terça-feira, 30 de junho de 2009

Férias de Verão nos Museus da Politécnica

Teve início na segunda-feira, dia 29 de Junho, as actividades de ocupação de tempos livres, destinadas a crianças entre os 4 e os 13 anos.

Sob o tema Férias no Museu, um verão para recuperar energia..., as actividades programadas abarcam conteúdos das diversas áreas científicas e contam com diversas novidades como seja sessões de yoga matinais, Vamos recueprar energia saudando o Sol!, todos os dias às 9h00.

A primeira semana dedicada ao tema Ar, conta já com a participação de 32 crianças, havendo ainda a possibilidade de inscrições para algumas das semanas programadas.

Local da entrega das crianças: entrada do Jardim Botânico
Rua da Escola Politécnica, 58
1269-102 Lisboa

Informações e inscrições: geral@museus.ul.pt

FOTO: Araucaria columnaris no Arboreto

segunda-feira, 29 de junho de 2009

EM FLORAÇÃO: Eucalyptus ficifolia

O nosso Eucalyptus ficifolia está em floração! Esta é uma árvore pequena, de folha persistente, que não ultrapassa os 10-15 metros de altura. Mas o seu aspecto discreto é abandonado nesta altura do ano quando a espetacular floração a faz destacar de entre as outras árvores. As flores são vistosamente coloridas variando desde o vermelho, cor-de-rosa e laranja. As folhas são rígidas e têm duas cores, sendo verde escuro na face superior e verde pálido na face inferior. Nas flores desta variedade existente no Arboreto do Jardim Botânico (junto ao Lago do Meio, canteiro 13A) os estames são de cor escarlate. Os frutos têm a forma de pequenos figos, de coloração castanha com reflexos de cinzento. Este eucalipto é nativo da Austrália, de zonas costeiras bastante restritas, como por exemplo a zona sudeste de Perth.

Nome: Eucalyptus ficifolia F. Muell.
Família: Myrtaceae

Derivação do nome do género/espécie: Eucalyptus, do grego eu + καλύπτω ("verdadeira cobertura") / fici do latin figo, folium em referência à forma das folhas. O nome científico desta espécie passou a ser referido nos livros da especialidade por Corymbia ficifolia.

sábado, 27 de junho de 2009

O Jardim Botânico no Museu do Azulejo

No terceiro piso do Museu Nacional do Azulejo, está exposto o famoso painel de azulejos com uma vista Panorâmica de Lisboa anterior ao terramoto de 1755. O painel foi produzido em Lisboa, no início do séc. XVIII, para decorar o antigo Palácio dos Condes de Tentúgal na Rua de São Tiago. Neste pormenor do grande painel, com quase 23 metros de comprimento, podemos ver a zona envolvente ao nosso Jardim Botânico.
Mesmo ao centro da imagem, ao fundo, vemos a fachada simétrica do antigo Noviciado da Cotovia que mais tarde, após a expulsão dos Jesuítas do nosso país, seria transformado em Colégio dos Nobres. Do lado direito, vemos o longo muro da cerca onde se destacam algumas árvores altas. Num plano mais próximo do observador, vemos um outro grande edifício conventual (com igreja e torre sineira) dominando a paisagem. Era o Convento das Terceiras de Jesus, cuja igreja, mais conhecida como das Mercês, encerra na abóbada de uma das suas antigas capelas, a da Imaculada, um dos mais notáveis conjuntos azulejares da cidade e que resistiu ao desastre de 1755. Toda a zona envolvente era essencialmente rural, pois podemos ver o que parecem ser olivais, hortas e campos de cultivo.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Pancho Guedes: Vitruvius Mozambicanus

Pancho Guedes — Vitruvius Mozambicanus
Museu Colecção Berardo [18 Maio 16 Agosto]
Centro Cultural de Belém

Aberto todos os dias, das 10h às 19h. Entrada gratuita

Nesta exposição, Pancho Guedes (n. 1925, Lisboa) reúne a sua prodigiosa e original produção de desenhos, quadros e esculturas e mostra como estes contribuíram para as formas, as ideias e o espírito das muitas arquitecturas diferentes e pessoais que criou. A sua ligação com África, sobretudo com Moçambique, permitiu que Pancho se libertasse dos constrangimentos mais restritos das ideias habituais sobre a arte. Uma exposição de um autor muito especial. A não perder!

