em 1872, seguiu-se um processo em tribunal que durou 3 anos, onde se decidiu quem ficaria com as colecções, envolvendo conflitos entre Kew e o Natural History Museum... mas isto foi só o início da história....

Onde estão agora as colecções?
Porque tinha Livingstone inveja de Welwitsch?
E porque fora Welwitsch enviado a Angola pelo Governo Português?
O que disse Hooker quando viu Welwitschia pela primeira vez?

Nesta apresentação, para além de se desvendarem estas questões, pretende-se explicar os detalhes do projecto sobre as colecções africanas e revelar a história que não foi contada…

No ano de 2009, em que se celebra Darwin e a publicação da Origem das espécies, também se celebra o aniversário da descoberta da Welwitschia e se relembra quem foi Friedrich Welwitsch.
Este aniversário, foi comemorado no dia 3 de Setembro deste ano com uma palestra na Linnean Society of London, palestra esta, que se irá repetir no Jardim Botânico – MNHN no dia 17 de Dezembro 2009.

Actualmente, Sara Albuquerque é bolseira da FCT e encontra-se a desenvolver o seu Projecto de Doutoramento “Cross-cultural histories of Tropical Botany in Latin America”, em Royal Botanic Gardens – Kew e no Birkbeck College (University of London).

Sara Albuquerque iniciou a sua ligação ao Jardim Botânico – MNHN em 2004, como voluntária no Serviço de Extensão Pedagógica e, pouco tempo depois, como Guia do Jardim. Realizou o seu Estágio de Fim de Curso de Biologia (Universidade de Évora) no Herbário LISU. Neste trabalho, iniciado em Outubro de 2005, estudou parte das colecções africanas de Welwitsch em LISU (Iter Angolense 1853 – 1860.). O contacto com a obra deste botânico, abriu portas para novos projectos “Welwitschianos” envolvendo, para além do JB-MNHN, outras instituições, tais como RBG – Kew e Natural History Museum (Londres), de que resultaram algumas publicações, nomeadamente nas revistas Taxon e Strelitzia (em colaboração com R.K. Brummitt) e palestras (Royal Botanic Gardens-Kew e The Linnean Society of London).

Foto: Welwitschia mirabilis Hook.f. (Fonte: www.biolib.cz)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Fim-de-semana dourado no Jardim Botânico



Este fim-de-semana há muitas razões para visitar o Jardim Botânico. No sábado, dia 12 de Dezembro às 10h, venha descobrir aves no jardim: "As aves como cidadãos das cidades" é uma visita para observação e identificação de aves. No domingo, dia 13 às 14:30h, acompanhe o guia Pedro Lérias numa visita aos Aloés e Agaves do jardim. E para além disto, este será o último fim-de-semana para ver as maravilhosas copas douradas das Gingkos!

Fotos: Gingko biloba no Arboreto

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Descobrir Segredos das Aves nas Cidades

No próximo dia 12 de Dezembro às 10h, vem descobrir aves no Jardim Botânico e conhecer o trabalho dos cientistas no Museu!

As aves como cidadãos das cidades

Visita guiada ao Jardim para observação e identificação de aves. Novo programa para grupos familiares nos primeiros sábados de cada mês no MNHN da Universidade de Lisboa com o apoio da SPEA - Sociedade Portuguesa do Estudo das Aves.

Calendário e inscrições:
Tel. 21 392 18 79

Foto: Arboreto do Jardim Botânico visto da Classe

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Caderno dos Amigos do Jardim Botânico

O «Caderno dos Amigos do Jardim Botânico» é um óptimo presente de Natal!
Produção: Serrote para a Liga dos Amigos do Jardim Botânico
Impressão: tipografia
Tiragem: 1000 exemplares numerados
Dimensões: 12 por 7 cm
Papel: reciclado (liso)
Preço: 4 euros

Não percam a oportunidade de adquirir um ou mais exemplares, pois a edição é limitada. As receitas da venda deste caderno de notas serão investidas em melhoramentos no jardim. Ofereça um presente de Natal que, para além de ser um objecto especial, ajuda o Jardim Botânico! Nas próximas 2ªs. feiras dias 15 e 22 de Dezembro poderá dirigir-se à sede da LAJB, onde teremos muito gosto em recebê-lo(a). Também é possível enviar à cobrança. Se está interessado em comprar, ou vender, escreva para amigosdobotanico@gmail.com

Graças à colaboração de alguns espaços comerciais, o nosso Caderno também se encontra para venda nos seguintes locais em Lisboa:

Zeppelin - Rua da Rosa 40 (Bairro Alto)
Verdeperto - Rua Costa do Castelo 26
Tsuru - Rua da Esperança 24 (Madragoa)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Copenhaga: a conferência “depositária das esperanças da Humanidade”

A conferência climática de Copenhaga será a “depositária das esperanças da Humanidade” durante as duas próximas semanas, declarou esta manhã o primeiro-ministro dinamarquês Lars Loekke Rasmussen na abertura dos trabalhos, perante 1200 delegados vindos de 192 países.

