sexta-feira, 31 de julho de 2009

Jardim Botânico de Singapura: «our triple role»


OUR TRIPLE ROLE

Botanical institution
Tourist destination
Regional park

OUR VISION

A tropical botanical garden of international renown.
A national icon, key tourist destination and flagship park.

OUR MISSION

Connecting people and plants through publications, horticultural and botanical displays, educational outreach, and events, provision of a key civic and recreational space, and playing a role as an international Gardens and a regional centre for botanical and horticultural research and training.


FOTOS: Centro de Acolhimento de Visitantes do Jardim Botânico de Singapura com cobertura vegetal

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Jardim Botânico de Singapura: «connecting plants and people»

Ao longo dos seus 150 anos de história, o Singapore Botanic Gardens (SBG) desempenhou um papel muito importante no desenvolvimento cultural, social e económico de Singapura.

Embora o jardim continue leal aos seus princípios fundadores, isto é, uma instituição para pesquisa e educação botânica, também se transformou num espaço cívico muito amado pelos cidadãos assim como uma das maiores atracções turísticas de Singapura.

Recentemente a Time Magazine escolheu o Jardim Botânico de Singapura para a categoria "Best Urban Jungle" na Ásia. E no guia Michelin este belo jardim aparece com a classificação máxima de 3 estrelas.

Seguindo aquela que é a missão principal da instituição, «connecting plants and people», foi desenvolvido um programa especial de actividades a propósito dos 150 anos.

O programa oficial das comemorações começou no passado dia 3 de Abril com uma cerimónia de plantação simultânea de uma árvore no Singapore Botanic Gardens e no Kew Royal Botanic Gardens, em Londres, que celebra este ano 250 anos de vida! Ainda no mesmo dia foi lançado o livro comemorativo "Gardens of Perpetual Summer".

Não há dúvida que o Jardim Botânico de Lisboa podia aprender com este exemplo de sucesso da Ásia.

Para saber mais sobre as celebrações dos 150 anos do Jardim Botânico de Singapura, consulte o programa em http://www.sbg.org.sg/SBG150thAnnEvents-Brochure.pdf

FOTO: Jovem exemplar da famosa Lodoicea maldivica.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Jardim Botânico de Singapura: 150 anos

Sir Stamford Raffles, the founder of Singapore and a keen naturalist, established the first botanical and experimental garden on Government Hill (Fort Canning Hill) in 1822, shortly after his arrival in Singapore. He aimed to introduce cultivation of economic crops such as cocoa and nutmeg. However, without a full-time salaried director and sufficient funding, the garden languished and was closed in 1829, after Raffles' death.

The Gardens at its present site was founded in 1859 by an Agri-Horticultural Society. Planned as a leisure garden and ornamental park, the Society organised flower shows and horticultural fetes. In 1874, the Society handed over management and maintenance of the site to the government. The scientific mission of the Gardens evolved when the colonial government assumed management and deployed Kew-trained botanists and horticulturists to administer the Gardens.

It is fair to say that the history of the Gardens is in many respects the history of its dedicated administrators. The Gardens' first Director, Henry Nicholas Ridley, came to the Gardens in 1888 and worked tirelessly for the next 23 years to usher the Gardens into the twentieth century and its most productive period historically. Ridley's zealous persistence in persuading Malaya's planters to grow rubber trees earned him less than flattering nicknames such as "Mad Ridley" and "Rubber Ridley". During the 1890s and early 1900s, Ridley devised successful propagation methods and also discovered a way to harvest commercial quantities of latex without harming or killing the trees. He advocated the large-scale cultivation of rubber in Malaya. Planters in Malaya largely ignored Ridley until their coffee plantations were devastated by disease and they desperately required a new cash crop. During this time, demand for rubber soared as the automobile industry boomed. As Ridley had turned the Gardens forest clearings and waste land over to rubber, the Gardens had a ready source of seed supply when the rubber rush came. The Gardens' revenue multiplied greatly as the region became a major market for the rubber trade. The plants at the Botanic Gardens became the basis for Southeast Asia's rubber industry, an industry that generated fortunes.

