sábado, 30 de junho de 2012

O Jardim Botânico visto por Joshua Benoliel


Título: Entrada da rua das Palmeiras
Imagem integrada na reportagem "Os jardins de Lisboa: na Escola Politécnica".
Ilustração Portuguesa. Lisboa: Empresa do Jornal O Século. N.º 88 (28/10/1907), p. 558. 
Autor: Joshua Benoliel. Fonte: Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Nota: os nossos agradecimentos à Maria João Torgal pela descoberta e envio desta imagem de 1907.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Em Floração: Cynara cardunculus L


Cynara cardunculus L. Está em floração, na Classe do Jardim Botânico, o "cardo do coalho", pertencente à nossa flora. É infestante na Austrália e nas Pampas argentinas, onde também é usado para coalhar leite para fazer queijo. A alcachofra que se come é um cultivar desta espécie. 

domingo, 24 de junho de 2012

O Jardim Botânico na «Ilustração Portuguesa»





Ilustração Portuguesa de 24 de Junho de 1907. Quando o nosso jardim ainda tinha Estufas de Exibição dignas de tal nome e completamente operacionais... Arquivos Nacionais da Torre do Tombo. Agradecemos a descoberta e envio deste interessante documento à Maria João Torgal.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

SEMINÁRIO EDUCAÇÃO PARA O RISCO


SEMINÁRIO EDUCAÇÃO PARA O RISCO
27 de Junho de 2012  |  Pavilhão do Conhecimento

O Conselho Nacional de Educação e a Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica têm o prazer de convidar Vª Exª para o Seminário Educação para o Risco, dia 27 de Junho às 9h30 no auditório do Pavilhão do Conhecimento, no Parque das Nações, Lisboa. No mesmo dia vai ter lugar a inauguração da Exposição de fotografia noterreno.açores, às 18h15 no átrio do Pavilhão do Conhecimento.


O PROJECTO Cidadania e sustentabilidades para o séc. XXI. Caminhos para uma comunidade sustentável nos Açores nasceu da necessidade de educar para a compreensão dos riscos de degradação da natureza e do património e para a intervenção cívica. Este projecto deu origem à EXPOSIÇÃO de fotografia noterreno.açores, no quadro da Educação para o Desenvolvimento Sustentável. Destas intervenções resultou a RECOMENDAÇÃO 5/2011, emanada pelo Conselho Nacional de Educação, e publicada no DR 2.ª série - N.º 202 - 20 de Outubro de 2011. O SEMINÁRIO Educação para o Risco nasce de todo esse trabalho.

As Árvores e a Cidade: Tílias na Baixa

É no Verão que mais damos conta da triste realidade da Baixa em matéria de arborização. Podemos contar pelos dedos das mãos, literalmente, as árvores existentes na Baixa. Uma feliz excepção é este sector da Rua de Santa Justa, entre a Rua dos Fanqueiros e a Rua dos Douradores. Seis belas jovens tílias transformaram aquele espaço numa pequena "praça" enriquecida por tecto de folhas para nos resgatar do calor quase infernal que atinge a Baixa no verão. Infelizmente não foram ainda instalados bancos de jardim... Como o conforto ambiental da Baixa seria bem mais propício às actividades humanas se mais ruas estivessem assim inteligentemente arborizadas!

terça-feira, 19 de junho de 2012

O Jardim Botânico visto por Joshua Benoliel


Título: 'Cactus peruvianus', da América Central, e 'C. Serpentinus', do México"
Imagem integrada na reportagem "Os jardins de Lisboa: na Escola Politécnica".
Empresa Pública do Jornal O Século, Joshua Benoliel, cx. 287, negativo 12
Fonte: Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Nota: os nossos agradecimnentos à Maria João Torgal pelo envio desta imagem de arquivo

domingo, 17 de junho de 2012

Visita da LAJB ao Palácio e Jardim Sousa Leal











O Palácio e Jardim Sousa Leal, juntamente com os dois palácios a norte e sul, é um conjunto classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público desde 1977 (Decreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977).
A Liga dos Amigos do Jardim Botânico agradece mais uma vez à Direcção dos CTT a generosa oferta  desta visita. De facto, a LAJB teve o privilégio de ser o primeiro grupo organizado a receber autorização para visitar a antiga sede dos CTTEspecial agradecimento é devido à Sra. Fátima Almeida e ao Sr. Álvaro Godinho dos CTT que nos receberam e guiaram pelos espaços do Palácio e Jardim. O nosso agradecimento também às nossas associadas Alexandra Escudeiro e Cristina Girão pela ajuda na interpretação das espécies do jardim e parque. Esperamos que o sucesso desta visita inspire a Direcção dos CTT a planear visitas regulares a este desconhecido mas belíssimo palácio oitocentista de Lisboa - foi esse desafio que lançamos com esta nossa visita...