As arquitecturas de Pancho Guedes vão de explorações extravagantemente opulentas e pessoais do espaço e da forma, nas quais as artes plásticas se misturam e se fundem, até edifícios austeros e esparsos desenhados para respeitar condições financeiras difíceis e rigorosas, sem limites claramente identifi cáveis. Em todos os casos, as criações resultantes não são de forma alguma diminuídas pelas circunstâncias da sua materialização. Todas as suas criações se encontram imbuídas de almas individuais, distintas, que falam e sorriem orgulhosamente, mesmo quando diminuídas pela idade e pelo uso abusivo. Pancho Guedes continua a desenhar, a melhorar e a construir modelos dos seus edifícios, mesmo os há muito construídos. A relação com a vida de muitas das suas obras está, assim, liberta do seu objectivo restrito, e estas encontram facilmente o caminho para a escultura, a pintura e o desenho, e também para conversas exageradas. in http://www.museuberardo.pt/

FOTO: «A Viagem», 1982, óleo sobre tela.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

EM FLORAÇÃO: Punica granatum


Nome científico: Punica granatum L. "Nana"
Família: Punicaceae
Nome vulgar: Romanzeira anã

Na Grécia antiga, esta é a planta cujo fruto o pastor Páris, a pedido de Hermes, devia oferecer à mais bonita das deusas. É uma planta útil muito antiga. O sumo não fermentado, conhecido por «grenadine» é uma bebida refrescante e rica em anti-oxidantes. Uma parte dos frutos, quando verdes, é usada em Marrocos para o curtimento de couro. A romã, usada como ornamento mais ou menos estilizado, é muito comum na Arte Oriental e Bizantina.

Esta variante anã raramente supera a altura de uma pessoa. O porte, folhas, flores e frutos um tanto mais pequenos que a espécie. Estas flores cor de fogo podem ser admiradas na Classe, junto ao lago de cima.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Nova Iorque: «THE CARBON COUNTER»

National debt used to be the big number we all lived in fear of. Now it's greenhouse gases.

Climate change is likely to have all sorts of nasty consequences over the next century—among them, according to a brand-new report from the U.S. Global Change Research program, an increase in torrential downpours in the American northeast.

So it was uncomfortably fitting that a major climate-consciousness-raising event took place in just such a downpour. As reporters and dignitaries huddled under leaky tents just outside New York's Madison Square Garden on Thursday, Deutche Bank switched on its mammoth Carbon Counter billboard. The counter, towering 70 feet above busy Seventh Avenue and dramatically visible to hundreds of thousands of commuters who take the train to and from Penn Station, displays a real-time count of heat-trapping greenhouse gases we're pumping into the atmosphere—about 2 billion metric tons every month, added to the 3.6 trillion tons already floating around up there.

How do they know it's 2 billion tons? Actually, they know it isn't. Although carbon dioxide is by far the most significant human-generated greenhouse gas, it isn't the only one. Methane, generated by ruminating cows and rice paddies is another; nitrous oxide, created in making fertilizer, is another; so are halocarbons, used as refrigerants. If you really want to know about how much heat we're trapping, you have to take these into account too—and that's what Deutche Bank and its scientific advisers from MIT wanted to do.

It's complicated, though. For one thing, each of these gases traps heat at a different rate (OK, they really trap infrared radiation, but it ends up amounting to the same thing). Methane, for example, is a much more efficient energy-trapper than CO2; it's just that we emit a lot less of it. Each of these gases, moreover, degrades in the atmosphere at a different speed. That means you can't just add them up. "It's like you give someone a hundred dollars," says MIT atmospheric scientist Ron Prinn, "but it's a mix of Australian and Canadian and U.S. dollars. "You have to make some conversions before you know what it's worth." For the Carbon Counter, those conversions run into many pages of equations, at the end of which you get a number representing the "CO2 equivalent" of 20 different gases. Add them up, and you're at 2 billion tons monthly.

That's a big number, certainly, but what exactly does it mean? Most popular accounts of climate change don't talk about tons; they talk about parts-per-million—the number of CO2 or other molecules you'd find in a million molecules of atmosphere. CO2 was at about 280ppm back in 1700; it's now at 386 and rising. For perspective, climate scientists believe that if CO2 rises to 450ppm or so, the global average temperature could rise as much as 2 degrees Celsius, with serious consequences (and heavy rainstorms are hardly the worst).

But if you factor in the other greenhouse gases, we're already at 450, or pretty close to it. That being the case, you'd think we'd already be seeing dramatically rising seas and severe weather changes. There are two reasons why we aren't. First, it takes a while for heat to build up once the gases are up there. Second, and more important, the Carbon Counter doesn't take aerosols into account. These are tiny particles of soot, sulfur dioxide and other pollutants spewed into the air along with greenhouse gases. "The problem with these," says Bill Chameides, dean of Duke University's Nicholas School of the Environment, "is that some aerosols tend to cool the planet, some tend to warm it, and some interact with clouds in ways we don't understand."

That's the good news. The bad news is that aerosols cause their own problems— lung disease and acid rain, just to name a couple. Presumably, we'll be trying to limit those emissions in the future, which will leave the greenhouse gases to do their thing without interference.

By leaving some factors out, the Carbon Counter is by definition somewhat inaccurate. But since most of us don't know what 3.6 trillion tons of carbon or carbon-equivalent or whatever actually means, it hardly matters. It's a big number, and it's getting bigger, fast. Deutche Bank and the MIT folks hope that seeing these huge numbers scroll by on a giant billboard will make people more aware of what we're doing to the planet, just as billboards with the U.S. national debt try to raise awareness about another scary number.

Given how much people pay attention to the debt, though, let's hope this one is more effective.