"O mundo está a depositar as suas esperanças em vocês", disse Rasmussen, cujo país vai presidir a conferência até 18 de Dezembro, dirigindo-se aos delegados presentes na sala Tycho Brahe do Bella Center. Dela deverá sair um novo acordo mundial para combater o aquecimento global.

A cerimónia de abertura da conferência, com 45 minuros de atraso, começou com a projecção de um filme sobre os povos do mundo confrontados com as alterações climáticas, especialmente os "refugiados do clima".“As alterações climáticas não conhecem fronteiras. Nada discriminam. Afectam-nos a todos. E se hoje estamos aqui é porque estamos todos determinados em agir”, salientou. “Estou dolorosamente consciente de que vocês têm perspectivas diferentes sobre o âmbito e conteúdo deste acordo”, acrescentou, apelando a um consenso “justo, equilibrado, aceitável para todos”, mas também “eficaz e operacional”. “Este acordo que convidamos todos os dirigentes a assinar afectará todas as nossas sociedades em todos os seus aspectos”, notou. E, segundo Rasmussen, a missão "está ao nosso alcance". O chefe do Governo dinamarquês precisou ainda que 110 chefes de Estado e de Governo, incluindo o Presidente norte-americano Barack Obama, anunciaram já a sua presença em Copenhaga para o encerramento da conferência, a 17 e 18 de Dezembro. No encontro, estes líderes vão tentar chegar a acordo sobre as reduções das emissões de gases com efeito de estufa para os países desenvolvidos até 2020 e recolher financiamento para ajudar os mais pobres.

A presença de tantos líderes mundiais "reflecte uma mobilização sem precedentes da determinação política para combater as alterações climáticas. Representa uma enorme oportunidade. Uma oportunidade que o mundo não se pode dar ao luxo de perder", disse ainda o primeiro-ministro dinamarquês.

Mas "a responsabilidade maior continua a ser dos cidadãos do mundo que, se falharmos, serão aqueles a sentir as consequências fatais".
ONU lembra que o tempo das declarações já acabou
Yvo de Boer, secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, apelou aos delegados de 192 países para se concentrarem "nas propostas práticas e sólidas, que permitam lançar uma acção rápida" contra as alterações climáticas. "Os países em desenvolvimento esperam, desesperadamente, uma acção concreta e imediata", contra as emissões de gases com efeito de estufa e para adaptar as suas nações ao novo cenário climático, lembrou.

De Boer leu o testemunho de Nyi Lay, uma criança asiática de seis anos, vítima de um ciclone devastador que causou a morte aos seus pais e irmão. "O tempo das declarações e de esgrimir posições já acabou: utilizem o trabalho já feito e transformem-no em actos", lançou.

À porta do edifício da conferência, activistas pediram aos delegados que iam chegando que escolhessem passar por um de dois portões: um verde onde se lia "Vote pela Terra" ou um vermelho "Aquecimento Global". Outros entregavam aos delegados panfletos sobre o aquecimento global.

O Protocolo de Quioto vincula os países industrializados a reduzir as suas emissões até 2012, a uma média de 5,2 por cento, em relação aos níveis de 1990. Mas mesmo os seus apoiantes reconhecem a insuficiência da meta para travar o aumento das temperaturas, especialmente se nos lembrarmos que os Estados Unidos se recusaram a ratificá-lo.

Desta vez, a ideia é envolver todos os grandes emissores, incluindo a China e a Índia, para evitar mais secas, desertificação, incêndios florestais, extinção de espécies e aumento do nível dos mares. O encontro vai testar até que ponto as nações em desenvolvimento vão insistir nas suas posições, nomeadamente a exigência de os países ricos reduzirem as emissões em, pelo menos, 40 por cento até 2020. Uma meta superior àquelas que estão em cima da mesa. in Público

FOTO: Rio Nam Xong no norte do Laos

sábado, 5 de dezembro de 2009

Visita: Agaves e Aloés do Jardim Botânico

Visita aos Agaves e Aloés do Jardim Botânico

Domingo, 13 de Dezembro às 14:30

Nesta visita ao Jardim Botânico da Universidade de Lisboa, partimos à descoberta das plantas de zonas secas das Américas (Agaves) e África (Aloés), assim como de alguns dos seus parentes próximos, como as Iucas e o celebrado Dragoeiro, cuja resina encarnada, comparada ao sangue de dragão, lhe deu o nome.

Com o Inverno à porta, viaje connosco para as terras quentes das famílias dos Agaves e dos Aloés numa visita guiada ao Jardim Botânico de Lisboa.

O nosso associado Pedro Lérias será quem nos guiará nesta viagem.

FOTO: Aloé no Jardim Botânico (Pedro Lérias)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Exposição: Cogumelos – revelações de um mundo escondido

O Jardim Botânico do Museu Nacional de História Natural apresenta a exposição:

Cogumelos – revelações de um mundo escondido

De 5 a 12 de Dezembro de 2009

Horário: Segunda a domingo, das 10h00 às 17h00

Local: Jardim Botânico – Palmário

Rua da Escola Politécnica, 58 - Lisboa

FOTO: Cogumelo na Serra de Sintra (25 de Novembro de 2009)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Botânica das Lágrimas

Temos o maior prazer em comunicar que o último livro do nosso estimado associado Pedro Foyos, “Botânica das Lágrimas” (Editorial Hespéria), já está disponível nas principais livrarias.