Beginning in 1928, Professor Eric Holttum, Director of the Gardens from 1925 - 1949, set up laboratories and conducted the first experiments in orchid breeding and hybridisation. The results of these experiments, free flowering and hardy orchid hybrids laid the foundation for the multi-million dollar cut flower industry. Since then, outstanding hybrids have been cultivated in the Gardens and received recognition worldwide.

By the mid 1960s, the Gardens was taking a leading role in the greening of Singapore. To meet the need for urban landscapes and recreational areas, the Gardens' staff became involved in supplying planting material and in plant introduction to increase the variety and colour in road side and park plantings.

In 1973, the Botanic Gardens merged with the Parks and Trees branch of the Public Works Department, which became the Parks and Recreation Department.

In 1988, a big leap forward occurred when Dr Tan Wee Kiat became Director of the Gardens. While the Gardens remained committed to its role in making Singapore a Garden City and meeting recreational needs, renewed focus on being a leading international institution for tropical botany was established. Excellence in botanical research, education programmes and preservation of the cultural heritage of the Gardens were emphasised. Under Dr Tan's direction, the 3-hectares National Orchid Garden, a major tourist attraction today, was established.

In June 1990, Singapore Botanic Gardens came under the management of the newly formed National Parks Board. The Gardens embarked upon a comprehensive improvement programme to bring it to the forefront of botanical and horticultural activity by the 21st century. Dr Tan became the Chief Executive Officer of this new National Parks Board.

In July 1996, the Ministry of National Development merged the National Parks Board and the Parks and Recreation Department into a single authority to look after the greening and beautification of Singapore. The name of the authority, a statutory board remains as National Parks Board. Dr Chin See Chung took over the challenging role of Director of the Gardens. Besides continuing the Gardens' traditional roles in research, education and conservation, Dr Chin is steering the Gardens on a long term upgrading programme to provide better public facilities and amenities. New attractions, such as the Ginger Garden, Evolution Garden, Coolhouse and the Children's Garden are being added to keep the Gardens relevant as a leading destination. Today, under the continued stewardship of Dr Chin, the Gardens is geared towards entrenching itself as a tropical botanical institution of international renown, a key tourist destination and a flagship park. in http://www.sbg.org.sg/

Plataforma por Monsanto foi distinguida com Menção Honrosa

A Plataforma por Monsanto foi distinguida, com uma Menção Honrosa, no Prémio Nacional de Ambiente atribuído anualmente, desde 1999, pela Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente.

A Plataforma , cujo objectivo principal é a defesa do Parque Florestal de Monsanto em Lisboa, foi distinguida " pela forma persistente e continuada na defesa do Parque Florestal de Monsanto, nos últimos anos, no âmbito da defesa dos interesses dos cidadãos e do meio ambiente."

«O Parque Florestal de Monsanto é uma estrutura fundamental para toda a área metropolitana de Lisboa. É essencial para a qualidade de vida da nossa cidade e para o nosso futuro. Cada um de nós tem o direito dele usufruir mas também o dever de o defender e ajudar a preservar.» in http://arvoresaopoder.blogspot.com/

Os nossos parabéns à Plataforma de Defesa do Parque Florestal de Monsanto!

FOTO: Casa de guarda florestal rodeada de jovens pinheiros mansos (c.1952). Imagem de Salvador de Almeida Fernandes, Arquivo Municipal de Lisboa.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Largo do Rato: Carta ao Vereador do Urbanismo

Exmo. Arq. Manuel Salgado,

A Liga dos Amigos do Jardim Botânico (LAJB) da Universidade de Lisboa vem por este meio aplaudir a intenção da Câmara Municipal de Lisboa em lançar um concurso público de ideias para o Largo do Rato.