Visita da LAJB ao Palácio e Jardim Sousa Leal








PALÁCIO DOS PEDROSAS (1831-1860)
Data do ano de 1800 a primeira notícia que há da construção de um "palácio" pelo Comendador Manuel José da Silva Franco. O imóvel foi por sua vez comprado em 1831 pelo desembargador José António da Silva Pedrosa que aqui viveu até ao ano de 1842 altura em que faleceu. A viúva e os filhos ficaram na posse do palácio e nele habitaram até 1856 ano da morte da viúva D. Rita Camila. Os interiores do palácio receberam importantes remodelações pela família Pedrosa: do Brasil vieram madeiras valiosas para sobrados e tectos.

PALÁCIO SOUSA LEAL (1885-1911)
Após um período em que o palácio esteve desabitado, de 1858 a 1860, foi adquirido pelo capitalista JOSÉ DE OLIVEIRA DE SOUSA LEAL que fez fortuna nas colónias de África. José de Sousa Leal fundou em Lisboa uma importante organização comercial com o objectivo de fazer transações com o continente Africano, para o que possuía uma frota de barcos para transporte de mercadorias. O Comendador José de Oliveira de Sousa Leal faleceu em Outubro de 1881 e a propriedade passou por herança para o filho ALFREDO DE OLIVEIRA DE SOUSA LEAL. Herdando a enorme fortuna paterna, Alfredo Leal foi também figura de relevo na época, ocupando lugares de importância tais como os de Director da Companhia do Gás e Director do Banco de Portugal.

Em harmonia com a situação financeira e social, e casando por volta de 1884 com Dona Adelaide Carolina Lambruschini-Rapeto, descendente de família nobre genovesa, Alfredo Leal toma a decisão de se instalar no Palácio dos Pedrosas. Situado a dois passos da luxuosa Avenida da Liberdade (inaugurada em 28 Abril 1886) e com mais de 600m2 de área de jardim, os interiores iriam ser alvo de um complexo processo de remodelação de modo a transformá-lo numa luxuosa habitação.

Alfredo Leal submete à Câmara Municipal de Lisboa um «Projecto para as modificações exteriores e interiores» no dia 11 de Fevereiro de 1885 – que foi deferido logo a 25 de Fevereiro de 1885 (obra nº 9460, Arquivo Municipal de Lisboa). As obras decorreram pelo menos até finais de 1886 pois a 3 de Março desse ano é entregue um pedido de prorrogação da licença de obras por mais 8 meses. Mas os últimos detalhes de decoração estariam ainda a decorrer em 1887 pois essa data surge em várias telas a óleo dos tectos do andar nobre.

Para além da decoração que foi realizada em todo o interior, também há a destacar as seguintes alterações: a escadaria e entrada nobre passou para o pátio norte; foi criada uma nova escadaria em espiral para ligar todos os pisos; no piso das lojas, com entrada directa para a Rua de S. José, para além das cocheiras foram criadas instalações para os escritórios com casa-forte, espaços ainda hoje existentes. Os dois pátios que ladeiam a fachada do Palácio a norte e sul foram remodelados com a substituição dos antigos muros e portais por gradeamento de ferro, ao centro do qual se abrem portões de ferro fundido com pares de lampadários para a novidade da iluminação a gás. Nos interiores foram redecorados mais de 4000m2 de área, com destaque para os espaços do andar nobre: Sala de Entrada, Sala de Música, Sala de Visitas, Sala de Baile, Sala de Bilhar, Sala de Fumo e a Sala de Jantar.