Este novo romance poderá suscitar na comunidade da LAJB especial interesse na medida em que toda a acção decorre precisamente no nosso Jardim Botânico (designado no enredo por Jardim da Sétima Colina). Embora se trate de um livro de ficção, protagonizado por crianças (mas para adultos), a história do próprio Jardim insinua-se no decurso de uma narrativa que procura ainda prestar homenagem a vultos portugueses da botânica.

E por duas vezes é citado no livro, muito gratamente, a Liga dos Amigos do Jardim Botânico. Muito obrigado Pedro Foyos.

Aqui fica uma sugestão da LAJB para um presente de Natal.

FOTO: Busto de Bernardino Gomes (1768-1823) no Arboreto

domingo, 29 de novembro de 2009

Orçamento Participativo 2010 - a LAJB propõe: Arborização da Rua Borges Carneiro

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO para 2010
Número de proposta da LAJB: 385
Área: Espaço Público e Espaço Verde
Título: Arborização da Rua Borges Carneiro
Localização: Lapa, Rua Borges Carneiro

A ausência de árvores num arruamento tem impactos negativos no conforto ambiental e na saúde dos seus moradores. A arborização da Rua Borges Carneiro é um sonho antigo dos moradores. Este é um dos poucos locais da Lapa com largura suficiente para receber árvores de alinhamento. Numa área urbana de ruas estreitas, esta mais valia deve ser aproveitada para bem da comunidade. Este projecto não se esgota no presente, prolonga-se no futuro, pois irá benefíciar as próximas gerações. A Rua Borges Carneiro foi aberta em 1876 - há 133 anos que espera por árvores!

FOTO: Imagem de Armando Serôdio, 1975. Arquivo Municipal.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

HORTUS BOTANICUS AMSTERDAM



O Hortus Botanicus Amsterdam é um dos mais antigos jardins botânicos do mundo. Este museu vivo data de 1638 tendo sido fundado pela cidade-estado enquanto "Hortus Medicus", ou seja, um jardim de plantas medicinais para servir a farmacopeia da época. Em 1682 foi deslocado para o presente local, na periferia do centro histórico, na Plantage Middenlaan.

O JARDIM

A colecção actual contém mais de 6000 plantas diferentes. Como qualquer outro museu, o Hortus Botanicus está sempre preocupado em enriquecer a sua colecção com novas espécies de todo o mundo. Os jardins botânicos são cada vez mais refúgios para plantas em risco de extincção.

Uma parte considerável do jardim está ocupado com plantas cujo habitat natural é Temperado ou Ártico. De destacar é a colecção de plantas medicinais que se podiam encontrar no "Hortus Medicus" do séc. XVII. A maior parte das belas árvores de grande porte foram plantadas em 1895. O jardim dispõe ainda de um lago, roseiral e de cinco estufas temáticas.

As Estufas do Hortus Botanicus

PALM HOUSE - erguida em 1912, esta é a mais antiga estufa do jardim. Foi construída para abrigar uma colecção de palmeiras como o próprio nome indica. Mas esta estufa contém também uma colecção de Cycads, sendo de destacar um exemplar com mais de 300 anos.

MEXICAN/CALIFORNIAN DESERT HOUSE - uma estrutura mais recente e pequena que alberga uma pequena colecção de plantas das regiões desérticas do México e Califórnia. Junto a esta estufa existem mais duas estruturas idênticas, uma delas é um viveiro de orquídeas e a outra uma estufa de borboletas.

THREE-CLIMATE GLASSHOUSE - erguida em 1993, é uma das mais modernas estruturas desta natureza na Holanda. Com 1250 m2 de área, o edifício foi desenhado pelos arquitectos Zwarts e Jansma. A arquitectura paisagista é do arquitecto Kuitert.

Logo à entrada, deparamo-nos com uma "floresta subtropical" com plantas da Austrália, Nova Zelândia e África do Sul. A segunda sala contém plantas dos desertos da África do Sul e da América do Sul. Uma das maiores atracções nesta secção é a espectacular Welwitschia mirabilis, uma das mais raras plantas de clima desértico e que foi descoberta no séc. XIX por um botânico ao serviço da Coroa Portuguesa no deserto da Namíbia. A última sala recria a vegetação da Floresta Tropical da América do Sul. Num ambiente de humidade elevada, as plantas epífetas (como orquídeas e bromélias), os musgos, os fetos, as trepadeiras e as palmeiras criam uma vegetação luxuriante de grande imapcto. O visitante é assim alertado para a urgência de salvaguardar a biodiversidade das regiões tropicais para as gerações futuras.

Acolhimento aos visitantes
Os visitantes dispõem de uma bem equipada loja (junto da bilheteira) e de uma confortável cafetaria instalada na antiga Orangery (construída em 1875 para abrigar a colecção de citrinos durante os invernos rigorosos de Amesterdão). Existe também, naturalmente, uma Biblioteca de Botânica e um Herbário.

