domingo, 29 de novembro de 2009

Orçamento Participativo 2010 - a LAJB propõe: Arborização da Rua Borges Carneiro

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO para 2010
Número de proposta da LAJB: 385
Área: Espaço Público e Espaço Verde
Título: Arborização da Rua Borges Carneiro
Localização: Lapa, Rua Borges Carneiro

A ausência de árvores num arruamento tem impactos negativos no conforto ambiental e na saúde dos seus moradores. A arborização da Rua Borges Carneiro é um sonho antigo dos moradores. Este é um dos poucos locais da Lapa com largura suficiente para receber árvores de alinhamento. Numa área urbana de ruas estreitas, esta mais valia deve ser aproveitada para bem da comunidade. Este projecto não se esgota no presente, prolonga-se no futuro, pois irá benefíciar as próximas gerações. A Rua Borges Carneiro foi aberta em 1876 - há 133 anos que espera por árvores!

FOTO: Imagem de Armando Serôdio, 1975. Arquivo Municipal.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

HORTUS BOTANICUS AMSTERDAM



O Hortus Botanicus Amsterdam é um dos mais antigos jardins botânicos do mundo. Este museu vivo data de 1638 tendo sido fundado pela cidade-estado enquanto "Hortus Medicus", ou seja, um jardim de plantas medicinais para servir a farmacopeia da época. Em 1682 foi deslocado para o presente local, na periferia do centro histórico, na Plantage Middenlaan.

O JARDIM

A colecção actual contém mais de 6000 plantas diferentes. Como qualquer outro museu, o Hortus Botanicus está sempre preocupado em enriquecer a sua colecção com novas espécies de todo o mundo. Os jardins botânicos são cada vez mais refúgios para plantas em risco de extincção.

Uma parte considerável do jardim está ocupado com plantas cujo habitat natural é Temperado ou Ártico. De destacar é a colecção de plantas medicinais que se podiam encontrar no "Hortus Medicus" do séc. XVII. A maior parte das belas árvores de grande porte foram plantadas em 1895. O jardim dispõe ainda de um lago, roseiral e de cinco estufas temáticas.

As Estufas do Hortus Botanicus

PALM HOUSE - erguida em 1912, esta é a mais antiga estufa do jardim. Foi construída para abrigar uma colecção de palmeiras como o próprio nome indica. Mas esta estufa contém também uma colecção de Cycads, sendo de destacar um exemplar com mais de 300 anos.

MEXICAN/CALIFORNIAN DESERT HOUSE - uma estrutura mais recente e pequena que alberga uma pequena colecção de plantas das regiões desérticas do México e Califórnia. Junto a esta estufa existem mais duas estruturas idênticas, uma delas é um viveiro de orquídeas e a outra uma estufa de borboletas.

THREE-CLIMATE GLASSHOUSE - erguida em 1993, é uma das mais modernas estruturas desta natureza na Holanda. Com 1250 m2 de área, o edifício foi desenhado pelos arquitectos Zwarts e Jansma. A arquitectura paisagista é do arquitecto Kuitert.

Logo à entrada, deparamo-nos com uma "floresta subtropical" com plantas da Austrália, Nova Zelândia e África do Sul. A segunda sala contém plantas dos desertos da África do Sul e da América do Sul. Uma das maiores atracções nesta secção é a espectacular Welwitschia mirabilis, uma das mais raras plantas de clima desértico e que foi descoberta no séc. XIX por um botânico ao serviço da Coroa Portuguesa no deserto da Namíbia. A última sala recria a vegetação da Floresta Tropical da América do Sul. Num ambiente de humidade elevada, as plantas epífetas (como orquídeas e bromélias), os musgos, os fetos, as trepadeiras e as palmeiras criam uma vegetação luxuriante de grande imapcto. O visitante é assim alertado para a urgência de salvaguardar a biodiversidade das regiões tropicais para as gerações futuras.

Acolhimento aos visitantes
Os visitantes dispõem de uma bem equipada loja (junto da bilheteira) e de uma confortável cafetaria instalada na antiga Orangery (construída em 1875 para abrigar a colecção de citrinos durante os invernos rigorosos de Amesterdão). Existe também, naturalmente, uma Biblioteca de Botânica e um Herbário.