Sousa Leal deve ter estreado a sua nova residência e parque em 1888, justamente na época em que se lançava num grande novo empreendimento: por contrato com o Governo aprovado em 4 de Junho de 1887 assumiu, juntamente com António de Sousa Lara, o encargo de estabelecer carreiras regulares de navios entre a Metrópole e as colónias em África. Foi constituída uma sociedade constituída por 35 indivíduos e firmas comerciais sob a designação de Mala Real Portuguesa, de que Alfredo de Sousa Leal era o principal capitalista.

JARDIM e PARQUE SOUSA LEAL

Para além dos cerca de 600m2 de jardim e pátios, Alfredo de Sousa Leal comprou em 1885 o parque que se estende pela íngreme colina que vai das traseiras do edifício até ao Torel. Toda esta área, que veio valorizar muito o Palácio, recebeu um traçado orgânico de caminhos, canteiros e foi plantada com palmeiras e diversas árvores ornamentais como era moda na época. Referência ainda ao precioso Roseiral que Alfredo de Sousa Leal cultivava com especial carinho no jardim formal atrás do andar nobre do Palácio.

A Mala Real Portuguesa acabou por falir em 1891 e Sousa Leal perdeu mais de metade da fortuna que herdara de seu pai – uma perda que não conseguiria recuperar. Os bailes e festas pararam e não vieram a dar-se no palácio mais do que festas íntimas com poucos convidados. Em 1911, Alfredo de Sousa Leal abandona o palácio indo residir para um banal apartamento na Rua Andrade na freguesia dos Anjos.

PALÁCIO sede da Administração dos CTT (1912-2010)

A 30 de Dezembro de 1911 assinava-se o contrato de arrendamento do palácio à ADMINISTRAÇÃO GERAL DOS CORREIOS E TELÉGRAFOS. Alguns dias depois Alfredo de Sousa Leal morre, a 5 de JANEIRO de 1912, com 57 anos. A viúva, D. Adelaide de Sousa Leal, viria a falecer em Janeiro de 1923. 

Depois de ter sido vendido ao comerciante Joaquim dos Santos Lima em 1916, o paláciopassou para a posse dos CTT por doação na segunda metade do séc. XX. No final de 2010 a Administração dos CTT deixa o Palácio Sousa Leal passando a sua sede para um novo edifício no Parque das Nações em Lisboa. Actualmente restam na antiga sede histórica alguns serviços como a Provedoria. 

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Amigos do Jardim Botânico contra obras “medíocres, inadequadas e ilegais”




13.06.2012 - Lusa

A Liga dos Amigos do Jardim Botânico acusou hoje a Universidade de Lisboa de ter feito “obras medíocres, inadequadas e ilegais” naquele espaço verde, à revelia das leis sobre património que o protegem.
Numa carta aberta dirigida ao reitor da Universidade, divulgada hoje, a Liga lamentou que a intervenção no Jardim Botânico, um “monumento nacional”, tenha sido “superficial” e feita como se o espaço só dissesse respeito à Universidade. 


Indicando a falta de “parecer obrigatório e vinculativo” do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, a Liga criticou as intervenções “nos lagos, gradeamentos, pontes, caminhos e pinturas dos bancos”. 

Na carta, salienta-se que o jardim “não é um simples parque urbano ou espaço verde comum”, mas um lugar “protegido pela Lei do Património Cultural” e identificado como sítio de “valor histórico, artístico e científico do mais alto grau”. 

Por isso, a Liga defende que devia ter sido seguida uma metodologia adequada a um monumento nacional e pergunta se houve de facto um “projecto formal e/ou relatório preliminar”, querendo também saber quem foram os seus autores e porque não foi sujeito à tutela um projecto para obtenção de parecer. 

A Universidade de Lisboa, defendem os Amigos do Jardim Botânico, devia ser “exemplar em todas as suas acções”, mas agindo assim perpetua a “ignorância que ainda persiste nas intervenções em imóveis do património”. 

O renovado Jardim Botânico está com entrada gratuita até ao fim do mês de Junho.

«Universidade de Lisboa garante que obras no Jardim Botânico estão licenciadas»



Público 14.06.2012

Todas as obras no Jardim Botânico de Lisboa, espaço que reabre oficialmente nesta quinta-feira, estão licenciadas pelas autoridades competentes, diz a Reitoria da Universidade de Lisboa, depois de acusações de intervenções “ilegais” e “medíocres”.