In NEWSWEEK, 19 de Junho de 2009

segunda-feira, 22 de junho de 2009

EM FLORAÇÃO: Lagunaria patersonii

Os exemplares de Lagunaria patersonii no Jardim Botânico estão em floração! Podem ser vistos na Classe e no Arboreto (junto ao lago do meio).

Nome: Lagunaria patersonii (Andr.) G. Don
Família: Malvaceae

A Lagunaria patersonii é uma árvore de folha perene originária da Austrália, mais precisamente da Ilha de Norfolk e de Queensland. De tamanho médio e de crescimento lento, a Lagunaria pode atingir entre 10 a 15 metros de altura. De belo porte, destaca-se pela sua folhagem de cor glauca. As folhas são inteiras, de forma oval e com 7,5 / 10 cm de comprimento. No periodo da floração, que ocorre no final da Primavera / início do Verão, a copa cobre-se de atraentes flores solitárias cor-de-rosa com 5 pétalas. O clima de Lisboa e Sul de Portugal é adequado para a Lagunaria: gosta de sol e é tolerante à seca. Gostariamos de ver a Lagunaria a ser usada como árvore de alinhamento nos arruamentos da capital. Para o clima do norte de Portugal é um pouco delicada pois sofre com as geadas.

Derivação do nome do género/espécie: Andrea Laguna (1494-1560), botânico espanhol / William Patterson (1755-1810), naturalista inglês.

domingo, 21 de junho de 2009

Hoje, dia 21 de Junho...VERÃO!

A Montanha, 1936-1937
Balthus (1908-2001)
óleo sobre tela, 248.9 x 365.8 cm
Metropolitan Museum, Nova Iorque

A Montanha é uma das obras mais importantes do início da carreira de Balthus. Foi terminada em 1937, três anos depois da sua primeira exposição individual, quando tinha 26 anos. Este grande panorama é a sua tela de maiores dimensões e uma das poucas que retrata figuras numa paisagem. Foi exposta pela primeira vez em 1939 com o título «Verão» pois era suposto ser a primeira de quatro telas sobre o ciclo das quatro estações. Mas Balthus apenas criou a tela dedicada ao Verão. Uma visão moderna e misteriosa. Com uma intriga surrealista mas pintada com a poesia dos antigos mestres italianos que Balthus tanto admirava.

sábado, 20 de junho de 2009

EM FLORAÇÃO: Tipuana tipu


As flores amarelas da grande Tipuana tipu no Arboreto do Jardim Botânico. Parece que são feitas da matéria do próprio Sol. De longe, e porque as flores se misturam com as verdes folhas, toda a copa aparenta uma tonalidade amarela. A árvore parece estar estranhamente iluminada.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Convite para participação no Seminário de Formação sobre Orçamento Participativo

«Conforme é do conhecimento de V. Exa., na sequência da aprovação da Carta de Princípios do Orçamento Participativo do Município de Lisboa, em Julho de 2008, realizou-se o primeiro processo de Orçamento Participativo em Lisboa de acordo com a metodologia inovadora então aprovada.

O processo participativo decorreu em 2 fases, uma de apresentação de propostas e outra de votação em projectos concretos, até ao valor de 5 milhões de euros – projectos que a Câmara veio a acolher na sua proposta de Orçamento.

No total, o Orçamento Participativo’2009 contou com mais de 3400 participações, o que veio comprovar o interesse dos cidadãos em participar activamente na resolução dos problemas da cidade.

Para o presente ano, o modelo a adoptar será essencialmente o mesmo, com uma primeira fase de apresentação de propostas a decorrer entre Junho e Julho e uma segunda fase, em Novembro ou Dezembro, para votação nos projectos a incluir na proposta de orçamento municipal.

Para que o Orçamento Participativo’2010 seja um processo ainda mais participado, é muito importante contar com o apoio e participação de todos. Assim, tenho o prazer de convidar V. Exa. para participar no Seminário de Formação que se realizará no próximo dia 24 de Junho, entre as 9h30-12h30/ 14h00-17h30, no Auditório dos Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa, na Av. Afonso Costa, nº 41, 1900-032 Lisboa, enviando para o efeito a ficha de inscrição para o endereço de correio electrónico formacao@cm-lisboa.pt, até ao próximo dia 22 de Junho.

O Seminário será ministrado por dois especialistas em Orçamento Participativo, o Dr. Nelson Dias, da Associação In Loco e o Dr. Giovanni Allegretti, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Para qualquer esclarecimento poderão contactar a CML, Direcção Municipal de Serviços Centrais, através dos telefones 21 798 82 20 ou 21 798 94 46.