O actual modelo de ocupação deste espaço público apenas promove uma mobilidade insustentável como o uso do transporte individual dentro da cidade. O espaço para os peões é insuficiente e hostil. O largo não tem conforto ambiental devido, em grande parte, ao número reduzido de árvores e à impermeabilização do solo. O peão foi secundarizado por iniciativa da própria câmara.

Este espaço público de referência de Lisboa é um paradigma das políticas urbanas centradas no transporte individual que ao longo das últimas quatro décadas foram responsáveis pela redução da largura de passeios e abate de árvores.

Aproveitamos para chamar atenção para o facto da área urbana envolvente ao Largo do Rato sofrer também de problemas idênticos. Assim, esperamos que sejam incluídos no futuro concurso a melhoria da mobilidade pedonal em toda esta área urbana, como por exemplo o alargamento de passeios e/ou a arborização dos seguintes arruamentos:

- Rua da Escola Politécnica
- Rua do Salitre
- Rua Alexandre Herculano
- Calçada Bento da Rocha Cabral
- Rua das Amoreiras
- Rua D. João V
- Av. Álvares Cabral
- Rua de S. Bento

Estes arruamentos estão sobrecarregados com estacionamento à superfície não oferecendo segurança nem atractividade aos peões. É preciso também melhorar a ligação pedonal às três "praças" na envolvência do Largo do Rato:

-Praça das Amoreiras
-Largo Hintze Ribeiro
-Largo de São Mamede

Por último alertamos para a necessidade de criar um novo percurso pedonal entre a Rua de S. Bento e a Rua da Escola Politécnica, nomeadamente através do Largo Hintze Ribeiro. Uma maior permeabilidade dos longos quarteirões fechados traria grandes vantagens na mobilidade pedonal do nosso bairro.

Só com uma intervenção integrada e abrangente será possível transformar a área urbana do Rato num lugar onde o andar a pé passe a ser uma opção natural de mobilidade dos cidadãos.

Liga dos Amigos do Jardim Botânico

NOTA: Carta enviada hoje ao Vereador do Urbanismo da CML.

FOTO: Área urbana do Rato na Planta nº 26 do Atlas da Carta Topográfica de Lisboa, 1857. Arquivo Municipal de Lisboa.

domingo, 26 de julho de 2009

Alfaces numa antiga caixa-forte de banco!

GARDEN CITY - TOKYO

Once the domain of rural backwaters, farming in Japan is undergoing an urban makeover. From sweet potatoes on skyscraper rooftops to rice fields in office basements, a growing number of urban farms are taking root in Tokyo.

Businesses are transforming empty spaces into green havens in a bid to reduce global warming while revitalising an ailing farming industry. Long working hours, the recession and food safety concerns following a string of scandals further boost the appeal of urban farming.

Meanwhile, Tokyo governor Shintaro Ishihara is encouraging companies across the capital to introduce plant and vegetable gardens on top of skyscrapers in a effort to reduce overheating in the capital city. In the financial district, Otemachi, six urban farmers toil among potatoes and pumpkins in a futuristic basement space operated by the human resources company Pasona (pictured). this urban farm - which used to be the vault of a major bank - is maintained using computer-controled artificial light and temperature management.

«Our mission is 'to solve society's problems'," says a spokeswoman. «The farming population is declining in Japan. Our goal is to create job opportunities in the agriculture section." The company's workers eat the produce.

in MONOCLE, Fevereiro 2009

FOTO: Alfaces a crescer numa antiga caixa-forte de banco em Tóquio!

sábado, 25 de julho de 2009

Espanha: Premios Ciudad Sostenible

A Fundació Fòrum Ambientale é uma entidade sem fins lucrativos que tem como objectivo criar uma plataforma de diálogo e colaboração entre as empresas, a adminsitração pública e a sociedade civil em geral, com a finalidade de conseguir criar em conjunto um modelo de desenvolvimento mais sustentável que o actual.