A Liga dos Amigos do Jardim Botânico divulgou na quarta-feira uma carta aberta ao reitor da Universidade de Lisboa, entidade que tutela o espaço, onde acusa a falta de “parecer obrigatório e vinculativo” do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) para as intervenções. "Após décadas sem investir no restauro, requalificação e gestão do Jardim Botânico, a Universidade de Lisboa decidiu agora intervir de modo superficial neste Monumento Nacional", escreve a Liga, exemplificando com as obras na fachada do Museu Nacional de História Natural e da Ciência. A instalação de estruturas metálicas perfurantes em toda a fachada, para colocação de telões, "danificou-a irremediavelmente". 

Numa nota divulgada ontem à noite, a Reitoria da Universidade de Lisboa garante que todas as obras, “desde a demolição definitiva das casas em ruína junto ao Picadeiro (edifício classificado) até à fixação de telas na fachada principal do museu, foram devidamente autorizadas e licenciadas pelas autoridades competentes”.

Além disso, informou que já está constituído um grupo de trabalho conjunto com o Igespar para “acompanhamento das intervenções futuras” e que está a ser constituído o grupo de trabalho que vai elaborar o Plano de Salvaguarda do Jardim Botânico.

Este foi só um primeiro passo na verdadeira requalificação do espaço, no meio da cidade de Lisboa. Para já foram arranjados “alguns caminhos e escadarias que estavam em muito mau estado”, reforçaram-se e pintaram-se pontes e gradeamentos, repôs-se o ciclo da água e espécies aquáticas nos regatos e num lago, demoliu-se a construção de plástico, “inaceitável”, que servia para as entradas no jardim, retiraram-se os carros da entrada do jardim, na Alameda das Palmeiras, fez-se a limpeza de valetas, bancos, depósitos do lixo e foi aberto um espaço de descanso para os visitantes, diz a Reitoria.

A Liga dos Amigos do Jardim acusou as obras de “medíocres”, “inadequadas” e de serem "totalmente ineficazes na resolução dos reais problemas que afectam o Jardim Botânico". Na carta, salienta-se que o jardim “não é um simples parque urbano ou espaço verde comum”, mas um lugar “protegido pela Lei do Património Cultural” e identificado como sítio de “valor histórico, artístico e científico do mais alto grau”.

A Reitoria garante que “os trabalhos de limpeza e conservação não introduziram qualquer alteração no jardim e destinaram-se, também, a proteger as colecções e espécies existentes”. “A Universidade de Lisboa continuará a valorizar o Jardim Botânico, no limite das suas possibilidades”, disse a reitoria, lembrando que este é um “tempo de grandes dificuldades”.

Para o futuro será recuperado o edifício do Observatório Astronómico e está prevista a criação de um gabinete para “promover a ligação dos cidadãos ao Jardim Botânico”. Quanto à Liga, este movimento diz-se "inteiramente disponível para todo e qualquer esclarecimento e colaboração cívica que contribua para a salvaguarda do Jardim Botânico de Lisboa".

Esta tarde, a partir das 18h15, será realizada a sessão pública de reabertura do espaço.

O Nosso Bairro: Izumi Ueda Yuu


Izumi Ueda Yuu
Installation title: 1101175503112011 

15.Junho.2012

Sendo japonesa, sinto uma ligação especial a Portugal. Talvez devido ao facto de os portugueses terem sido os primeiros europeus a chegar ao Japão. E também porque simplesmente adoro Lisboa.

Quero que este trabalho seja um memorial dos Terramotos de 1755 em Lisboa e de 2011 em Tóquio. Tenho vindo a exibir o meu trabalho no Japão, E.U.A., Ásia e Europa. 

O meu trabalho é sobre as conexões entre a arte e a vida diária. Usar técnicas inovadoras e materiais únicos é muito importante para mim. O meu trabalho está representado em inúmeras colecções nos E.U.A., Canadá, Ásia, Europa e Japão.