Para mais informações consulte http://www.dehortus.nl/

FOTOS: bilheteira (instalada numa antiga casa de guarda), cafetaria (antiga Orangery) e uma vista da Palm House com Cycads e palmeiras.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A vida do jardim do Castelo de São Jorge recomeça aos 50

Hoje é dia de festa para o jardim do Castelo de São Jorge, que comemora este ano meio século de existência. A data do aniversário é simbólica - nesta segunda-feira assinala-se o Dia da Floresta Autóctone, o que serve como uma luva aos jardins que Gonçalo Ribeiro Telles e Pulido Garcia desenharam em 1959.

Para Ribeiro Telles, o que se vê hoje respeita, em grande parte, o projecto inicial

Aniversário é também sinónimo de prendas. Para o jardim, e para quem o visita. Ao primeiro serão acrescentadas hoje algumas árvores. Para quem procura aquele espaço, há projectos que prometem melhorar a visita. Teresa Oliveira, responsável da Em-presa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural de Lisboa (EGEAC) e gestora do castelo, adianta que esta empresa municipal está a desenvolver um projecto com o Jardim Botânico de Lisboa para realizar "visitas conjuntas". A ideia é levar os visitantes do castelo até ao jardim botânico, onde se encontram espécies diferentes das dos jardins do monumento.

Para o castelo lisboeta e para os seus jardins, é importante agora "repor coisas que, com o tempo, se foram alterando". Teresa Oliveira dá a entender que se está a repensar todo o jardim. E o fio condutor dessa reflexão resume-se num regresso às origens. Pretende-se "ir de encontro àquilo que foi o projecto" inicial, concebido há meio século. E "melhorar algumas coisas que se foram perdendo". Esta reflexão, acrescenta Teresa Oliveira, será feita com quem concebeu o próprio espaço.

Um milhão de visitantes
"Este jardim do castelo tem também uma importância como ponto de referência de toda a cidade", reforça Ribeiro Telles, lamentando que a construção desenfreada de edifícios de grande altura estejam a tapar gradualmente este conjunto de património arquitectónico e natural.

Entre pinheiros-mansos, sobreiros, alfarrobeiras, ciprestes, loureiros e medronheiros, para além das oliveiras milenares, o castelo situado na mais alta colina de Lisboa tem por companhia centenas de árvores, arbustos e ervas da flora nacional. Daí que, quando se pensou em celebrar o 50.º aniversário, se escolheu o Dia da Floresta Autóctone. Por ano, este monumento nacional recebe um milhão de visitantes e ninguém ficará indiferente aos espaços ajardinados que foram pensados de forma a enquadrar o monumento, mas também para oferecer aos visitantes zonas de lazer de elevado conforto ambiental, explica Ribeiro Telles, que se reencontrou com este "filho" a convite do PÚBLICO. Meio século de vida justifica um balanço e a tal reflexão sobre o futuro. E foi precisamente isso que o PÚBLICO propôs a Ribeiro Telles. O outro projectista, Pulido Garcia, engenheiro agrónomo e silvicultor da Câmara Municipal de Lisboa, faleceu em 1983.

O jardim do castelo é um dos primeiros trabalhos de arquitectura paisagista feitos em Portugal. Aquela profissão surgiu no país no início da década de 1940. "Foi uma inovação no mundo mediterrâneo", assinala Ribeiro Telles, salientando que este espaço verde é contemporâneo de outros, como os jardins de Belém, a paisagem do Alto da Capela de São Jerónimo e a mata de Alvalade. Foram "das primeiras intervenções contra todo um modelo instalado de jardim", sublinha o arquitecto, lembrando que não se quis fazer "um jardim no castelo", mas sim "integrar o jardim numa paisagem", de forma harmoniosa. Dada a grande ligação do castelo à própria cidade de Lisboa, era importante que houvesse "harmonia com o que está de fora", prossegue. O desenho posto em prática foi fruto de uma causa: "criar uma paisagem" que se pudesse observar de diversos pontos da cidade, desde o Bairro Alto ao Parque Eduardo VII.

