in JN, 25 de Setembro de 2008
Os cerca de 300 a 350 cepos de árvores abatidas que existem por toda a cidade de Lisboa vão desaparecer até meados de Fevereiro, Março, assegurou, ao JN, José Sá Fernandes, vereador do Ambiente e dos Espaços Verdes.
De acordo com o autarca, que ontem acompanhou uma acção de remoção de cepos na Avenida General Roçadas, na freguesia de Penha de França, já foram removidos restos de troncos e raízes nas freguesias do Coração de Jesus, São João de Brito, São João de Deus e São Sebastião da Pedreira, num total de 44 cepos arrancados.
A primeira acção de retirada de cepos, arranjo dos passeios, manutenção do arvoredo e plantação de espécies nas caldeiras vazias pela cidade remonta a Dezembro do ano passado. Nessa altura, foram removidos 45 cepos. A empreitada que agora decorre arrancou a 15 de Setembro e prevê a retirada de um total de 143 cepos por toda a cidade. Em meados de Outubro, arranca a segunda fase desta operação, que deverá estender-se pelo mês de Novembro, altura em que terá início a replantação de novas árvores em substituição dos troncos e raízes secas, por ser esta a data mais adequada às replantações.
Segundo Sá Fernandes, uma das grandes inovações da empreitada prende-se com o método que está a ser utilizado para arrancar os cepos. Em vez da tradicional retroescavadora, que além de puxar as raízes arrasta consigo calçada e pavimento, está a ser aplicado como ferramenta de trabalho um cilindro oco que vai rodando em redor do cepo, cortando as raízes.
O cepo acaba por sair quase de forma cirúrgica, sem causar danos na zona em redor. A operação dura entre 30 minutos e uma hora, mas o método não pode ser aplicado em todos os locais, já que pode colidir com infra-estruturas instaladas no subsolo, explicou o vereador José Sá Fernandes. Se houver condicionantes no terreno, a Câmara de Lisboa recorrerá à tradicional retroescavadora ou ao destroçamento das raízes.
FOTOS: cepo no Largo da Igreja de Santos-o-Velho e caldeira vazia na Rua D. Pedro V.
2 comentários:
Bom tema. Sugestão de um próximo, não sei se já tratado - antes que chegue o final do Inverno e comecem a razia: as podas selváticas! Feitas nos nossos jardins, nas nossas árvores, por empresas subcontratadas pelas câmaras - um crime!
Obrigado pelo seu comentário e pela sugestão das podas incorrectas.
Se souber de casos de árvores em perigo, não hesite em nos escrever.
É essencial denunciar os maus tratos de árvores, mas com um espírito pedagógico, porque quase sempre a destruição tem origem na falta de informação, no simples desconhecimento.
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