15.06 | 19.30  Inauguração | Openning

Para mais informações contactar:
Jorge Marques | +351 934138985 
Susana Jesus | +351 962670130

Câmara Lenta | Rua da Quintinha, 31 – Espaço 1 | 1200-366 Lisboa 

O Nosso Bairro: Paul Kohl

Paul Kohl estudou fotografia e arte na ‘época dourada’ do San Francisco Art Insttute, com Jerry Burchard Richard Conrat, Robert Frank, Phil Perkis, Ralph Gibson, entre outros. Após a conclusão dos estudos, trabalhou como fotógrafo de documentário no programa CETA, um projecto público de incentivo do governo federal de curta duração, como o FSA (WPA).

O seu trabalho “A SoCal Christmas” vai ser exposto no estúdio Câmara Lenta, em Lisboa, entre os dias 15 de Junho e 7 de Julho.

15.6 | 19.30   Inauguração | Openning
16.6 | 15.00   Conversa com Paul Kohl: "Analog to Digital, A Photographer's Journey." [a apresentação será em inglês]

Câmara Clara - Rua da Quintinha, 31 - Espaço 1 | 1200-366 Lisboa

quinta-feira, 14 de junho de 2012

ZEP do Jardim Botânico em discussão pública

Saiu hoje em Diário da Républica:

  • Anúncio n.º 12828/2012. D.R. n.º 114, Série II de 2012-06-14
    Presidência do Conselho de Ministros - Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico, I. P.

    Projeto de decisão relativo à fixação da zona especial de proteção (ZEP) do Jardim Botânico de Lisboa, freguesia de São Mamede, concelho e distrito de Lisboa
Estará em discussao pública, conforme referido no anuncio.
Cumprimentos,
Liga dos Amigos do Jardim Botânico

«Liga dos Amigos do Jardim Botânico critica Reitoria»





A Liga dos Amigos do Jardim Botânico divulgou ontem uma carta aberta ao reitor da Universidade de Lisboa, entidade que tutela o espaço, em que qualifica a intervenção efectuada como "infeliz" e "irresponsável". De acordo com o texto, as obras feitas são "medíocres, inadequadas e ilegais", nomeadamente por terem sido efectuadas sem o parecer "obrigatório e vinculativo" do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, já que se trata de um monumento nacional. A liga diz mesmo que foram instaladas estruturas metálicas para fixação de telões, na fachada do Museu da História Natural e da Ciência, "contrariando o despacho de não aprovação" do Igespar. O documento defende a urgência da elaboração de um Plano de Pormenor de Salvaguarda do jardim, "como obriga a Lei do Património". in Público

«Concluída a primeira fase das obras de recuperação do Jardim Botânico»



Espaço, que é monumento nacional, tem a partir de hoje melhores condições para receber visitantes, diz a reitoria da universidade