Rever o que existe
O arquitecto considera que aquilo que hoje em dia se vê respeita, em grande parte, a ideia original. Todavia, adverte para a necessidade de uma revisão, pedindo que haja um maior acompanhamento da flora, "até para que não se destrua a ideia" inicial.

Há árvores com 50 anos e deve pensar-se "no que vem a seguir", observa o arquitecto. É preciso ver que ali há "vida que se regenera, que a paisagem não é estática". "Não é uma obra que tenha fim", explica. "A vegetação precisava de ser vista, os arbustos cresceram e foram mal podados", continua, alertando para a necessidade de se plantarem novos pinheiros, mais baixos, para garantir a substituição dos mais antigos, que daqui a alguns anos estarão mortos.

Ribeiro Telles não gosta de alguns canteiros de pedra que, entretanto, foram construídos. Considera que não têm qualquer utilidade, nem embelezam o monumento.

Já no interior do castelo, existe um grande espaço que está igual ao projecto inicial. Não se vê nenhum canteiro dos que tanto desagradam ao arquitecto, e os próprios bancos de pedra que ali se encontram fazem parte do desenho original. E esses, ao contrário dos canteiros, têm utilidade.

Sustentabilidade
Perto da zona dos bancos de pedra, pode observar-se no chão uma pequena porção de relva que parece ter crescido ali de forma espontânea. Ribeiro Telles conta que "estava previsto que aparecesse sempre aquele relvado", de grande simplicidade, característica muito importante no desenho destes jardins.

Junto ao poço do monumento, encontram-se algumas árvores de fruto. Estão ali como "memória" da antiga horta do castelo, explica Ribeiro Telles, que só a custo gosta que se trate o espaço como um jardim. Prefere e insiste em utilizar o termo paisagem. O que se pretendeu criar ali são "cenários, que lembrem o que isto foi no passado e, ao mesmo tempo, que sirvam para algo hoje", explica o arquitecto. No caso do castelo e dos seus jardins, o desenho "não tem de ser forte", continua. Deve ser simples, relembrando a função que passou e, ao mesmo tempo, tirando "proveito das estruturas em termos estéticos".Além disso, toda a vegetação envolvente exerce uma outra função. "À volta do castelo é tudo jardins" e estes "são fundamentais para a sustentabilidade do castelo", explica Ribeiro Telles, assinalando que "a chuva cai aqui e é absorvida graças à vegetação". "Caso contrário, criar-se-iam "enormes caudais" de água que poderiam ser um perigo para a própria colina.Antigamente, não existiam árvores nem dentro nem fora das muralhas. Quando o castelo era uma fortaleza à espera de ser conquistada, não convinha nada ajudar o inimigo disponibilizando-lhe algo que lhe permitisse trepar, facilitando-lhe a invasão. "Só quando o castelo deixou de ter função e passou a ter a função de memória é que apareceu a vegetação", recorda.

Quando se percorre o corredor junto às muralhas, onde estão muitas espécies da flora tradicional da região, eis que se chega à parte "principal" do que o arquitecto projectou. São uma série de plataformas, que funcionam como uma espécie de degraus. "O objectivo é descer em direcção à vista que se tem sobre o Tejo."

Acompanhe o reencontro do arquitecto Ribeiro Telles com a sua obra do jardim do Castelo de São Jorge no canal de vídeos do PÚBLICO. in Público

FOTO: o Jardim Botânico visto do Castelo de São Jorge

Amigos do Jardim Botânico plantam oliveiras!




Mais imagens da plantação das três Oliveiras para comemorar os 50 Anos dos Jardins do Castelo de S. Jorge. Para além do Arq. Ribeiro Telles, da Dra. Teresa Oliveira (gestora do Castelo) e da Dra. Manuela Correia (Presidente da LAJB), muitos dos associados presentes da LAJB deram uma ajuda na plantação das jovens Oliveiras.