Contando com o vosso imprescindível apoio no processo de Orçamento Participativo, apresento os meus melhores cumprimentos,

Lisboa, 19 de Junho de 2009

A Directora Municipal de Serviços Centrais

Fátima Fonseca»

FOTO: O Largo Hintze Ribeiro em 1970, no início da sua transformação em parque de estacionamento (Armando Serôdio, Arquivo Municipal de Lisboa). Uma das propostas apresentadas pela LAJB, e seleccionado, para o OP de 2009 foi o projecto de um novo jardim no Largo Hintze Ribeiro.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

EM FLORAÇÃO: Myrtus communis

Nome científico: Myrtus communis L.
Família: Myrtaceae
Nome vulgar: Murta

Este arbusto frondoso, de folha persistente, cresce no maquis e em bosques em toda a Região Mediterrânea, Ásia Central e Paquistão. É muito cultivada em jardins e parques (em LIsboa pode ser vista nos jardins da Praça do Império). As folhas são opostas, verde escuras e, quando observadas contra a luz, notam-se glândulas delgadas portadoras de um óleo aromático. Espremendo as folhas obtém-se o óleo de murta - Eau d'Anges. As folhas brancas e perfumadas apresentam inúmeros estames. Dos frutos pode extrair-se o licor de murta. esta planta aparece mencionada em lendas árabes. Os Gregos consagraram-na a Afrodite, utilizando-a nas coroas dos vencedores.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

As Árvores e a Cidade: Tipuanas no Largo de São Mamede


A sombra fresca que cai das vastas copas das Tipuanas do Largo de São Mamede. Uma sombra que em junho é colorida de amarelo ocre. Esperemos que nenhum humano nos roube esta oferenda floral com uma cega varredura. Corram, venham ver! É aqui mesmo ao lado do Jardim Botânico!

terça-feira, 16 de junho de 2009

O nosso Bairro: Corallo Cacau e Café

A família Corallo escolheu o nosso bairro para abrir a sua loja de chocolates e cafés. A paixão pela arte do chocolate e do café começou quando ainda viviam no Zaire. Mas devido à degradação da situação política, em 1993 a família teve de abandonar o país acabando por se instalar em São Tomé e Príncipe.

Em 1997, compraram na Ilha do Príncipe a velha e abandonada plantação de Terreiro Velho. No meio da floresta tropical, Claudio Corallo ainda encontrou antigas plantas de cacao, descendentes das primeiras que foram introduzidas pelos portugueses em 1819. Finalmente em 1998 conseguiram comprar a plantação de café Nova Moca na Ilha de S. Tomé. Também esta estava totalmente abandonada. Mesmo assim, ainda foi possível descobrir uma pequena concentração de antigas plantas de café, da variedade Arábica, num local de difícil acesso. Graças à sua localização, tinham escapado aos vários «projectos de modernização» que com o intuito de aumentar a produção de café da ilha, substituiem as velhas plantas por novas variedades, híbridas, mais precoces e produtivas. Curiosamente, muitas destas modernas plantas acabaram por morrer pois não se adaptam... Depois de muitos anos de trabalho a recuperar as duas plantações, a produção voltou ao normal e em Junho de 2008 foi possível abrir uma loja em Lisboa, junto ao Príncipe Real.

E agora só falta mesmo irem até à bonita e simpática loja Claudio Corallo para saborear os seus deliciosos cafés e chocolates! Muitos parabéns família Corallo e feliz 1º aniversário da loja!

CLAUDIO CORALLO
Rua Cecilio da Sousa, 85
Príncipe Real
1200-100 Lisboa

FOTO: frutos da planta do cacao na loja Claudio Corallo

EM FLORAÇÃO: Sorbaria tomentosa

Nome científico: Sorbaria tomentosa Lindl. Rehder
Família: Rosaceae
Distribuição: Ásia (Himalaias)
Nota: Para ver na Classe, perto do lago.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Amigos do Botânico visitam os Mouchões




No passado dia 17 de Maio decorreu o nosso passeio «Rota dos Mouchões». O dia esteve de feição para nos proporcionar uma maravilhosa experiência a bordo do barco típico "varino" Vala Real. Esta curta selecção de imagens, da autoria da nossa amiga Lilia Esteves, é bem reveladora da beleza dos Mouchões. Um mundo de água, plantas e animais cheio de serenidade mas às portas da grande Lisboa. Estamos já a planear uma visita idêntica mas desta vez pelo rio Sado, a bordo de um antigo Galeão do Sal restaurado pela Câmara Municipal de Alcácer do Sal...

domingo, 14 de junho de 2009

Os Jardins de Faiança da Fábrica de Miragaia

A exposição dedicada à antiga Fábrica de Louça de Miragaia, patente no Museu Nacional do Azulejo, está repleta de referências botânicas: flores, frutos, folhas, árvores, plantas e até vistas de bosques exóticos pintados á mão por funcionários anónimos. Ficamos também a saber que a ilustre fábrica produziu elegantes peças de faiança (bustos, urnas, vasos) para decorar jardins.

«A Fábrica de Louça de Miragaia, fundada em 1775 por João da Rocha e pelo sobrinho João Bento da Rocha, foi uma das fábricas mais influentes na produção de faiança em Portugal entre a segunda metade do séc. XVIII e a primeira do séc. XIX. Os seus proprietários, que regressaram do Brasil para se instalar no Porto, onde aplicaram os seus vastos recursos angariados com o comércio do açucar e os navios, distinguiram-se na vida da cidade como homens de negócios e políticos. Sucedeu-lhes Francisco da Rocha Soares, também ele regressado do Brasil, que deu um grande impulso à fábrica, diversificando os mercados e os produtos. No início do séc. XIX, a fábrica de Miragaia esteve ligada às fábricas de Massarelos, de Santo António do Vale de Piedade e Cavaquinho, quer por laços familiares, quer por arrendamento.