Para mais informações consulte http://www.dehortus.nl/

FOTOS: bilheteira (instalada numa antiga casa de guarda), cafetaria (antiga Orangery) e uma vista da Palm House com Cycads e palmeiras.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A vida do jardim do Castelo de São Jorge recomeça aos 50

Hoje é dia de festa para o jardim do Castelo de São Jorge, que comemora este ano meio século de existência. A data do aniversário é simbólica - nesta segunda-feira assinala-se o Dia da Floresta Autóctone, o que serve como uma luva aos jardins que Gonçalo Ribeiro Telles e Pulido Garcia desenharam em 1959.

Para Ribeiro Telles, o que se vê hoje respeita, em grande parte, o projecto inicial

Aniversário é também sinónimo de prendas. Para o jardim, e para quem o visita. Ao primeiro serão acrescentadas hoje algumas árvores. Para quem procura aquele espaço, há projectos que prometem melhorar a visita. Teresa Oliveira, responsável da Em-presa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural de Lisboa (EGEAC) e gestora do castelo, adianta que esta empresa municipal está a desenvolver um projecto com o Jardim Botânico de Lisboa para realizar "visitas conjuntas". A ideia é levar os visitantes do castelo até ao jardim botânico, onde se encontram espécies diferentes das dos jardins do monumento.

Para o castelo lisboeta e para os seus jardins, é importante agora "repor coisas que, com o tempo, se foram alterando". Teresa Oliveira dá a entender que se está a repensar todo o jardim. E o fio condutor dessa reflexão resume-se num regresso às origens. Pretende-se "ir de encontro àquilo que foi o projecto" inicial, concebido há meio século. E "melhorar algumas coisas que se foram perdendo". Esta reflexão, acrescenta Teresa Oliveira, será feita com quem concebeu o próprio espaço.

Um milhão de visitantes
"Este jardim do castelo tem também uma importância como ponto de referência de toda a cidade", reforça Ribeiro Telles, lamentando que a construção desenfreada de edifícios de grande altura estejam a tapar gradualmente este conjunto de património arquitectónico e natural.

Entre pinheiros-mansos, sobreiros, alfarrobeiras, ciprestes, loureiros e medronheiros, para além das oliveiras milenares, o castelo situado na mais alta colina de Lisboa tem por companhia centenas de árvores, arbustos e ervas da flora nacional. Daí que, quando se pensou em celebrar o 50.º aniversário, se escolheu o Dia da Floresta Autóctone. Por ano, este monumento nacional recebe um milhão de visitantes e ninguém ficará indiferente aos espaços ajardinados que foram pensados de forma a enquadrar o monumento, mas também para oferecer aos visitantes zonas de lazer de elevado conforto ambiental, explica Ribeiro Telles, que se reencontrou com este "filho" a convite do PÚBLICO. Meio século de vida justifica um balanço e a tal reflexão sobre o futuro. E foi precisamente isso que o PÚBLICO propôs a Ribeiro Telles. O outro projectista, Pulido Garcia, engenheiro agrónomo e silvicultor da Câmara Municipal de Lisboa, faleceu em 1983.

O jardim do castelo é um dos primeiros trabalhos de arquitectura paisagista feitos em Portugal. Aquela profissão surgiu no país no início da década de 1940. "Foi uma inovação no mundo mediterrâneo", assinala Ribeiro Telles, salientando que este espaço verde é contemporâneo de outros, como os jardins de Belém, a paisagem do Alto da Capela de São Jerónimo e a mata de Alvalade. Foram "das primeiras intervenções contra todo um modelo instalado de jardim", sublinha o arquitecto, lembrando que não se quis fazer "um jardim no castelo", mas sim "integrar o jardim numa paisagem", de forma harmoniosa. Dada a grande ligação do castelo à própria cidade de Lisboa, era importante que houvesse "harmonia com o que está de fora", prossegue. O desenho posto em prática foi fruto de uma causa: "criar uma paisagem" que se pudesse observar de diversos pontos da cidade, desde o Bairro Alto ao Parque Eduardo VII.

Rever o que existe
O arquitecto considera que aquilo que hoje em dia se vê respeita, em grande parte, a ideia original. Todavia, adverte para a necessidade de uma revisão, pedindo que haja um maior acompanhamento da flora, "até para que não se destrua a ideia" inicial.

Há árvores com 50 anos e deve pensar-se "no que vem a seguir", observa o arquitecto. É preciso ver que ali há "vida que se regenera, que a paisagem não é estática". "Não é uma obra que tenha fim", explica. "A vegetação precisava de ser vista, os arbustos cresceram e foram mal podados", continua, alertando para a necessidade de se plantarem novos pinheiros, mais baixos, para garantir a substituição dos mais antigos, que daqui a alguns anos estarão mortos.

Ribeiro Telles não gosta de alguns canteiros de pedra que, entretanto, foram construídos. Considera que não têm qualquer utilidade, nem embelezam o monumento.