Agradecemos a todos que colaboraram na organização desta cerimónia, em particular à EGEAC pelo interesse e hospitalidade. Ficamos também muito gratos aos jardineiros Pedro e António que abriram as covas e nos ajudaram a preparar o solo para receber as jovens Oliveiras. Um obrigado também à Teresa Antunes (curadora do Jardim Botânico) pelos conselhos e ajuda na preparação dos locais de plantação.

Um agradecimento aos nossos amigos da Associação Lisboa Verde, especialmente ao João Pinto Soares que entusiasticamente ajudou a encher as covas como podem ver pelas fotografias!

3 Oliveiras plantadas no Castelo de S. Jorge!



Imagens da plantação das três Oliveiras para comemorar os 50 Anos dos Jardins do Castelo de S. Jorge. Para além do Arq. Ribeiro Telles, da Dra. Teresa Oliveira (gestora do Castelo) e da Dra. Manuela Correia (Presidente da LAJB), muitos dos associados presentes da LAJB deram uma ajuda na plantação das jovens Oliveiras.

Agradecemos a todos que colaboraram na organização desta cerimónia, em particular à EGEAC pelo interesse e hospitalidade. Ficamos também muito gratos aos jardineiros Pedro e António que abriram as covas e nos ajudaram a preparar o solo para receber as jovens Oliveiras. Um obrigado também à Teresa Antunes (curadora do Jardim Botânico) pelos conselhos e ajuda na preparação dos locais de plantação.

Um agradecimento aos nossos amigos da Associação Lisboa Verde, especialmente ao João Pinto Soares que entusiasticamente ajudou a encher as covas como podem ver pelas fotografias!

Para o ano o Castelo de São Jorge tem mais uma data para celebrar: o Centenário da classificação como Monumento Nacional. Vamos plantar uma "Árvore do Centenário"?

sábado, 21 de novembro de 2009

50 anos dos Jardins do Castelo de S. Jorge

Estão todos convidados a participar nesta dupla celebração! Apareçam! NOTA: Na segunda-feira, dia 23 de Novembro, todos os associados da LAJB têm entrada gratuita no Castelo de S. Jorge (mediante a apresentação do cartão de associado).

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Frutos do Jardim: Myrtus communis

Nome Científico: Myrtus communis L.
Família: Myrtaceae
Nome vulgar: Murta

Este arbusto frondoso, de folha persistente, cresce no maquis e em bosques em toda a Região Mediterrânea, Ásia Central e Paquistão. É muito cultivada em jardins e parques (em Lisboa pode ser vista nos jardins da Praça do Império). As folhas são opostas, verde escuras e, quando observadas contra a luz, notam-se glândulas delgadas portadoras de um óleo aromático. Espremendo as folhas obtém-se o óleo de murta - Eau d'Anges. As flores brancas e perfumadas apresentam inúmeros estames. Dos frutos pode extrair-se o licor de murta. Esta planta aparece mencionada em lendas árabes. Os Gregos consagraram-na a Afrodite, utilizando-a nas coroas dos vencedores.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

50 anos dos Jardins do Castelo de S. Jorge

Celebração dos 50 Anos dos Jardins do Castelo de S. Jorge
Dia 23 de Novembro de 2009 às 11:00h no Castelo de S. Jorge

Uma iniciativa da Liga dos Amigos do Jardim Botânico (LAJB) em parceria com a EGEAC - Castelo de São Jorge

Os jardins do Castelo de São Jorge foram desenhados em 1959 pelo Arq. Ribeiro Telles, em parceria com o Eng. Pulido Garcia (1904-1983), seguindo uma filosofia de plantação de espécies da flora portuguesa.

Para marcar os 50 anos dos jardins criados para um dos monumentos mais amados pelos lisboetas, a LAJB e a EGEAC convidaram o Arq. Ribeiro Telles para uma cerimónia de plantação de árvores.

Em respeito pela filosofia que orientou o projecto original, o Arq. Ribeiro Telles, a Gestora do Castelo de São Jorge, Dra. Teresa Oliveira, e a Presidente da LAJB, Dra. Manuela Correia, vão plantar três oliveiras no miradouro da Porta de São Lourenço. Foi escolhida a data simbólica de 23 de Novembro, Dia da Floresta Autóctone.