O último proprietário, Francisco da Rocha Soares como o pai, destacou-se essencialmente pela sua intervenção política como liberal convicto. Durante a sua administração, promoveu uma maior industrialização da produção da fábrica, expandindo os negócios no continente e ilhas.

Ao longo dos cerca de setenta e cinco anos em que laborou, a fábrica de Miragaia teve uma produção considerável de peças em faiança, que podemos dividir basicamente em dois períodos. O primeiro entre 1775 e 1822 e o segundo entre 1822 e 1850, data em que deixou de ser explorada pela família Rocha e foi arrendada à firma Teixeira e Cª, no seguimento da falência do proprietário, Francisco da Rocha Soares.»

FOTO: Figura Decorativa para jardim - América. Faiança. Fábrica de Miragaia, 1830-1850 (colecção Eduardo Lencastre).

sábado, 13 de junho de 2009

FERNANDO PESSOA nasceu a 13 de Junho

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

Fernando Pessoa

(Lisboa, 13 de Junho de 1888 - Lisboa, 30 de Novembro de 1935)

FOTO: Largo de São Carlos, onde Fernando Pessoa nasceu.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Saramago: «...o silêncio dos campos e das árvores assombradas»

«Tu estavas, avó, sentada na soleira da tua porta, aberta para a noite estrelada e imensa, para o céu de que nada sabias e por onde nunca viajarias, para o silêncio dos campos e das árvores assombradas, e disseste, com a serenidade dos teus noventa anos e o fogo de uma adolescência nunca perdida: "O mundo é tão bonito e eu tenho tanta pena de morrer." Assim mesmo. Eu estava lá.»

José Saramago

As Pequenas Memórias, Lisboa, 2006, p. 130
FOTO: Chorisia crispiflora no Arboreto

terça-feira, 9 de junho de 2009

Investigadores traçam retrato da poluição na cidade

Corredor central da cidade, entre o Lumiar e o castelo, é o que tem pior qualidade de ar. Limites impostos pelas normas europeias são ultrapassados todos os anos. Só 2002 foi excepção.

Os picos de poluição em Lisboa fazem disparar o número de crianças com problemas respiratórios e também aumentar o risco de mortalidade, sobretudo na população idosa. É no eixo central da cidade, que corre do Lumiar para o castelo, que se incluem as zonas mais poluídas e o tráfego automóvel demonstrou ser o factor mais importante para a concentração excessiva de partículas no ar que os lisboetas respiram.

Estas são as principais conclusões de vários estudos coordenados por Francisco Ferreira, professor e investigador da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Os dados mostram, pela primeira vez, que, na sequência de picos de poluição (três a cinco dias depois), a afluência às urgências pediátricas do Hospital D. Estefânia por infecções respiratórias tem um aumento significativo. Isto, apesar de, habitualmente, estas doenças já representarem um terço dos atendimentos na unidade, sobretudo por infecções agudas, asma e pneumonia.

Na sequência deste primeiro estudo, que foi financiado pela Fundação Gulbenkian, a equipa tentou perceber, entre outras coisas, se o acréscimo de poluição também se reflectia na mortalidade na população. Uma questão analisada no projecto Riskar-Lx, também financiado pela Gulbenkian, e de novo coordenado por Francisco Ferreira.

Uma parte do projecto já está terminada. E a conclusão é taxativa: há uma correlação entre a poluição e a mortalidade, explicou ao DN a especialista Rita Nicolau, do Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge, que coordenou esta fase do projecto.

A equipa avaliou todas as faixas etárias e concluiu que há uma subida do risco de morte em 0,66% com um ligeiro aumento da poluição, que se situa em dez microgramas por metro cúbico (um micrograma é a milésima parte do miligrama). Mas para a população idosa, com mais de 75 anos, "esse risco é aumentado, sobretudo para as pessoas que sofrem de doenças respiratórias e do aparelho circulatório", explica.

Os estudos para medir a poluição estão a ser realizados por esta equipa desde 2000 e pela primeira vez caracterizaram as concentrações de partículas poluentes na capital e demonstraram directamente os efeitos negativos na saúde da sua população. Esta relação estava estabelecida em estudos internacionais, mas não se conhecia a dimensão do problema na capital portuguesa.

"Lisboa tem em algumas zonas concentrações de partículas no ar muito acima dos valores-limite estabelecidos pela UE, com base nas recomendações da Organização Mundial de Saúde, e por isso decidimos fazer um estudo que caracterizasse essa poluição", conta Francisco Ferreira.