Em 2002 esta Fundação, com o apoio da Fira de Barcelona, criou os Premios Ciudad Sostenible como reconhecimento do esforço dos municípios na área do desenvolvimento sustentável. Este prémio, de periodicidade anual, é entregue a municípios com mais de 5000 habitantes que tenham implementado, com sucesso, acções dirigidas á sustentabilidade e que evidênciem a existência de um compromiso político com o desenvolvimento sustentável. A cidade de Murcia foi a vencedora do prémio de 2009.
Em 2007, Vitoria-Gasteiz foi considerada a cidade mais sustentável de Espanha. Mais de 50% das deslocações nesta pequena cidade do norte de Espanha são feitas a pé; o número de proprietários de bicicletas aumentou de 8000 para 18500 entre 2003 e 2006.

O município promove combustíveis alternativos - 50% dos autocarros funcionam a biodiesel mas o objectivo são os 100% já em 2012.

Vitoria e Murcia são exemplo para toda a Espanha e não só, pois fazem um grande esforço para melhorar o ambiente.

Para saber mais sobre a Fundació Fòrum Ambientale e o Premios Ciudad Sostenible:

FOTO: Plaza de Santo Domingo em Murcia.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Casal de Pato-Real no Jardim das Cebolas

Um casal de Pato-real procura alimento e sombra num recanto do Jardim das Cebolas. O Jardim Botânico tem vários casais de Anas platyrhynchos. Infelizmente já não temos cisnes. Por agora só as fotografias de arquivo nos mostram casais de cisnes brancos no Lago de Baixo.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Curso de Guias do Jardim Botânico 2009

Curso de Guias do Jardim Botânico do MNHN

De 3 de Setembro a 8 de Outubro de 2009

Aulas teórico-práticas à 2ª e 5ªfeira, das 18h00 às 19h30

O curso será ministrado por Alexandra Escudeiro, coordenadora do Serviço de Extensão Pedagógica do Jardim Botânico do MNHN.

Preço: 100 euros

Os candidatos devem enviar CV com foto para maescudeiro@museus.ul.pt

Convém ter conhecimentos de Botânica. Para quem não demonstre ter concluído cadeiras do ensino superior na área, serão feitas entrevistas prévias. As inscrições estão abertas até 28 de Agosto.

Informações: maescudeiro@museus.ul.pt

FOTO: O guia Francisco Branco durante uma visita de alunos do Colégio Luísa Sigea (19 de Fevereiro de 2009).

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Reabriu Jardim e Miradouro Botto Machado


«O jardim e miradouro Botto Machado, no Campo de Santa Clara, abriu totalmente renovado após grandes obras de requalificação, no dia 22 de Julho. A reabertura do jardim contou com a presença do vereador do Espaço Público e Espaços Verdes, José Sá Fernandes, que procedeu ainda à inauguração do novo quiosque Olisipo colocado naquele espaço.

As obras realizadas no jardim incluíram a requalificação de pavimentos e das zonas verdes, restauro de equipamentos, património e mobiliário urbano e substituição da iluminação pública, no valor global de cerca de 260 mil Euros. Esta obra permitiu renovar a imagem do jardim através da alteração significativa da vegetação, possibilitando agora uma maior amplitude de vistas e utilização, uma vez que os canteiros, quase todos inacessíveis anteriormente, serão devolvidos ao público.

Hoje foi também inaugurado o novo quiosque com esplanada do jardim Botto Machado. A concessão do direito de exploração do equipamento, atribuída em concurso público, é por um período de 5 anos, prorrogável até 8 anos. O quiosque está colocado junto ao parque infantil.
Depois de concluídas as obras de requalificação dos miradouros da Senhora do Monte, da Graça (rebaptizado de Sophia de Mello Breyner) e de São Pedro de Alcântara, a CML prossegue a estratégia de requalificação dos miradouros de Lisboa, locais abandonados durante demasiados anos.

Em fase de obra estão actualmente vários miradouros históricos da cidade: Monte Agudo (Anjos), Penha de França, Alto do Parque Eduardo VII (São Sebastião da Pedreira) e Torel (São José).» in http://www.cm-lisboa.pt/

Manhas e Artimanhas no Jardim Botânico!

