domingo, 31 de agosto de 2008
TERRA À TERRA: um exemplo do Porto
HORTA NA ESCOLA: um exemplo do Porto
Já aderiram ao projecto 36 escolas da região do Grande Porto. A utilização do composto como fertilizante no cultivo de alimentos para consumo pessoal é uma maneira simples e directa de nos ligar com a terra e ao mesmo tempo contribui para a diminuição de resíduos orgânicos a enviar para tratamento, que correspondem a 40% do nosso saco do lixo doméstico. Para mais informações sobre o projecto visite: http://www.hortadaformiga.com/
sábado, 30 de agosto de 2008
HORTA À PORTA: um exemplo do Porto
O projecto Horta à Porta surgiu em Julho de 2003 devido à necessidade de articular a disponibilidade de várias entidades numa rede que viabilizasse uma estratégia para a Região do Grande Porto no domínio da Compostagem Caseira, na criação de Hortas e na promoção da Agricultura Biológica.
Horta de Rates - 10 Talhões
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
O Futuro das Hortas Urbanas na Europa: Congresso Internacional na Polónia
Podendo assumir uma vertente comunitária, de lazer, ou mesmo de suporte ao rendimento familiar, a agricultura urbana difere em vários aspectos da tradicional/rural. Estas hortas são criadas em pequenas áreas, dentro dos centros urbanos ou nos seus arredores, predominando a diversidade de cultivos. A produção destina-se ao consumo próprio ou à venda em pequena escala, funcionando muitas vezes como uma ocupação dos tempos livres.
Rue de Bragance
L-1255 Luxembourg
http://www.jardins-familiaux.org/
FOTO: allotment garden (horta urbana) pedagógica instalada em St. James Park, Londres (2007).
domingo, 24 de agosto de 2008
Rua do Carmo: «plantem + árvores!»
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
HANS CHRISTIAN ANDERSEN em Lisboa: cinco dias na cidade ardente de sol
O autor entrou em Portugal por Elvas chegando a Lisboa no dia 6 de Maio. Após ter estado quase um mês na zona da capital, passeou depois por vários locais do país desde Setúbal a Coimbra e Aveiro. No seu livro há várias referências à flora que observou em Portugal. Mas nos seus últimos cinco dias na capital, enquanto aguardava pelo navio que o havia de levar de volta à Dinamarca, Hans Christian Andersen faz uma descrição da falta de conforto ambiental de Lisboa em Agosto. A falta de sombra, isto é, a falta de árvores na envolvência do hotel da zona da Baixa/Cais do Sodré onde estava hospedado, constituiu um tormento para o autor.
O dia seguinte foi quente como o anterior. O navio não chegou na data esperada e, em vez de dois, tive de ficar cinco dias na cidade ardente de sol.»
in "Uma Visita a Portugal em 1866" de Hans Cristian Andersen (Tradução de Silva Duarte, Gailivro, 2003)
terça-feira, 19 de agosto de 2008
TREES FOR CITIES: um exemplo de Londres
In 2003, on our tenth anniversary, we changed our name to Trees for Cities, largely in response to requests for support and advice from cities around the world. In addition to tree planting, the charity is now involved in a wide range of activities that include educational work with schools and community groups, vocational training in arboriculture, horticulture and woodland management, re-landscaping the public realm, campaigning, and yes, we're still partying!»
FOTO: alameda de plátanos no Green Park, Londres
domingo, 17 de agosto de 2008
Escolas de Lisboa produzem Energia Verde
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Instalação de agências europeias nove meses atrasada
«Administração portuária não dá explicações, câmara diz que edifícios do Cais do Sodré deverão poder ser ocupados em breve
Está nove meses atrasada a instalação da Agência Europeia de Segurança Marítima e do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência no Cais do Sodré, apesar de os novos edifícios que vão receber as duas instituições aparentarem estar prontos há vários meses.
A Administração do Porto de Lisboa, que é a dona da obra, escusa-se a explicar por que razão não foi ainda possível as agências mudarem para a sua sede definitiva. Refere apenas que "está a ultimar tudo para que possam finalmente instalar-se" no Cais do Sodré - algo que estava previsto para Novembro passado, na recta final da presidência portuguesa da União Europeia.