Entre 2003 e 2006, a equipa recolheu dados da qualidade do ar em diversos pontos da cidade, tendo utilizado também os de três estações de monitorização instaladas em Entre-Campos, Av. da Liberdade e Olivais. Foram medidas as concentrações de partículas inaláveis designadas por PM10 (partículas em suspensão na atmosfera com dimensão inferior a dez mícrones, a unidade que corres- ponde à milésima parte do milímetro) e PM25. E, com base nesses dados, os investigadores traçaram um retrato da poluição na cidade, que mostra que as zonas mais afectadas se situam ao longo de um eixo entre o Lumiar e o castelo, num corredor central da cidade no sentido Norte-Sul.

De acordo com a directiva europeia para a qualidade do ar, a concentração de partículas PM10, por exemplo, não pode ser superior a 50 microgramas por metro cúbico em mais de 35 dias ao longo do ano. Mas, à excepção de 2002, Lisboa tem excedido todos os anos esse limite.

As conclusões destes estudos são mais do que suficientes para melhorar o ar da cidade, sublinha Francisco Ferreira. Já há planos que incluem a redução de tráfego dentro de Lisboa. Mas a sua execução depende da assinatura de um despacho conjunto dos ministérios do Ambiente, Obras Públicas e Economia, o que deverá acontecer "dentro do próximo mês", diz o Ministério do Ambiente. In DN

FOTO: Entrecampos,1965, por Horácio Novais. Arquivo Municipal de Lisboa

EM FLORAÇÃO: Tipuana tipu

As flores amarelas da Tipuana tipu no chão da Classe do Jardim Botânico. Ontem, ao final do dia.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

1º aniversário do blog Amigos do Botânico

Hoje faz exactamente um ano que inaugurámos o nosso blog «AMIGOS DO BOTÂNICO»! Podem rever o pioneiro post, de boas vindas, aqui:


Queremos agradecer a todos os que nos têm visitado. Obrigado também pelos comentários. As vossas críticas, sugestões e elogios ajudam-nos a melhorar este blog que quer ser um espaço de comunicação da LAJB com a cidade de Lisboa e o país. Obrigado e continuem a vir cá!

FOTO: A colina do Castelo vista através do Arboreto do Jardim Botânico

domingo, 7 de junho de 2009

«Casal Ventoso dá lugar a novo jardim»

O presidente da Câmara de Lisboa esteve esta sexta-feira no lançamento da obra do Parque Urbano da Encosta de Alcântara/Casal Ventoso. Numa área em tempos esteve ocupada por toxicodependentes, vão ser plantadas 611 árvores.

A encosta do Casal Ventoso está a entrar agora numa nova fase de requalificação. Em cerca de 3,5 hectares onde só existem terra e vestígios de elementos habitacionais degradados e demolidos, deverá nascer uma zona verde e arborizada com 611 árvores como pinheiros ou carvalhos e mais de 16 mil arbustos.

A intervenção pretende ainda assegurar as ligações funcionais e pedonais entre o empreendimento PER Ceuta Norte, o Centro Social do Casal Ventoso e o núcleo urbano consolidado da freguesia de Santo Condestável.

Para tal, o projecto prevê a construção de três conjuntos de escadarias e uma rampa, a estabilização de diversas zonas da encosta com recurso a pregagens e aplicação de betão, a construção daquilo que a autarquia designa como "zonas de contemplação" e a aplicação de vedações, paliçadas e mobiliário urbano decorativo, bem como a execução de uma rede de iluminação pública exterior.

A obra tem um orçamento de 660 mil euros e deverá estar concluída em 100 dias. "É uma obra que se insere num conjunto vasto de intervenções que estão previstas ou em realização no conjunto deste vale", disse António Costa, presidente da Câmara.

O autarca frisou que este novo parque urbano "é um projecto indispensável para que o conjunto destes intervenções não sejam peças isoladas na requalificação" de toda aquela zona, algo que "vai revolucionar o vale".

Neste sentido, António Costa anunciou também que o plano de urbanização de Alcântara "já está em conclusão e em condições de ser colocado pela Câmara em consulta pública no final deste mês" garantindo que o projecto "favorecerá a devolução da cidade ao rio".

O presidente da Câmara de Lisboa disse que também está a ser estudado um projecto para resolver a situação de abandono em que se encontra a piscina Baptista Pereira no Bairro do Loureiro. "Infelizmente o projecto não permitirá o seu reaproveitamento como piscina", disse, salvaguardando, contudo, que no mesmo local irá nascer "um diferente equipamento desportivo". Ao mesmo tempo, António Costa deixou como garantida a abertura da piscina de Campo de Ourique.

O vale vai sofrer também intervenções no Bairro da Liberdade, nomeadamente ao nível da reflorestação da mancha verde do Parque de Monsanto. in JN, 6 de Junho de 2009

FOTO: Casal Ventoso em 1939 por Eduardo Portugal (1900-1958). Arquivo Municipal de Lisboa

Lisboa vai ter mais e melhores hortas urbanas até 2011

Vereador garante ser a primeira vez que a câmara aposta mesmo nos quintais e que está disposta a criar um local de venda para os hortelões

A Câmara Municipal de Lisboa diz que vai avançar, "nos próximos meses", com uma intervenção nos cerca de 15 hectares de hortas do vale de Chelas, com o objectivo de assegurar o fornecimento de água e reordenar o espaço através da criação de caminhos pedonais de acesso. Mas o plano da autarquia é mais ambicioso e inclui, num prazo de dois anos, a criação de hortas em Campolide e Telheiras, e que tentará melhorar os espaços já existentes na Quinta da Granja, Vale Fundão e Bairro Padre Cruz.