Ciência Viva no Verão no Jardim Botânico

Manhas e Artimanhas! é o nome da acção que decorrerá no Jardim Botânico no próximo dia 27, pelas 10h00.

Integrada no programa Biologia no Verão, e conduzida por Alexandra Escudeiro, pretende-se dar a conhecer que a sobrevivência dos mais aptos determina a selecção dos seres vivos. Através das plantas do Jardim Botânico ficamos a conhecer as diferentes adaptações: à secura, à humidade, ao vento, ao frio do Inverno e ao calor do Verão, à escassez de alimento e ao ataque de outros organismos.

FOTO: o tronco coberto de espinhos da Chorisia crispifolia.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Nymphaea alba

When words are both true and kind, they can change the world.

Buda

Foto: Nenúfar branco (Nymphaea alba)

segunda-feira, 20 de julho de 2009

«Meanwhile, back in the city»

The Meanwhile Gardens, a little urban green space not far from where I live, are not Kensington Gardens (though they lie just within the Royal Borough), let alone the hanging gardens of Babylon or the gardens of the Summer Palace in Beijing, thoughtlessly destroyed by British troops during the Opium Wars. Nor are they the gardens of Kubla Khan’s pleasure dome in Xanadu. They are decidedly modest in scale, just a four-acre ribbon of trees, walks, borders, ponds and beds hugging the south side of the Grand Union Canal as it meanders from Paddington towards Kensal Green.

All the same, they do what city gardens should do – they provide breathing space and greenery and surprising beauty in what was once a desperately poor zone and is still classified as a deprived ward. Children appreciate them; at one end there is a playhut and a skateboard park. For those requiring a quiet space for contemplation, there is a scented courtyard. The charity Mind in Kensington and Chelsea runs horticultural training schemes out of the gardens for people who have experienced mental health problems. The Meanwhile Gardens are rich in wild flowers and wildlife: the other day I heard blackcaps and chiffchaffs and willow warblers singing together in early summer concert.

I like their somehow provisional and self-deprecatory name. These are not the gardens of some glorious future, of Le Corbusier’s ville radieuse, in which all the problems of urban living have been miraculously solved, once and for all. They’ve had to eke out a place, between a council estate and one of London’s most notorious tower blocks, between the canal and the railway line. The Meanwhile Gardens do not promise salvation; salvation has not yet arrived and maybe never will, but in the meantime, life is still there to be lived.

What does it mean, the meantime or the meanwhile? It could sound like a poor time, an impoverished time. It tends to mean an interim time, the time while we are waiting (for what? for something better?). But the meantime, the meanwhile, is also where we live. Mean can also mean average, middle of the road. So the Meanwhile Gardens could be a place for dwelling as well as waiting, in between one thing and another, between the beginning and the ending, nel mezzo del cammin di nostra vita, or in the middle of the road of our lives, which are always between a beginning and an ending.

This may sound unambitious, but in their small way the Meanwhile Gardens point to something important. Our imperfect, provisional urban lives can be touched by beauty, can be open to flourishing and conviviality as well as mere survival. This was what the Roman poet Martial meant by rus in urbe (the countryside in the city), one of those phrases which has sounded through the centuries while its context has been forgotten.

In fact when Martial uses the phrase, he does so with a good deal of irony. He is writing from clamorously noisy Rome to his friend Sparsus, explaining why he has to take frequent country breaks to be able to think and be quiet. Rome gives him no rest at all. There are schoolteachers bawling in the morning and corn-grinders by night, not to mention hammering and metal-beating (it was a bit like that where I used to live in leafy St John’s Wood). Of course, Sparsus wouldn’t know about any of this; he lives in luxury and peace in his magnificent villa on the Janiculum hill complete with vineyard.

In other words, Martial’s rus in urbe is more of an aspiration than a reality, something in his day enjoyed only by the very rich and yearned for with envy by the hoi polloi. But it is a powerful aspiration, one which has caught the imagination of city-dwellers and planners for 2,000 years. For Martial, rus in urbe seems to be a private preserve in the midst of teeming public urban “noise and smog”. But what if rus in urbe could enter the public realm?