O Dia da Floresta Autóctone
Foi estabelecido para promover a importância da conservação das florestas naturais, apresentando-se simultaneamente como um dia mais adaptado às condições climatéricas portuguesas para se proceder à sementeira ou plantação de árvores, alternativo ao Dia Mundial da Floresta, 21 de Março, que foi criado inicialmente para os países do Norte da Europa.

Assinalaremos adequadamente o Dia da Floresta Autóctone de 2009 com a plantação das três Oliveiras no miradouro da porta de São Lourenço. Com a arborização deste sector do monumento, Lisboa ganha três árvores e o Castelo de São Jorge vê reforçada a sua rica colecção de árvores autóctones.

Os jardins do Castelo de São Jorge
Centenas de árvores, arbustos e ervas da flora nacional, naturalmente adaptadas ao clima quente e seco de Lisboa, entraram na composição dos jardins. Os espaços verdes foram pensados como enquadramento do monumento mas também para oferecer aos visitantes zonas de estar de elevado conforto ambiental.

Para além da plantação de pinheiros mansos, sobreiros, alfarrobeiras, ciprestes, loureiros e medronheiros, foram transplantadas para o Castelo oliveiras milenares que ainda hoje podem ser admiradas.

As características originais dos jardins continuam muito actuais pois respondem aos nossos desafios ambientais como as mudanças climáticas, a preservação da biodiversidade e a poupança da água.

O património botânico do Castelo de São Jorge constitui uma mais valia de grande valor ecológico e pedagógico para toda a cidade. Passados 50 anos sobre a criação dos jardins, faz todo o sentido que Lisboa invista num projecto global de restauro, e de actualização, da componente verde deste monumento nacional.

FOTO: detalhe de oliveira centenária no Castelo de S. Jorge

terça-feira, 17 de novembro de 2009

EM FLORAÇÃO: Cassia didymobotrya

Família: Caessalpiniaceae-Caesalpinoideae-Cassieeae
Nome Científico: Cassia didymobotrya Fresen.

Distribuição: África tropical oriental. Repúblicas do Congo e do sudão, Etiópia. Mossambique, Malawi, Zâmbia, Zimbabwe e Angola. Frequente em margens de lagos, cursos de água e outros locais pantanosos.

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO 2010

A Câmara Municipal de Lisboa deu início à 2ª edição do Orçamento Participativo, depois do sucesso da 1ª edição desta iniciativa, que registou, em 2008, mais de 3400 participações.

O Orçamento Participativo (OP) é uma das formas de participação dos cidadãos na gestão da Câmara Municipal de Lisboa. Através do OP, os cidadãos podem participar apresentando uma proposta para a sua rua, bairro, freguesia, ou cidade em geral, relativo a investimentos, manutenções, programas ou actividades até ao montante de 5 milhões de euros.

O OP visa contribuir para o exercício de uma intervenção informada, activa e responsável dos cidadãos nos processos de governação local, garantindo a participação dos cidadãos na decisão sobre a afectação de recursos às políticas públicas municipais, e possibilitando assim ao executivo municipal corresponder às reais necessidades e aspirações da população de Lisboa.

A participação ocorre online, no site www.cm-lisboa.pt/op, nas seguintes fases:

Fase 1 - até 29 de Novembro de 2009
Envio de uma proposta concreta. De seguida os serviços municipais fazem a sua análise técnica e adaptam a projecto.

Fase 2 - 14 a 20 de Dezembro de 2009
Votação de um projecto que inclui o respectivo custo estimado e previsão do prazo de execução.

NOTA: a LAJB participou no OP 2009 com três projectos; um deles foi seleccionado para a Fase 2 (Criação de um novo Jardim no Largo Hintze Ribeiro). Este ano a LAJB voltará a participar, apresentando propostas que contribuam para uma melhoria do Ambiente da nossa cidade.
FOTO: a Rua de S. Jorge ainda sem estar arborizada (c.1940, Arquivo Municipal). A LAJB irá defender projectos de arborização de arruamentos como forma de melhorar a qualidade de vida dos munícipes.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

EM FLORAÇÃO: Schefflera venulosa

Família: Araliaceae

Nome Científico: Schefflera venulosa (Wight & Arn.) Harms var. erythrostachya hort.