Já no interior do castelo, existe um grande espaço que está igual ao projecto inicial. Não se vê nenhum canteiro dos que tanto desagradam ao arquitecto, e os próprios bancos de pedra que ali se encontram fazem parte do desenho original. E esses, ao contrário dos canteiros, têm utilidade.

Sustentabilidade
Perto da zona dos bancos de pedra, pode observar-se no chão uma pequena porção de relva que parece ter crescido ali de forma espontânea. Ribeiro Telles conta que "estava previsto que aparecesse sempre aquele relvado", de grande simplicidade, característica muito importante no desenho destes jardins.

Junto ao poço do monumento, encontram-se algumas árvores de fruto. Estão ali como "memória" da antiga horta do castelo, explica Ribeiro Telles, que só a custo gosta que se trate o espaço como um jardim. Prefere e insiste em utilizar o termo paisagem. O que se pretendeu criar ali são "cenários, que lembrem o que isto foi no passado e, ao mesmo tempo, que sirvam para algo hoje", explica o arquitecto. No caso do castelo e dos seus jardins, o desenho "não tem de ser forte", continua. Deve ser simples, relembrando a função que passou e, ao mesmo tempo, tirando "proveito das estruturas em termos estéticos".Além disso, toda a vegetação envolvente exerce uma outra função. "À volta do castelo é tudo jardins" e estes "são fundamentais para a sustentabilidade do castelo", explica Ribeiro Telles, assinalando que "a chuva cai aqui e é absorvida graças à vegetação". "Caso contrário, criar-se-iam "enormes caudais" de água que poderiam ser um perigo para a própria colina.Antigamente, não existiam árvores nem dentro nem fora das muralhas. Quando o castelo era uma fortaleza à espera de ser conquistada, não convinha nada ajudar o inimigo disponibilizando-lhe algo que lhe permitisse trepar, facilitando-lhe a invasão. "Só quando o castelo deixou de ter função e passou a ter a função de memória é que apareceu a vegetação", recorda.

Quando se percorre o corredor junto às muralhas, onde estão muitas espécies da flora tradicional da região, eis que se chega à parte "principal" do que o arquitecto projectou. São uma série de plataformas, que funcionam como uma espécie de degraus. "O objectivo é descer em direcção à vista que se tem sobre o Tejo."

Acompanhe o reencontro do arquitecto Ribeiro Telles com a sua obra do jardim do Castelo de São Jorge no canal de vídeos do PÚBLICO. in Público

FOTO: o Jardim Botânico visto do Castelo de São Jorge

Amigos do Jardim Botânico plantam oliveiras!




Mais imagens da plantação das três Oliveiras para comemorar os 50 Anos dos Jardins do Castelo de S. Jorge. Para além do Arq. Ribeiro Telles, da Dra. Teresa Oliveira (gestora do Castelo) e da Dra. Manuela Correia (Presidente da LAJB), muitos dos associados presentes da LAJB deram uma ajuda na plantação das jovens Oliveiras.

Agradecemos a todos que colaboraram na organização desta cerimónia, em particular à EGEAC pelo interesse e hospitalidade. Ficamos também muito gratos aos jardineiros Pedro e António que abriram as covas e nos ajudaram a preparar o solo para receber as jovens Oliveiras. Um obrigado também à Teresa Antunes (curadora do Jardim Botânico) pelos conselhos e ajuda na preparação dos locais de plantação.

Um agradecimento aos nossos amigos da Associação Lisboa Verde, especialmente ao João Pinto Soares que entusiasticamente ajudou a encher as covas como podem ver pelas fotografias!

3 Oliveiras plantadas no Castelo de S. Jorge!



Imagens da plantação das três Oliveiras para comemorar os 50 Anos dos Jardins do Castelo de S. Jorge. Para além do Arq. Ribeiro Telles, da Dra. Teresa Oliveira (gestora do Castelo) e da Dra. Manuela Correia (Presidente da LAJB), muitos dos associados presentes da LAJB deram uma ajuda na plantação das jovens Oliveiras.

Agradecemos a todos que colaboraram na organização desta cerimónia, em particular à EGEAC pelo interesse e hospitalidade. Ficamos também muito gratos aos jardineiros Pedro e António que abriram as covas e nos ajudaram a preparar o solo para receber as jovens Oliveiras. Um obrigado também à Teresa Antunes (curadora do Jardim Botânico) pelos conselhos e ajuda na preparação dos locais de plantação.

Um agradecimento aos nossos amigos da Associação Lisboa Verde, especialmente ao João Pinto Soares que entusiasticamente ajudou a encher as covas como podem ver pelas fotografias!

Para o ano o Castelo de São Jorge tem mais uma data para celebrar: o Centenário da classificação como Monumento Nacional. Vamos plantar uma "Árvore do Centenário"?

sábado, 21 de novembro de 2009

50 anos dos Jardins do Castelo de S. Jorge

Estão todos convidados a participar nesta dupla celebração! Apareçam! NOTA: Na segunda-feira, dia 23 de Novembro, todos os associados da LAJB têm entrada gratuita no Castelo de S. Jorge (mediante a apresentação do cartão de associado).