A Associação Portuguesa de Arquitectos Paisagistas promoveu recentemente um encontro nas hortas da zona de Chelas, onde os visitantes se depararam, "num vale cortado por dois edifícios escandalosos - um hipermercado e uma escola - que cortam a circulação de água" pelos terrenos, com "um interessante mosaico de culturas, conjugando uma produção de espécies hortícolas com algumas plantas ornamentais".

A descrição foi feita pela presidente daquela associação, Margarida Cancela d'Abreu, dizendo ao PÚBLICO que aquelas hortas são mantidas por residentes dos prédios vizinhos, "na maioria reformados", que cultivam produtos agrícolas para autoconsumo, mas também como forma de "entretém". Um dos principais problemas sentidos é o do acesso à água, recorrendo os hortelões ao expediente de a armazenar em "depósitos extraordinários" como "arcas frigoríficas e barricas", tidos como a única forma de aproveitar a água da chuva, como constatou no local Margarida Cancela d'Abreu. A Câmara Municipal de Lisboa conhece esta realidade e, segundo o vereador do Ambiente, Espaços Verdes e Plano Verde, vai resolver o problema "nos próximos meses", criando além disso caminhos pedonais. No futuro, a ideia de José Sá Fernandes é que as hortas de Chelas venham a acolher, numa ponte a unir os dois lados do vale, um mercado onde quem cultiva a terra possa vender a sua produção.

Prática comum
Esta é, aliás, uma prática comum em vários locais do globo (como Chicago ou Londres), mas pouco vista num país que, lamenta o arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles, "ignora pura e simplesmente as hortas" e a sua importância para as comunidades. A colega de profissão Margarida Cancela d'Abreu conta que uma das excepções ocorre em Évora, onde aos sábados e domingos há bancadas de madeira à porta do mercado para os "quintaneiros" que cultivam hortas à volta da cidade e que ali comercializam os seus produtos, por sinal muito procurados.

Os projectos da Câmara de Lisboa, que o vereador Sá Fernandes acredita que poderão estar concluídos nos próximos dois anos, incluem também a criação de um parque urbano que integrará as hortas já existentes na Quinta da Granja de Baixo, em Benfica. Em Campolide, a ideia é criar hortas que serão atribuídas por concurso a moradores da zona, surgindo também áreas para produção hortícola em Telheiras, num terreno ainda a negociar com a EPUL.

Escola de Lisboa tem terreno cultivado por centenas de mãos

Na Escola 34, na Alta de Lisboa, ao Lumiar, onde estudam 330 crianças com idades entre os três e os 14 anos, houve em tempos um matagal que deu lugar a uma horta, que rapidamente se transformou na menina-dos-olhos dos professores, auxiliares e alunos. Num terreno lavrado e cultivado por muitas mãos, na Alta de Lisboa, crescem couves, favas, feijões, ervilhas, batatas, cebolas, cenouras, pepinos, pimentos e outras espécies hortícolas.

No ano lectivo passado, as abóboras transformaram-se num doce que foi comido com tostas por todos os alunos, junto de quem se tenta, através do projecto da horta, promover uma alimentação mais saudável. É por isso que para este ano lectivo estão reservadas para a festa do dia das bruxas. Os pais contribuíram para a plantação com sementes e plantas, e são também eles os principais clientes compradores dos produtos que os alunos vendem à porta da escola sempre que há colheitas.

Também naquele bairro da Alta de Lisboa poderá nascer nos próximos tempos uma outra horta, esta comunitária, sonhada pelo morador e arquitecto paisagista Jorge Cancela, que tem vindo a recrutar futuros hortelões. O mentor da ideia adianta já que conseguiu convencer "mais de 40" e precisa que vai tentando tentar reunir o maior número de apoios para o projecto, incluindo o necessário terreno.

Uma das ambições desta horta comunitária é aproximar os moradores realojados naquela zona da cidade dos que lá compraram casa, contribuindo para uma maior harmonia entre este "mix social" e para o aumento do sentimento de pertença dos próprios ao todo da comunidade. A produção, explica o arquitecto paisagista Jorge Cancela, será biológica e a zona a cultivar terá que ter "um acesso relativamente fácil, seja de automóvel, seja pedonal", além de fornecimento de água e uma vedação.

