sábado, 31 de julho de 2010
«Jardim Botânico: 40 anos de espera para ser monumento nacional»
sexta-feira, 30 de julho de 2010
«Projecto pedagógico em Lisboa - Quinta do Zé Pinto produz 1370 kg de cereais»
O Jardim Botânico na Agenda Cultural
PLANTAS DO MUNDO
O Jardim Botânico da Universidade de Lisboa nasceu da necessidade de criar uma estrutura de apoio ao ensino e investigação da Botânica da antiga Escola Politécnica, actual Faculdade de Ciências. O local escolhido no Monte Olivete para implantação do jardim tinha já mais de dois séculos de tradição no estudo da Botânica, e o jardim começou a ser plantado em 1873, por iniciativa dos professores Conde de Ficalho e Andrade Corvo. O alemão Edmund Goeze e o francês Jules Daveau foram os primeiros jardineiros a trabalhar no projecto, sendo os responsáveis pela enorme diversidade de plantas que o jardim ainda hoje possui, oriundas dos quatro cantos do mundo. A inauguração decorreu em 1878, tendo desde logo sido considerado um dos melhores jardins científicos da Europa. Bem ajustado ao sítio e ao ameno clima de Lisboa, o jardim possui cerca de 1500 espécies distintas, sendo particularmente rico em espécies tropicais originárias da Nova Zelândia, Austrália, China, Japão e América do Sul. Para além de servir o seu propósito inicial, o Jardim Botânico desenvolve programas de educação ambiental e oferece visitas temáticas guiadas.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Monsanto após Festival DeltaTejo
quarta-feira, 28 de julho de 2010
«Amigos do Jardim Botânico criticam plano de pormenor do Parque Mayer»
Numa carta enviada a diversas entidades, nomeadamente à autarquia, a Liga dos Amigos do Jardim Botânico (LAJB) resume em sete pontos as suas preocupações relativas ao Plano de Pormenor para o Parque Mayer, Jardim Botânico e Edifícios da Politécnica e Zona Envolvente, embora considere que há "urgência de intervir na área urbana objecto deste plano de pormenor".
A Liga critica a prevista demolição de parte das estufas (de exibição, investigação e viveiristas), oficinas e armazéns, o que vai obrigar a encontrar alternativas de espaço dentro da área do jardim, que verá assim “diminuída a sua área de plantação”.
A LAJB considera também que não é viável a construção de um novo edifício de entrada do botânico no alinhamento da Rua Castilho, que “ocupa e impermeabiliza a totalidade da atual área dos viveiros” do jardim.
“O plano propõe que as ‘estufas’ passem para cima deste edifício”, é explicado na carta, salientando que “esta solução não é viável, porque as diferentes estufas de um Jardim Botânico têm características arquitetónicas e exigências de localização muito diversas”.
Os Amigos do Botânico realçam também que as estufas de investigação devem estar longe das entradas e circuitos de visitantes, junto dos laboratórios, enquanto que “as estufas de exposição ao público, onde se incluem plantas de grande porte, precisam de pé direito alto e localização central”.
Quanto à prevista construção de um estacionamento subterrâneo no subsolo do jardim em toda a área da entrada sul, a LAJB destaca que a abertura de caves “implicaria o abate de várias árvores da coleção viva” e compromete “a viabilidade de espécimes devido à limitação de desenvolvimento de raízes”.
Salienta que a proposta de edificação encostada à cerca pombalina do Jardim Botânico “resultaria em mais uma impermeabilização maciça e contínua em quase toda a envolvente de logradouros confinantes com o Jardim Botânico”, o que “inviabilizaria as intenções de manter um anel de proteção ecológica do jardim”.
Já a proposta do novo percurso pedonal que ligaria a Rua da Escola Politécnica à Rua do Salitre e ao Parque Mayer “implicaria a destruição de largos sectores da Cerca Pombalina e retiraria áreas decoleção viva”, além de implicar “complexas expropriações de áreas privadas”, acrescentam. Esta “crescente aproximação das construções” ao jardim “resultará num aumento da luz recebida”, alerta a associação, o que “agravaria a já prevista diminuição de circulação de ar, contribuindo para tornar o Jardim ainda mais seco e quente”. “Esta alteração micro-climática levaria à perda de espécies, que não suportarão as novas temperaturas, diminuindo a diversidade do Jardim e o seu efeito amenizador no clima da Lisboa histórica”, considera.
in jornal i, 28 de Julho de 2010
Foto: os muros e contrafortes da cerca pombalina do Jardim Botânico é uma das realidades patrimoniais mais desprezada e esquecida para o qual a LAJB tem vindo a chamar atenção.