As duas instituições não escondem o desagrado que a demora lhes provoca. O porta-voz da Agência Europeia de Segurança Marítima, Andy Stimpson, fala da dificuldade de programar as actividades da agência a longo prazo com a mudança sempre iminente. "Não sabemos quando vai ser preciso estarem em Lisboa para a mudança os funcionários da agência que fazem inspecções Europa fora", explica, acrescentando que não faz bem nenhum à imagem da instituição a situação indefinida em que se encontra. Acresce que, ao contrário do que tinha sido anunciado, a agência está a pagar grande parte dos custos das suas instalações provisórias, o edifício de nove andares Mar Vermelho, no Parque das Nações. Andy Stimpson escusa-se a falar em montantes, mas diz que se trata de uma soma significativa.
Certificação a decorrer
Questionado também sobre que prejuízos acarreta o atraso na transferência, o Observatório da Droga e Toxicodependência diz que o principal problema se relaciona com o facto de continuar "a funcionar em dois edifícios distintos, um em Santa Apolónia e outro na Av. Almirante Reis, com todas as dificuldades inerentes de funcionamento e transporte - mais do que prejuízos financeiros, embora também existam". As novas instalações "parecem adequadas aos padrões de exigência comunitários, embora esse processo de certificação, que é feito com a ajuda especializada do serviço da Comissão Europeia responsável pela gestão de infra-estruturas, esteja ainda a decorrer", informa ainda o observatório.
O que correu então mal?
Em primeiro lugar, o facto de a administração portuária não ter tratado do licenciamento dos edifícios desenhados pelo arquitecto Manuel Tainha a tempo e horas, alegando que já tinha as autorizações necessárias por parte da câmara. Uma situação que vem do anterior mandato autárquico e que o actual vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, classifica como caricata. Segundo o director municipal do Urbanismo, Gabriel Cordeiro, nesta fase do processo compete à administração portuária apresentar documentação como o livro de obra e a vistoria dos bombeiros, para que a câmara possa emitir a licença de utilização que permitirá ocupar os edifícios. O que pode acontecer até ao final do mês.
Arquitecto Manuel Salgado, eleito nas listas do PS nas autárquicas intercalares, tentou travar o projecto
Da autoria do arquitecto Manuel Tainha, o projecto para albergar no Cais do Sodré as agências europeias foi desde sempre mal-amado. Há um ano, durante a campanha eleitoral, o agora vereador do Urbanismo Manuel Salgado contava que ainda tentou impedir que as construções fossem por diante quando estava no grupo que elaborou o plano de reabilitação da Baixa, mas sem sucesso. Na mesma ocasião representantes da comunidade portuária garantiram que o projecto foi imposto à Administração do Porto de Lisboa pelo Governo. O Fórum Cidadania Lisboa fala no "atropelo ao usufruto pelo público da zona ribeirinha da antiga ribeira das Naus, acessível há seis décadas, desde a abertura da Av. Ribeira das Naus". O vereador eleito pelo Bloco de Esquerda José Sá Fernandes foi outro dos críticos do projecto. Tal como a Liga dos Amigos do Jardim Botânico, que se queixa de as novas construções ignorarem "preocupações ambientais como a preservação da biodiversidade, a poupança de água e os desafios colocados pelas mudanças climáticas", além de terem obrigado ao abate de "dezenas de árvores e arbustos".
Em Abril passado, a Câmara de Lisboa voltou atrás na decisão de deixar construir um terceiro edifício novo além dos dois que já ali foram erguidos para as instituições europeias. A proximidade dos edifícios do rio obrigou a criar durante a obra um sistema de drenagem e de rebaixamento do nível freático constituído por poços interiores e exteriores com bombas submersíveis. A proximidade do túnel do metropolitano foi outro problema que a empreitada do Cais do Sodré, a cargo do consórcio constituído pela Somague e pela Teixeira Duarte, teve de enfrentar.»