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Frutos do Jardim: Myrtus communis

Nome Científico: Myrtus communis L.
Família: Myrtaceae
Nome vulgar: Murta

Este arbusto frondoso, de folha persistente, cresce no maquis e em bosques em toda a Região Mediterrânea, Ásia Central e Paquistão. É muito cultivada em jardins e parques (em Lisboa pode ser vista nos jardins da Praça do Império). As folhas são opostas, verde escuras e, quando observadas contra a luz, notam-se glândulas delgadas portadoras de um óleo aromático. Espremendo as folhas obtém-se o óleo de murta - Eau d'Anges. As flores brancas e perfumadas apresentam inúmeros estames. Dos frutos pode extrair-se o licor de murta. Esta planta aparece mencionada em lendas árabes. Os Gregos consagraram-na a Afrodite, utilizando-a nas coroas dos vencedores.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

50 anos dos Jardins do Castelo de S. Jorge

Celebração dos 50 Anos dos Jardins do Castelo de S. Jorge
Dia 23 de Novembro de 2009 às 11:00h no Castelo de S. Jorge

Uma iniciativa da Liga dos Amigos do Jardim Botânico (LAJB) em parceria com a EGEAC - Castelo de São Jorge

Os jardins do Castelo de São Jorge foram desenhados em 1959 pelo Arq. Ribeiro Telles, em parceria com o Eng. Pulido Garcia (1904-1983), seguindo uma filosofia de plantação de espécies da flora portuguesa.

Para marcar os 50 anos dos jardins criados para um dos monumentos mais amados pelos lisboetas, a LAJB e a EGEAC convidaram o Arq. Ribeiro Telles para uma cerimónia de plantação de árvores.

Em respeito pela filosofia que orientou o projecto original, o Arq. Ribeiro Telles, a Gestora do Castelo de São Jorge, Dra. Teresa Oliveira, e a Presidente da LAJB, Dra. Manuela Correia, vão plantar três oliveiras no miradouro da Porta de São Lourenço. Foi escolhida a data simbólica de 23 de Novembro, Dia da Floresta Autóctone.

O Dia da Floresta Autóctone
Foi estabelecido para promover a importância da conservação das florestas naturais, apresentando-se simultaneamente como um dia mais adaptado às condições climatéricas portuguesas para se proceder à sementeira ou plantação de árvores, alternativo ao Dia Mundial da Floresta, 21 de Março, que foi criado inicialmente para os países do Norte da Europa.

Assinalaremos adequadamente o Dia da Floresta Autóctone de 2009 com a plantação das três Oliveiras no miradouro da porta de São Lourenço. Com a arborização deste sector do monumento, Lisboa ganha três árvores e o Castelo de São Jorge vê reforçada a sua rica colecção de árvores autóctones.

Os jardins do Castelo de São Jorge
Centenas de árvores, arbustos e ervas da flora nacional, naturalmente adaptadas ao clima quente e seco de Lisboa, entraram na composição dos jardins. Os espaços verdes foram pensados como enquadramento do monumento mas também para oferecer aos visitantes zonas de estar de elevado conforto ambiental.

Para além da plantação de pinheiros mansos, sobreiros, alfarrobeiras, ciprestes, loureiros e medronheiros, foram transplantadas para o Castelo oliveiras milenares que ainda hoje podem ser admiradas.

As características originais dos jardins continuam muito actuais pois respondem aos nossos desafios ambientais como as mudanças climáticas, a preservação da biodiversidade e a poupança da água.

O património botânico do Castelo de São Jorge constitui uma mais valia de grande valor ecológico e pedagógico para toda a cidade. Passados 50 anos sobre a criação dos jardins, faz todo o sentido que Lisboa invista num projecto global de restauro, e de actualização, da componente verde deste monumento nacional.

FOTO: detalhe de oliveira centenária no Castelo de S. Jorge

terça-feira, 17 de novembro de 2009

EM FLORAÇÃO: Cassia didymobotrya

Família: Caessalpiniaceae-Caesalpinoideae-Cassieeae
Nome Científico: Cassia didymobotrya Fresen.

Distribuição: África tropical oriental. Repúblicas do Congo e do sudão, Etiópia. Mossambique, Malawi, Zâmbia, Zimbabwe e Angola. Frequente em margens de lagos, cursos de água e outros locais pantanosos.

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO 2010

A Câmara Municipal de Lisboa deu início à 2ª edição do Orçamento Participativo, depois do sucesso da 1ª edição desta iniciativa, que registou, em 2008, mais de 3400 participações.

O Orçamento Participativo (OP) é uma das formas de participação dos cidadãos na gestão da Câmara Municipal de Lisboa. Através do OP, os cidadãos podem participar apresentando uma proposta para a sua rua, bairro, freguesia, ou cidade em geral, relativo a investimentos, manutenções, programas ou actividades até ao montante de 5 milhões de euros.

O OP visa contribuir para o exercício de uma intervenção informada, activa e responsável dos cidadãos nos processos de governação local, garantindo a participação dos cidadãos na decisão sobre a afectação de recursos às políticas públicas municipais, e possibilitando assim ao executivo municipal corresponder às reais necessidades e aspirações da população de Lisboa.