As Árvores e a Cidade: Lagerstroemia
segunda-feira, 26 de julho de 2010
O Jardim Botânico no «Portugal em Directo»
sábado, 24 de julho de 2010
40 anos «em vias de classificação»
Jardim Botânico está há 40 anos à espera de ser classificado como monumento nacional
O Jardim Botânico de Lisboa está há 40 anos "em vias de classificação" como monumento nacional. Esta demora foi anteontem questionada na Assembleia da República pela deputada do Bloco de Esquerda (BE) Rita Calvário, que dirigiu um conjunto de perguntas ao Governo, exigindo explicações sobre a situação e alertando para o risco que, no seu entender, o Plano de Pormenor do Parque Mayer - que brevemente vai entrar em discussão pública - representa para este jardim científico da cidade.
De acordo com dados do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar), o primeiro despacho relativo à classificação do Jardim Botânico como monumento nacional data de 7 de Agosto de 1970. Desde aí surgiram mais dois diplomas, um em 1994 e o outro em 1999, que se limitam a revalidar o processo de classificação, sem que o espaço, de facto, tenha sido classificado.
Esta situação foi qualificada como "inadmissível" pela deputada do BE, que defendeu, num requerimento enviado ao Ministério da Cultura, que "a finalização do processo de classificação do Jardim Botânico de Lisboa como monumento nacional deve concretizar-se sem mais demoras".
O arrastamento deste processo levou Rita Calvário a dirigir três perguntas ao Ministério da Cultura, exigindo uma justificação para a permanência daquele jardim com o estatuto de sítio "em vias de classificação" desde há quatro décadas. Com esta iniciativa, a deputada pretende saber quando e que medidas vão ser tomadas para resolver a situação, questionando também o Governo sobre o papel que o Igespar tem desempenhado na salvaguarda da zona de protecção do Jardim Botânico.
Apesar de a demora na classificação do jardim como monumento nacional não pôr em causa as normas de protecção do mesmo - que proíbem construções a menos de 50 metros a partir do momento em que o processo de classificação é iniciado -, a deputada considera que aquele estatuto daria ao jardim "uma salvaguarda maior", designadamente na elaboração do Plano de Pormenor do Parque Mayer, que inclui o Jardim Botânico. Este plano foi, aliás, objecto de um outro conjunto de questões, expressas num documento enviado por Rita Calvário ao Ministério do Ambiente. À semelhança da Liga dos Amigos do Jardim Botânico, a deputada mostra-se preocupada com o conteúdo daquele documento, considerando que ele tem "uma intervenção urbanística muito forte" na zona envolvente do jardim e que "o descaracteriza também ao nível das espécies", muitas "em extinção".
Entre os Amigos do Jardim Botânico não falta, entretanto, quem sugira que a demora do processo de classificação possa ter a ver com a ideia de que os terrenos e construções existentes nas imediações do jardim possam ser desvalorizados pelo facto de ele se tornar oficialmente um monumento nacional.
"Enquanto o processo de classificação pode um dia ser abandonado, isso nunca acontecerá com a classificação formal como monumento nacional", disse ao PÚBLICO um biólogo que pediu para não ser identificado. (in Público, 24 de Julho de 2010).
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Curso de Guias do Jardim Botânico
quarta-feira, 21 de julho de 2010
terça-feira, 20 de julho de 2010
quarta-feira, 14 de julho de 2010
«Sim ou Não às barragens do Tua e Sabor?»
segunda-feira, 12 de julho de 2010
AS ÁRVORES e os LIVROS: Ovídio
Quantos os caroços caídos sobre a encosta sombria,
Quantos os desgostos que há no Amor.
Ovídio, Arte de Amar, Livro II, verso 518
Ovídio conta que todas as árvores, na Antiguidade, eram seres humanos metamorfoseados, fosse por uma condenação em consequência de um destino infeliz, fosse pela concretização de uma colheita salvadoara. Dafne foi transformada em loureiro, as Helíadas, filhas do rei Hélios, em choupos, Filémon em azinheira, junto da sua companheira, Baucis transformada em tília, enquanto que o jovem Ciparissos, amado de Apolo, foi metamorfoseado em cipreste, a árvore do sofrimento. Apenas a oliveira, de todas as árvores, não tem genealogia patética, nem antepassado humano, visto ter saído directamente do pensamento de Atena.
FOTO: Oliveira centenária em Viana do Alentejo.