domingo, 13 de dezembro de 2009

Conferência: 150 anos depois da descoberta da Welwitschia

The Mirabilis Experience
150 anos depois da descoberta da Welwitschia

por SARA ALBUQUERQUE

Anfiteatro Aurélio Quintanilha

Dia 17 de Dezembro de 2009 às 18 h

O botânico Austríaco, Friedrich Welwitsch (1806-1872), começou a trabalhar em Portugal em 1839. Só mais tarde, em 1853, seria enviado numa expedição a Angola pelo governo Português. Durante esta expedição efectou cerca de 8000 colheitas botânicas correspondendo a 5000 espécies, das quais 1000 não tinham ainda sido descritas. Isto representa, provavelmente, a colecção mais significativa feita desde sempre na África Tropical. Foi igualmente nesta viagem a Angola que Welwitsch, descobriu Tomboa, no dia 3 de Setembro de 1859, a famosa planta do deserto do Namibe, que mais tarde foi denominada de Welwitschia por Hooker em honra de Welwitsch.

Depois do seu regresso à Europa, Welwitsch decidiu estudar as suas colecções em Londres, dado que estas não poderiam ser identificadas em Portugal. Depois da sua morte, em 1872, seguiu-se um processo em tribunal que durou 3 anos, onde se decidiu quem ficaria com as colecções, envolvendo conflitos entre Kew e o Natural History Museum... mas isto foi só o início da história....

Onde estão agora as colecções?
Porque tinha Livingstone inveja de Welwitsch?
E porque fora Welwitsch enviado a Angola pelo Governo Português?
O que disse Hooker quando viu Welwitschia pela primeira vez?

Nesta apresentação, para além de se desvendarem estas questões, pretende-se explicar os detalhes do projecto sobre as colecções africanas e revelar a história que não foi contada…

No ano de 2009, em que se celebra Darwin e a publicação da Origem das espécies, também se celebra o aniversário da descoberta da Welwitschia e se relembra quem foi Friedrich Welwitsch.
Este aniversário, foi comemorado no dia 3 de Setembro deste ano com uma palestra na Linnean Society of London, palestra esta, que se irá repetir no Jardim Botânico – MNHN no dia 17 de Dezembro 2009.

Actualmente, Sara Albuquerque é bolseira da FCT e encontra-se a desenvolver o seu Projecto de Doutoramento “Cross-cultural histories of Tropical Botany in Latin America”, em Royal Botanic Gardens – Kew e no Birkbeck College (University of London).

Sara Albuquerque iniciou a sua ligação ao Jardim Botânico – MNHN em 2004, como voluntária no Serviço de Extensão Pedagógica e, pouco tempo depois, como Guia do Jardim. Realizou o seu Estágio de Fim de Curso de Biologia (Universidade de Évora) no Herbário LISU. Neste trabalho, iniciado em Outubro de 2005, estudou parte das colecções africanas de Welwitsch em LISU (Iter Angolense 1853 – 1860.). O contacto com a obra deste botânico, abriu portas para novos projectos “Welwitschianos” envolvendo, para além do JB-MNHN, outras instituições, tais como RBG – Kew e Natural History Museum (Londres), de que resultaram algumas publicações, nomeadamente nas revistas Taxon e Strelitzia (em colaboração com R.K. Brummitt) e palestras (Royal Botanic Gardens-Kew e The Linnean Society of London).

Foto: Welwitschia mirabilis Hook.f. (Fonte: www.biolib.cz)

2 comentários:

Arlindogarden disse...

Acabo de fazer uma visita ao JBL subordinada ao tema Agaves e Aloés, que gostei muito. A lição do Sr Jose Lérias foi magnífica.
Ao ler o post de hoje, verifico que há mais pessoas preparadas para guias.
Uma vez que nem todos os amigos do JBL o conhecem assim tão bem, porque não organizar outras visitas guiadas ?

Amigos do Jardim Botânico disse...

Muito obrigado pleo seu comentário e sugestão. Estão planeadas mais visitas guiadas ao JB que oportunamente serão divulgadas neste blogue. Não deixe de nos visitar tanto no JB como aqui no blogue da LAJB!