A participação ocorre online, no site www.cm-lisboa.pt/op, nas seguintes fases:

Fase 1 - até 29 de Novembro de 2009
Envio de uma proposta concreta. De seguida os serviços municipais fazem a sua análise técnica e adaptam a projecto.

Fase 2 - 14 a 20 de Dezembro de 2009
Votação de um projecto que inclui o respectivo custo estimado e previsão do prazo de execução.

NOTA: a LAJB participou no OP 2009 com três projectos; um deles foi seleccionado para a Fase 2 (Criação de um novo Jardim no Largo Hintze Ribeiro). Este ano a LAJB voltará a participar, apresentando propostas que contribuam para uma melhoria do Ambiente da nossa cidade.
FOTO: a Rua de S. Jorge ainda sem estar arborizada (c.1940, Arquivo Municipal). A LAJB irá defender projectos de arborização de arruamentos como forma de melhorar a qualidade de vida dos munícipes.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

EM FLORAÇÃO: Schefflera venulosa

Família: Araliaceae

Nome Científico: Schefflera venulosa (Wight & Arn.) Harms var. erythrostachya hort.

Origem: Ásia tropical

sábado, 14 de novembro de 2009

LISBOA: «PLANTAR 1 ÁRVORE»

Um grupo de cidadãos está a organizar uma notável iniciativa de plantação de 1000 árvores num só dia em Lisboa. As árvores serão plantadas numa zona limítrofe de Monsanto:

Dia 21 de NOVEMBRO de 2009 às 10h

As árvores serão adquiridas aos viveiros florestais de Monsanto e as espécies a plantar serão autóctones, essencialmente sobreiros e azinheiras. A CML apoia a iniciativa, através da disponibilização e preparação do terreno, e também fornecendo apoio logístico e técnico no dia da plantação. As árvores serão oferecidas pela CML.

Cada participante poderá plantar uma ou mais árvores. Idealmente em média pretende-se que cada pessoa plante 3 árvores de forma a atingirmos as 1000 árvores com cerca de 300 participantes.


Esta inovadora iniciativa está a ser encarada como projecto piloto. Se funcionar bem poderá ser replicado noutra escala. Os participantes nesta iniciativa serão portanto os pioneiros.

FOTO: Sobreiro na zona de Mafra

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

AS ÁRVORES e os LIVROS: Jorge de Sena

Os paraísos artificiais

Na minha terra, não há terra, há ruas;
mesmo as colinas são de prédios altos
com renda muito mais alta.

Na minha terra, não há árvores nem flores.
As flores, tão escassas, dos jardins mudam ao mês, e a Câmara tem
máquinas especialíssimas para desenraizar as árvores.

Os cânticos das aves - não há cânticos,
mas só canários de 3º andar e papagaios de 5º.
E a música do vento é frio nos pardieiros.

Na minha terra, porém, não há pardieiros,
que são todos na Pérsia ou na China,
ou em países inefáveis.

A minha terra não é inefável.
A vida da minha terra é que é inefável.
Inefável é o que não pode ser dito.

Jorge de Sena

FOTO: R. Nova de S. Mamede, "de prédios altos" e onde "não há árvores"

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Lisboa: 18ª no ranking das cidades verdes

Lisboa em 18ª (em 30) no ranking das cidades verdes

A cidade de Lisboa está na 18ª posição entre 30 cidades analisadas pelo Índice Europeu de Cidades Verdes, um estudo sobre sustentabilidade desenvolvido pela Economist Intelligence Unit para a Siemens.

O estudo analisa a sustentabilidade da capital portuguesa nos oito temas que temos vindo a abordar neste blog: energia, edifícios, dióxido de carbono, transportes, água, lixo e uso do solo, qualidade do ar e governança ambiental. Nos próximos dias iremos abordar, uma a uma, todas as matérias incluídas neste estudo. Para já, ficam as principais conclusões.

Lisboa conseguiu um valor de 57,25 para um máximo de 100 pontos. Segundo a Economist Intelligence Unit, “a geografia da cidade, o clima e a actividade económica não compensam as pobres políticas de transportes, de qualidade de ar, de uso da água e do solo e de gestão dos resíduos urbanos”.

Ainda de acordo com a Economist Intelligence Unit, Lisboa ficou atrás de cidades de rendimentos médios e climas quente, como Madrid e Roma. E avança um possível porquê. “A fragmentação do poder entre serviços públicos locais, regionais e nacionais reduz a capacidade da cidade para implementar as suas próprias políticas e as coordenar”, refere o estudo.


FOTO: Basílica da Estrela vista do miradouro do Príncipe Real

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Jardim Botânico e Lagartagis: aniversário

O Jardim Botânico do Museu Nacional de História Natural e o Lagartagis celebram o seu aniversário a 11 de Novembro, com diversas actividades para toda a família.