As entradas no Jardim Botânico de Lisboa vão ser gratuitas até ao fim do mês. Para assinalar o termo da primeira fase das obras que ali foram efectuadas pela Universidade de Lisboa, realiza-se hoje, pelas 19h, uma cerimónia presidida pelo reitor António Sampaio da Nóvoa. Quem chega à Rua da Escola Politécnica, entre o Rato e o Príncipe Real, sabe que está prestes a encontrar um sítio que foge ao bulício da cidade de Lisboa. "Cria-se uma espécie de bolha neste jardim", diz Ireneia Melo, investigadora principal do Jardim Botânico de Lisboa. E essa bolha surge não só pela descida de temperatura que se faz sentir, mas também pelo ar idílico que se respira. Nos seus quatro hectares, o jardim acolhe plantas e árvores de todo o mundo."As pessoas vêm aqui para ver alguma coisa de exótico. Vêm ver como as plantas se adaptam aos vários ecossistemas. E depois vêm ouvir o silêncio", salienta.
E é essa calma que acaba por atrair os visitantes. Por ano recebe cerca de 75 mil pessoas. "Somos sobretudo visitados por grupos de crianças, alunos de Belas Artes e turistas. Os portugueses não visitam tanto, mas são os que mais criticam", comenta a investigadora, referindo-se às polémicas sobre as obras efectuadas.
Durante os últimos anos, o jardim foi alvo de muitas críticas, uma vez que a falta de financiamento se reflectia na deficiente manutenção e vigilância. O espaço estava cada vez mais degradado, pondo em causa a sua própria identidade. Mas, segundo Ireneia Melo, as mudanças foram poucas. "As coisas estão conservadas e mais limpas. Os arruamentos principais foram nivelados, colocou-se areão, taparam-se buracos, pintaram-se os bancos e arranjaram-se as pontes. Agora até se pode de ouvir a água a correr, o que não acontecia há mais de dez anos."
Jacinto Leite, responsável pelas obras, diz que "a base de saibro [areia argilosa] estava destruída e só se encontravam pedras". Fez-se uma limpeza e recuperou-se o aspecto original com saibro enriquecido com argamassas. "Não fizemos uma mudança significativa", garante. "Reabilitámos os regatos com materiais recentes e que lhes deram um suporte melhor para que a pressão da água não perfurasse". De forma a monitorizar a humidade do solo, Catarina Silva e Albino Medeiros, ambos professores na Faculdade de Ciências, desenvolveram um estudo hidrogeológico que levou à instalação de piezómetros para medir a água do terreno.
Segundo um comunicado da reitoria da universidade, as obras feitas foram "o primeiro passo para uma recuperação mais profunda". A partir do próximo ano haverá uma reabilitação das cisternas, um novo sistema de rega, a reabilitação da estufa, a reposição dos viveiros e ainda a construção de infra-estruturas de apoio ao jardim e aos visitantes.
"As pessoas têm de pensar que um jardim botânico não é um jardim de um hotel, onde só tem que ter flores bonitas, onde não pode haver uma ervinha fora do canteiro. No jardim botânico tem de haver tudo", conclui Ireneia Melo. in Público

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Comunicado de Imprensa: Inauguração de obras ilegais no Jardim Botânico


COMUNICADO DE IMPRENSA - 13 de Junho de 2012

CARTA ABERTA AO MAGNÍFICO REITOR DA UNIVERSIDADE DE LISBOA

INAUGURAÇÃO DE OBRAS ILEGAIS NO JARDIM BOTÂNICO DE LISBOA

1 - Após décadas sem investir no restauro, requalificação e gestão do Jardim Botânico, a Universidade de Lisboa decidiu agora intervir de modo superficial neste Monumento Nacional, ignorando a legislação do Património Cultural (Lei nº 107/2001 de 8 de Setembro e Decreto Lei nº 140/2009 de 15 de Junho) e os padrões internacionais de conservação. Avançou com obras medíocres, inadequadas e ilegais no Jardim Botânico, nomeadamente nos lagos, gradeamentos, pontes, caminhos, pinturas dos bancos, sem o parecer obrigatório e vinculativo da tutela do Património. Agiu contra os procedimentos instituídos na Lei do Património Português e das Cartas Internacionais para o restauro, protecção e valorização do património de que Portugal é país signatário.

Acresce a instalação de estruturas metálicas perfurantes em toda a fachada do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, para colocação de telões, danificando-a irremediavelmente e contrariando o despacho de Não Aprovação da DRCLVT/IGESPAR.

2 - A Universidade de Lisboa planeou, implementou e executou trabalhos no Jardim Botânico como se isso fosse um assunto que apenas lhe dissesse respeito, parecendo esquecer-se que o sítio está classificado como de Interesse Nacional (Decreto nº 18/2010, DR nº 250, Série I de 2010-12-28).

3 - O Jardim Botânico não é um simples parque urbano ou espaço verde comum – é um lugar de conhecimento e cultura científica, reconhecido e protegido pela Lei do Património Cultural da República Portuguesa como sítio com valor histórico, artístico e científico do mais alto grau. A Lei do Património é clara quanto à natureza e metodologia a seguir em qualquer intervenção num Monumento Nacional.

4 - A Universidade de Lisboa, enquanto reconhecida e respeitada instituição de ensino superior – e especialmente tendo à sua guarda o Jardim Botânico – devia ser exemplar em todas as suas acções. Mas estas obras vão contra os princípios de boa conduta, boas práticas e interesse público. Vão contra uma sociedade que se deve organizar com base no conhecimento.