FOTO: Jardim entre a Ribeira das Naus e o rio Tejo, parte do qual foi destruído para a construção das agências europeias. Imagem de Artur Goulart datada de 1961. Fonte: Arquivo Fotográfico Municipal
domingo, 10 de agosto de 2008
AS ÁRVORES E OS LIVROS: Octávio Paz
Suas raízes são veias,
na noite do corpo.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Quem chega a Lisboa sozinho de carro vai ter de pagar portagens mais altas
«Portaria publicada ontem manda executar medidas previstas em estudo para reduzir poluição. Aumento do número de faixas Bus é considerado prioritário.
Quem chega a Lisboa sozinho de carro vai ter de pagar portagens mais altas do que aqueles que viajam acompanhados. A introdução de portagens diferenciadas nos acessos à cidade que já são taxados é uma das principais medidas propostas num estudo sobre a melhoria da qualidade do ar na região de Lisboa e Vale do Tejo. O plano que visa o cumprimento das directivas comunitárias em matéria de poluição atmosférica foi ontem publicado em Diário da República, em anexo a uma portaria que ordena a execução das medidas nele apresentadas. O aumento das portagens dos carros que circulam só com o condutor deve, segundo o documento, ser feito apenas nos dias úteis e a certas horas. Em Roma, por exemplo, a penalização tem lugar das 9h00 às 12h00 e das 15h00 às 17h00. Mas esta é apenas a segunda medida considerada prioritária para reduzir para níveis aceitáveis as partículas que sujam o oxigénio que todos respiram.
Os autores do trabalho dizem que a medida mais relevante de todas é o aumento do número de corredores Bus, que permitiria aumentar a velocidade média de circulação dos autocarros dos actuais 14,9 quilómetros/hora para 25. A criação de cada um destes corredores é alvo de negociações entre a Carris e a Câmara de Lisboa, mas o processo parece padecer de doença grave. Senão, veja-se: em 2005, e de acordo com a newsletter da Carris, a autarquia considerou que poderia abrir corredores na Rua dos Fanqueiros e na Morais Soares, entre outras artérias. Hoje nenhuma delas tem ainda uma faixa exclusiva para os transportes públicos.
Lavar Av. da Liberdade
"Da parte da câmara nem sempre há uma resposta imediata", admite um adjunto do secretário-geral da Carris, Nuno Correia, acrescentando que em 2007 a transportadora abriu mais 710 metros de corredores Bus. "Vamos anunciar em Setembro uma melhoria das condições de circulação dos transportes públicos", diz o vereador que na autarquia tem o pelouro da Mobilidade, Marcos Perestrello, escusando-se, no entanto, a adiantar quais. Também no que à redução da poluição do ar diz respeito, a Câmara de Lisboa vai passar a lavar a Av. da Liberdade, que é uma das artérias mais preocupantes da cidade a este nível, "duas vezes por dia em vez de uma, para que as partículas poluentes não fiquem em suspensão no ar".
O aumento da fiscalização do estacionamento na cidade é outra medida considerada útil pelos autores do estudo. Aqui Marcos Perestrello declara que a câmara "tem de conseguir fazer melhor", embora a situação esteja, do seu ponto de vista, "infinitamente melhor do que há um ano". O autarca espera que o sistema de aluguer de bicicletas que vai lançar tire muitos automóveis das ruas. Já o plano de melhoria da qualidade do ar fala na renovação das frotas de autocarros e de táxis. Dos 745 veículos que a Carris tem ao seu serviço apenas 37 são movidos a gás natural, embora os restantes respeitem, segundo Nuno Correia, as directivas que obrigam a baixas emissões de dióxido de carbono. O trabalho ontem publicado fala em 50 novos veículos a gás natural para a Carris, mas a transportadora acabou de lançar concurso para comprar apenas mais 20. "Ainda não são tão eficientes como os que usam gasóleo, mas têm vindo a melhorar", observa o responsável. A criação de corredores especiais de circulação para viaturas com maior número de ocupantes é mais uma medida a ter em conta. A ideia é para aplicar nas vias estruturantes, sobretudo nos principais acessos a Lisboa. Outra ideia, embora não prioritária, passa pela cobrança de uma taxa de circulação na Baixa nos dias úteis, aplicável a não residentes.»
FOTO: Praça dos Restauradores no início do séc. XX antes do abate dos jardins para facilitar a crescente circulação rodoviária. Imagem de Paulo Guedes (1886-1947). Fonte: Arquivo Fotográfico Municipal