COMPONENTE CIENTÍFICA
O Jardim Botânico do Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa irá comemorar no dia 11 de Novembro, 131 anos de existência. Para registar a data vai realizar-se uma pequena jornada de reflexão sobre os avanços do estado deconhecimento sobre a diversidade biológica no país e se são conhecidos e suficientemente divulgados os resultados dos diversos projectos desenvolvidos ou em curso que se enquadrem na Estratégia Global para a Conservação de Plantas: http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007/

Embora em Portugal alguns grupos taxonómicos estejam relativamente bem estudados, outros estão insuficientemente conhecidos para existir dados realísticos sobre a diversidade da nossa flora. Temos consciência de que áreas naturais e não só podem alojar espécies ainda não inventariadas que correm o risco de se perder para sempre.

Apesar de assistirmos a algum avanço no conhecimento da nossa biodiversidade devido à implementação mecanismos de financiamento e programas a nível nacional, o mesmo é muitas vezes contrariado pelo deficit de conhecimento científico e de investigação básica. 2010 será o momento de avaliar o desempenho no progresso na redução e perda da biodiversidade vegetal a nível global (Estratégia Global para a Conservação das Plantas (Global Strategy for Plant) e da concepção de um Plano Estratégico renovado para a Convenção sobre a Diversidade Biológica.

Este Plano Estratégico de Implementação enquadra as actividades de comemoração e celebração doano escolhido pela Assembleia Geral das Nações Unidas como Ano Internacional da Biodiversidade.

Aproveitando esta oportunidade, irá ser apresentada uma listagem de projectos, acordos, etc., credenciados em diversas instituições portuguesas. Far-se-á ainda uma reflexão sobre a falta de estudos de alguns grupos taxonómicos, habitats ou áreas geográficas.

Há que acarinhar o diálogo frutuoso entre a comunidade científica e os organismos que se debruçam sobre questões do ambiente e biodiversidade. Há que apostar na taxonomia e na formação de jovens cientistas vocacionados para esta árdua disciplina. Se não acreditarmos na nossa comunidade científica, estaremos condenados a ocupar um lugar mediano entre as nações do futuro.

Entre as acções e projectos desenvolvidos pela equipa do MNHN-Jardim Botânico/CBA, ICNB, investigadores da Universidade do Porto, Coimbra, entre outros são seleccionados alguns casos de estudo. A jornada irá decorrer no Anfiteatro Aurélio Quintanilha do MNHN-JB.

COMPONENTE PEDAGÓGICA
No dia 11 de Novembro venha celebrar o aniversário do Jardim Botânico - MNHN e (re) conhecer asnossas plantas e borboletas! Considerando que se aproxima 2010, Ano Internacional da Biodiversidade no contexto da Estratégia Global para a Conservação das Plantas, são propostas duas visitas ao Jardim Botânico destinadas ao público em geral sobre a biodiversidade autóctone e principais ameaças à sua conservação, com destaque para espécies de plantas ameaçadas em Portugal. Também no Lagartagis, um jardim dedicado a borboletas e a plantas ibéricas, se comemora esteaniversário tão especial. A todos os visitantes do Jardim Botânico e do Lagartagis vai ser servido um Bolo de Aniversário cheio de velas e chá de ervas do jardim do Lagartagis. A entrada é livre. Consulte o programa em http://www.jb.ul.pt/ ou click no título.

FOTO: A grande Chorisia do Arboreto.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O Nosso Bairro: PRÍNCIPE REAL live

O Príncipe Real vai estar em festa! Contamos com a sua presença! Dias 5, 6, 7 e 8 de Novembro, todos os dias até às 23h.
«Degustações, apresentações de dança e música, lançamentos de produtos e exposições vão animar entre hoje e domingo as lojas do Príncipe Real (Lisboa), um "centro comercial ao ar livre" que quer fomentar uma "imagem de charme".Fruto de uma parceria entre os lojistas da zona, o Príncipe Real Live vai prolongar até às 23.00 o horário de algumas dezenas de estabelecimentos da Rua D. Pedro V, da Praça do Príncipe Real e da Rua da Escola Politécnica. Durante os quatro dias haverá espectáculos de ópera e animação de rua, incluindo uma apresentação do Chapitô.» in Lusa

FOTO: Palacete Ribeiro da Cunha

Ambiente: Autorizada a criação de áreas protegidas privadas

Lisboa, 7 de Outubro de 2009 (Lusa) - A criação de áreas protegidas privadas vai ser possível a partir de quinta-feira, com a entrada em vigor de uma nova lei que atribui ao Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) a aprovação das candidaturas.

"Os proprietários podem identificar que têm um terreno com valores naturais, paisagísticos ou geológicos que consideram especiais e submeter a candidatura ao ICNB", afirmou à Lusa a vice-presidente do instituto, Anabela Trindade.

No preâmbulo da portaria 1181/2009, hoje publicada, o ministério do Ambiente esclarece que o novo regime se destina a áreas do território nacional não incluídas na Rede Nacional de Áreas Protegidas onde se regista a ocorrência de "valores naturais que apresentem, pela sua raridade, valor cientifico, ecológico, social ou cénico, uma relevância especial que exija medidas especificas de conservação e gestão".

FOTO: Paisagem rural em Monsaraz (2008)