Origem: Ásia tropical

sábado, 14 de novembro de 2009

LISBOA: «PLANTAR 1 ÁRVORE»

Um grupo de cidadãos está a organizar uma notável iniciativa de plantação de 1000 árvores num só dia em Lisboa. As árvores serão plantadas numa zona limítrofe de Monsanto:

Dia 21 de NOVEMBRO de 2009 às 10h

As árvores serão adquiridas aos viveiros florestais de Monsanto e as espécies a plantar serão autóctones, essencialmente sobreiros e azinheiras. A CML apoia a iniciativa, através da disponibilização e preparação do terreno, e também fornecendo apoio logístico e técnico no dia da plantação. As árvores serão oferecidas pela CML.

Cada participante poderá plantar uma ou mais árvores. Idealmente em média pretende-se que cada pessoa plante 3 árvores de forma a atingirmos as 1000 árvores com cerca de 300 participantes.


Esta inovadora iniciativa está a ser encarada como projecto piloto. Se funcionar bem poderá ser replicado noutra escala. Os participantes nesta iniciativa serão portanto os pioneiros.

FOTO: Sobreiro na zona de Mafra

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

AS ÁRVORES e os LIVROS: Jorge de Sena

Os paraísos artificiais

Na minha terra, não há terra, há ruas;
mesmo as colinas são de prédios altos
com renda muito mais alta.

Na minha terra, não há árvores nem flores.
As flores, tão escassas, dos jardins mudam ao mês, e a Câmara tem
máquinas especialíssimas para desenraizar as árvores.

Os cânticos das aves - não há cânticos,
mas só canários de 3º andar e papagaios de 5º.
E a música do vento é frio nos pardieiros.

Na minha terra, porém, não há pardieiros,
que são todos na Pérsia ou na China,
ou em países inefáveis.

A minha terra não é inefável.
A vida da minha terra é que é inefável.
Inefável é o que não pode ser dito.

Jorge de Sena

FOTO: R. Nova de S. Mamede, "de prédios altos" e onde "não há árvores"

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Lisboa: 18ª no ranking das cidades verdes

Lisboa em 18ª (em 30) no ranking das cidades verdes

A cidade de Lisboa está na 18ª posição entre 30 cidades analisadas pelo Índice Europeu de Cidades Verdes, um estudo sobre sustentabilidade desenvolvido pela Economist Intelligence Unit para a Siemens.

O estudo analisa a sustentabilidade da capital portuguesa nos oito temas que temos vindo a abordar neste blog: energia, edifícios, dióxido de carbono, transportes, água, lixo e uso do solo, qualidade do ar e governança ambiental. Nos próximos dias iremos abordar, uma a uma, todas as matérias incluídas neste estudo. Para já, ficam as principais conclusões.

Lisboa conseguiu um valor de 57,25 para um máximo de 100 pontos. Segundo a Economist Intelligence Unit, “a geografia da cidade, o clima e a actividade económica não compensam as pobres políticas de transportes, de qualidade de ar, de uso da água e do solo e de gestão dos resíduos urbanos”.

Ainda de acordo com a Economist Intelligence Unit, Lisboa ficou atrás de cidades de rendimentos médios e climas quente, como Madrid e Roma. E avança um possível porquê. “A fragmentação do poder entre serviços públicos locais, regionais e nacionais reduz a capacidade da cidade para implementar as suas próprias políticas e as coordenar”, refere o estudo.


FOTO: Basílica da Estrela vista do miradouro do Príncipe Real

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Jardim Botânico e Lagartagis: aniversário

O Jardim Botânico do Museu Nacional de História Natural e o Lagartagis celebram o seu aniversário a 11 de Novembro, com diversas actividades para toda a família.