5 - Esta infeliz intervenção no Jardim Botânico, afigura-se irresponsável pelo mau exemplo que projecta para a sociedade – porque, por um lado, perpetua a ignorância que ainda persiste nas intervenções em imóveis do património e, por outro, porque vem forçosamente perturbar e comprometer a integridade e autenticidade de um bem cultural.
Será que houve um projecto formal e/ou relatório preliminar? Quem são os autores que assinam esta intervenção? Como foi selecionado o empreiteiro para executar obras num Monumento Nacional? Houve diálogo, partilha de informação e colaboração construtiva entre todas as partes interessadas, como mandam as boas práticas de conservação e gestão do património? Porque não foi submetido à entidade da tutela (DRCLVT/IGESPAR) projecto para parecer obrigatório e vinculativo conforme a Lei?

6- A presença do Jardim Botânico no Observatório – WATCH 2012 – da organização internacional World Monuments Fund (WMF) é um reconhecimento da comunidade internacional dos perigos que ameaçam a sua conservação e sobrevivência. Esta última série de intervenções de “fachada”, totalmente ineficazes na resolução dos reais problemas que afectam o Jardim Botânico, com padrão de qualidade insuficiente, apenas vem reforçar a urgência em se planear um projecto sério e rigoroso, de restauro e gestão do Jardim Botânico de Lisboa com a elaboração de um Plano de Pormenor de Salvaguarda como obriga a Lei do Património.

7- A Liga dos Amigos do Jardim Botânico de Lisboa está inteiramente disponível para todo e qualquer esclarecimento e colaboração cívica que contribua para a salvaguarda do Jardim Botânico de Lisboa. Enquanto representantes da sociedade civil, não nos demitimos dos nossos deveres consagrados na Lei: «Todos têm o dever de defender e conservar o património cultural, impedindo, em especial, a destruição, deterioração ou perda de bens culturais.»

LIGA DOS AMIGOS DO JARDIM BOTÂNICO DE LISBOA

CONVITE do Reitor da Universidade de Lisboa

terça-feira, 12 de junho de 2012

Visita da LAJB: Palácio e Jardins Sousa Leal


No âmbito das actividades da LAJB de oferecer aos seus associados o conhecimento de monumentos habitualmente fechados ao público, no próximo domingo dia 17 de Junho, e por cortesia dos CTT, terá lugar uma visita ao Palácio e Jardim Sousa Leal na Rua de São José nº 20 em Lisboa
9H45 – Concentração no Lg. da Anunciada/Elevador do Lavra. 
Inscrições, limitadas a 25 participantes, através do e-mail: ldbotanico@fc.ul.pt ou pelo Tm 96 00 34 118 (Secretário Artur Páris). 
Com os nossos cumprimentos e saudações botânicas,
A DIRECÇÃO da LAJB
NOTA: Este Palácio foi até há pouco tempo a Sede dos CTT.

As Árvores e a Cidade: Jacarandás em floração no Parque Eduardo VII


segunda-feira, 11 de junho de 2012

As Árvores e a Cidade: Jacarandá em floração na Rua da Academia das Ciências

Que pena que é que esta bela rua do nosso bairro, da nossa cidade, esteja reduzida a um grande parque de estacionamento à superfície... como seria melhor para todos se fosse requalificada, com passeios maiores e arborizada com mais jacarandás.

Inauguração do Jardim Alexandra Escudeiro na Escola Damião de Góis em Chelas









Inauguração do Jardim Alexandra Escudeiro, que teve lugar no dia Mundial do Ambiente a 5 de Junho na Escola Damião de Góis, Chelas, em Lisboa. A LAJB foi convidada e esteve representada pela Presidente da Direcção, Manuela Correia.  Lisboa tem mais um espaço verde graças à iniciativa e trabalho de um grupo de cidadãos. Parabéns a todos os que contribuiram para a concretização  deste sonho! A Bióloga Alexandra Escudeiro é uma das fundadoras da Liga dos Amigos do Jardim Botânico. Obrigado!

Inauguração do Jardim Alexandra Escudeiro na escola Damião de Góis em Chelas


Inauguração do Jardim Alexandra Escudeiro, que teve lugar no dia Mundial do Ambiente a 5 de Junho na Escola Damião de Góis, Chelas, em Lisboa. A LAJB foi convidada e esteve representada pela Presidente da Direcção, Manuela Correia.