O projecto e a eventual cedência de um terreno por parte da Câmara Municipal de Lisboa já estão a ser analisados pelos serviços da autarquia, garante aquele arquitecto paisagista.No mesmo sentido, e segundo a Câmara Municipal de Lisboa, que aponta os exemplos das hortas no Vale Fundão e no Bairro Padre Cruz, o desafio da autarquia é intervir nas hortas comunitárias já existentes, algumas das quais em espaços privados e que não têm fornecimento de água ou acessos em condições, garantindo que nenhum dos hortelões deixa de ter um espaço de cultivo."É a primeira vez que a câmara aposta mesmo nas hortas", garante Sá Fernandes, acrescentando que "antigamente" a prática era simplesmente "fechar os olhos" e ir permitindo a sua existência. in Público, 25.05.2009

FOTO: canteiro pedagógico, com alfaces, no New York Botanical Garden

sábado, 6 de junho de 2009

Visita à Tapada de Mafra e Centro do Lobo

Estimado(a) associado(a),

No dia 28 de Junho (Domingo) terá lugar o passeio à Tapada de Mafra e Centro do Lobo:

08h30 - Partida de Sete Rios (em frente à entrada do Zoo)

Duração do Passeio: dia inteiro

Almoço: piquenicar em Mafra ou em alternativa num restaurante

Custo: 25 € (inclui transporte em autocarro e bilhetes de entrada)

Importante: levar água, chapéu e calçado confortável

Inscrições abertas

Com os nossos agradecimentos, enviamos saudações botânicas,

A DIRECÇÃO DA LAJB
Foto: Eduardo Portugal (1900-1958), Arquivo Municipal de Lisboa

sexta-feira, 5 de junho de 2009

DIA MUNDIAL DO AMBIENTE

To cherish what remains of the Earth and foster its renewal is our only legitimate hope of survival.

Wendell Berry

Foto: Oliveiras e papoilas em Viana do Alentejo

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Guia conta a história dos geomonumentos e desvenda os jardins escondidos de Lisboa

«No livro da autarquia, as principais espécies arbóreas surgem assinaladas no mapa de cada espaço verde

A Câmara de Lisboa vai lançar amanhã um Guia dos Parques, Jardins e Geomonumentos, que, além de apresentar mapas e informações úteis sobre 51 espaços da cidade, localiza mais de 120 espécies de plantas e propõe quatro percursos pedestres no "imenso" Parque Florestal de Monsanto e na "por vezes esquecida" Tapada da Ajuda.

O livro, com uma tiragem de quatro mil exemplares, vai estar à venda na Fnac a partir de amanhã e na Livraria Municipal a partir de segunda-feira, por 15 euros. Segundo o vereador do Ambiente e Espaços Verdes, está a ser produzida uma versão em inglês do guia, que tem quase 400 páginas e identifica "todos" os jardins de Lisboa, embora alguns deles apenas com uma fotografia e a morada.

Dividindo a cidade em cinco zonas - Ocidental, Ribeirinha, Norte, Central e Oriental -, o livro apresenta com algum detalhe e várias fotografias 51 parques, jardins e geomonumentos, incluindo a sua história e informações úteis, como o horário de funcionamento, o acesso a pessoas com mobilidade reduzida, a existência de equipamentos como parques infantis, cafés, restaurantes, esplanadas e parques de merendas, a dinamização de actividades lúdicas e o acesso por transportes públicos. O coordenador editorial considera na introdução do guia que este "é um convite a uma viagem ao rico património de parques e jardins de Lisboa", dando por exemplo a conhecer "notáveis árvores de espécies oriundas de todos os continentes". Para quem quiser ver de perto esses exemplares, alguns dos quais David Travassos sublinha serem "autênticos monumentos vivos", o livro indica num mapa a sua localização exacta. O coordenador acrescenta que o guia "é também uma viagem pela história de Portugal e de Lisboa", apresentando parques e jardins de diferentes tipologias e épocas, além de proporcionar "um encontro com inúmeros monumentos da cidade".

Já o vereador Sá Fernandes destaca que esta publicação, destinada a quem vive em Lisboa e a quem a visita, desvenda "jardins que ninguém conhece, como o Jardim do Seminário da Luz e a Tapada das Necessidades" e mostra a "história bestial" por trás de seis geomonumentos, provando que são mais do que "uma parede". Amanhã, por ocasião do Dia Mundial do Ambiente, a Câmara de Lisboa vai também assinar um protocolo com a Valorsul com vista à arborização da encosta do Casal Ventoso.» In Público

FOTO: Jardim Botânico da Ajuda

quarta-feira, 3 de junho de 2009

«I have a garden of my own...»

I have a garden of my own,
shining with flowers of every hue,
I loved it dearly while alone,
but shall love it more with you.

Thomas Moore


Nota: este poema e imagem são para a nossa Alexandra Escudeiro, uma das fundadoras da Liga dos Amigos do Jardim Botânico, e que hoje faz anos. Parabéns e obrigado!

Foto: Camelia japonica em floração na Classe

terça-feira, 2 de junho de 2009

EM FLORAÇÃO: Jacaranda mimosifolia


Jacaranda mimosifolia em floração. Desta vez é o nosso belo exemplar, na Classe do Jardim Botânico.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

As Árvores e os Livros: Willa Cather

"I like trees because they seem more resigned to the way they have to live than other things do."

Willa Cather (1873 – 1947)

Nota: Para saber mais sobre esta autora americana, visite o website da Willa Cather Foundation http://www.willacather.org/

FOTO: Central Park, Nova Iorque