COMPONENTE CIENTÍFICA
O Jardim Botânico do Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa irá comemorar no dia 11 de Novembro, 131 anos de existência. Para registar a data vai realizar-se uma pequena jornada de reflexão sobre os avanços do estado deconhecimento sobre a diversidade biológica no país e se são conhecidos e suficientemente divulgados os resultados dos diversos projectos desenvolvidos ou em curso que se enquadrem na Estratégia Global para a Conservação de Plantas: http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007/

Embora em Portugal alguns grupos taxonómicos estejam relativamente bem estudados, outros estão insuficientemente conhecidos para existir dados realísticos sobre a diversidade da nossa flora. Temos consciência de que áreas naturais e não só podem alojar espécies ainda não inventariadas que correm o risco de se perder para sempre.

Apesar de assistirmos a algum avanço no conhecimento da nossa biodiversidade devido à implementação mecanismos de financiamento e programas a nível nacional, o mesmo é muitas vezes contrariado pelo deficit de conhecimento científico e de investigação básica. 2010 será o momento de avaliar o desempenho no progresso na redução e perda da biodiversidade vegetal a nível global (Estratégia Global para a Conservação das Plantas (Global Strategy for Plant) e da concepção de um Plano Estratégico renovado para a Convenção sobre a Diversidade Biológica.

Este Plano Estratégico de Implementação enquadra as actividades de comemoração e celebração doano escolhido pela Assembleia Geral das Nações Unidas como Ano Internacional da Biodiversidade.

Aproveitando esta oportunidade, irá ser apresentada uma listagem de projectos, acordos, etc., credenciados em diversas instituições portuguesas. Far-se-á ainda uma reflexão sobre a falta de estudos de alguns grupos taxonómicos, habitats ou áreas geográficas.

Há que acarinhar o diálogo frutuoso entre a comunidade científica e os organismos que se debruçam sobre questões do ambiente e biodiversidade. Há que apostar na taxonomia e na formação de jovens cientistas vocacionados para esta árdua disciplina. Se não acreditarmos na nossa comunidade científica, estaremos condenados a ocupar um lugar mediano entre as nações do futuro.

Entre as acções e projectos desenvolvidos pela equipa do MNHN-Jardim Botânico/CBA, ICNB, investigadores da Universidade do Porto, Coimbra, entre outros são seleccionados alguns casos de estudo. A jornada irá decorrer no Anfiteatro Aurélio Quintanilha do MNHN-JB.

COMPONENTE PEDAGÓGICA
No dia 11 de Novembro venha celebrar o aniversário do Jardim Botânico - MNHN e (re) conhecer asnossas plantas e borboletas! Considerando que se aproxima 2010, Ano Internacional da Biodiversidade no contexto da Estratégia Global para a Conservação das Plantas, são propostas duas visitas ao Jardim Botânico destinadas ao público em geral sobre a biodiversidade autóctone e principais ameaças à sua conservação, com destaque para espécies de plantas ameaçadas em Portugal. Também no Lagartagis, um jardim dedicado a borboletas e a plantas ibéricas, se comemora esteaniversário tão especial. A todos os visitantes do Jardim Botânico e do Lagartagis vai ser servido um Bolo de Aniversário cheio de velas e chá de ervas do jardim do Lagartagis. A entrada é livre. Consulte o programa em http://www.jb.ul.pt/ ou click no título.

FOTO: A grande Chorisia do Arboreto.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O Nosso Bairro: PRÍNCIPE REAL live

O Príncipe Real vai estar em festa! Contamos com a sua presença! Dias 5, 6, 7 e 8 de Novembro, todos os dias até às 23h.
«Degustações, apresentações de dança e música, lançamentos de produtos e exposições vão animar entre hoje e domingo as lojas do Príncipe Real (Lisboa), um "centro comercial ao ar livre" que quer fomentar uma "imagem de charme".Fruto de uma parceria entre os lojistas da zona, o Príncipe Real Live vai prolongar até às 23.00 o horário de algumas dezenas de estabelecimentos da Rua D. Pedro V, da Praça do Príncipe Real e da Rua da Escola Politécnica. Durante os quatro dias haverá espectáculos de ópera e animação de rua, incluindo uma apresentação do Chapitô.» in Lusa

FOTO: Palacete Ribeiro da Cunha

Ambiente: Autorizada a criação de áreas protegidas privadas

Lisboa, 7 de Outubro de 2009 (Lusa) - A criação de áreas protegidas privadas vai ser possível a partir de quinta-feira, com a entrada em vigor de uma nova lei que atribui ao Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) a aprovação das candidaturas.

"Os proprietários podem identificar que têm um terreno com valores naturais, paisagísticos ou geológicos que consideram especiais e submeter a candidatura ao ICNB", afirmou à Lusa a vice-presidente do instituto, Anabela Trindade.

No preâmbulo da portaria 1181/2009, hoje publicada, o ministério do Ambiente esclarece que o novo regime se destina a áreas do território nacional não incluídas na Rede Nacional de Áreas Protegidas onde se regista a ocorrência de "valores naturais que apresentem, pela sua raridade, valor cientifico, ecológico, social ou cénico, uma relevância especial que exija medidas especificas de conservação e gestão".

FOTO: Paisagem rural em Monsaraz (2008)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

1000 Ultimate Travel Experiences: eléctrico

O Eléctrico 28 foi seleccionado pela editora inglesa ROUGH GUIDE como uma das 1000 experiências mais importantes do mundo. Segue em baixo o texto na íntegra publicado na capítulo dedicado a Portugal. Este reconhecimento internacional vem reforçar a validade do projecto de devolver a Lisboa algumas das linhas de eléctricos encerradas no passado recente de que é exemplo o 24 (Cais do Sodré / Campolide). A linha 24 foi inauguarda a 2 de Novembro de 1907. Esperemos que muito em breve a CARRIS e a CML anunciem a boa notícia do regresso do eléctrico 24 aos carris da Rua da Escola Politécnica!

1000 ULTIMATE TRAVEL EXPERIENCES
MAKE THE MOST OF YOUR TIME ON EARTH
A Rough Guide to the World
London, 2008

PORTUGAL:

-Clearing your calendar for bacalhau
-Exploring mystical Sintra
-Learning to surf on the Atlantic coast
-In search of the perfect tart
-Stop! It's hammer time at the Festa de São João
-Tram 28: taking a ride through Lisbon's historic quarters

«Tram 28: taking a ride through Lisbon's historic quarters»

Just as you should arrive in Venice on a boat, it is best to arrive in Lisbon on a tram, from the point where many people leave it for good: at Prazeres, by the city's picturesque main cemetery. Get a taxi to the suburban terminus of tram 28 for one of the most atmospheric public-transport rides in the world: a slow-motion roller coaster into the city's historic heart.

Electric trams first served Lisbon in 1901, though the route 28 fleet are remodelled 1930s versions. The polished wood interiors are gems of craftsmanship, from the grooved wooden floors to the shiny seats and sliding window panels. And the operators don't so much drive the trams as handle them like ancient caravels, adjusting pulleys and levers as the streetcar pitches and rolls across Lisbon's wavy terrain. As tram 28 rumbles past the towering dome of the Estrela Basilica, remember the famous bottoms that have probably sat exactly where you are: the writers Pessoa and Saramago, the singer Mariza, footballers Figo and Eusebio.

You reach central Lisbon at the smart Chiado district, glimpses of the steely Tagus flashing into view between the terracotta roof tiles and church spires. Suddenly you pitch steeply downhill, the tram hissing and straining against the gradients of Rua Vitor Cordon, before veering into the historic downtown Baixa district. Shoppers pile in and it's standing room only for newcomers, but those already seated can admire the row of traditional shops selling sequins and beads along Rua da Conceicao through the open windows.

Now you climb past Lisbon's ancient cathedral and skirt the hilltop castle, the vistas across the Tagus estuary below truly dazzling. The best bit of the ride is yet to come though, a weaving, grinding climb through the Alfama district, Lisbon's village-within-a-city where most roads are too narrow for cars. Entering Rua das Escolas Gerais, the street is just over tram width, its shopfronts so close that you can almost lean out and take a tin of sardines off the shelves. »
[Foto: o eléctrico 24 em 1983 na Rua D. Pedro V]