The great parks of cities such as London and Paris mostly started as royal or aristocratic playgrounds before being handed over to the public. The Meanwhile Gardens, on the other hand, were never an aristocratic preserve. Thirty-three years ago a local sculptor called Jamie McCullough had the idea that a derelict industrial area could be turned into a community garden. The council (then Westminster) gave temporary permission; a nickname was coined and it became, paradoxically, permanent.

This modest and provisional achievement, for me, may be a better guide for the cities of the present and the future than either aristocratic largesse or utopian planning. We cannot expect another Hyde Park or Bois de Boulogne; but in cities all over the world there are crannies which, with a bit of imagination and will, can be greened.

This is regeneration in its most basic form; another poet nearer our time, Gerard Manley Hopkins, saw a world already “seared with trade; bleared, smeared with toil”, but he also recognised something else: “There lives the dearest freshness deep down things.”

in Financial Times, 20 de Junho de 2009

Nota: Para saber mais, visite o site oficial do projecto www.mgca.f2s.com/index.html

domingo, 19 de julho de 2009

O Cabaz de Lineu no Jardim Botânico

A partir de amanhã, dia 20 de Julho, inicia-se no Jardim Botânico as acções do programa Ciência Viva no verão.

O Cabaz de Lineu, conduzida por Alexandra Escudeiro, que tem início às 10h00 e pretende desafiar os participantes a trazerem uma planta comestível (folhas, frutos ou flores) para descobrir no Jardim Botânico o seu nome científico.

Mais informações em www.cienciaviva.pt/veraocv/2009/

FOTO: qual será o nome científico do marmeleiro?

O nosso Bairro destacado na revista Monocle!

Royal privilege

For a break from Bairro Alto take a trip to the salubrious neighbourhood of Príncipe Real. The shops along Rua Dom Pedro V sell specialist Portuguese products and new businesses are quick to move in. There's also a park that's home to a farmer's market.

Given its name, Lisbon's Príncipe Real neighbourhood - "Prince Royal" in English - enjoys a privileged position. Located up the hill from Bairro Alto and the bar-hopping crowds, the district is home to leafy squares and elegant residences, many offering panoramas of the city and the Tagus river. There are many independent retailers and particularly attractive are the shops on Rua Dom Pedro V, a street on the quarter's eastern fringe punctuated by colourful townhouses in crimson and pale yellow.

Named after a 19th century Portuguese king, the 300m stretch of pavement boasts antique shops, a gourmet grocer, family pharmacist and a rather unconventional pub. Relatively flat (a godsend in a city of steep inclines), the street is run by shopkeepers who share a strong sense of community - they even throw the odd block party. "It's the most cosmopolitan place in the city," says Marcela Brunken, a Brazilian who runs Fabrico Infinito, a boutique with a garden café. "Before there were just antiques but increasingly the street is adding variety."

New arrivals this year include a Spanish retailer selling niche womenswear labels and a chef from Sarajevo who opened an upscale restaurant just off the strip. There are also rumors of a tea salon coming soon. Proprietors are mindful to keep their slice of sidewalk shipshape. "It just feels very neighbourly," says florist Maurício Fernandes of Em Nome da Rosa. "I love the older buildings and the gardens."

Heading west, Rua Dom Pedro V flows into Príncipe REal square and the picturesque park of the same name. Laid out in the 1860s to replace a rubbish heap, it is now an urban refuge where pensioners play cards and couples relax in the shade. Kiosks sell refreshments and newspapers, and the garden café has wi-fi. There is a weekly farmers' market and below ground visitors will discover a 19th century stone reservoir, now a museum, that is sometimes rented out for private functions.

in MONOCLE, Junho 2009

FOTO: Cobertura do Palacete Ribeiro da Cunha, Praça do Príncipe Real

sexta-feira, 17 de julho de 2009

O nosso Bairro: Mercado de Agricultura Biológica


O nosso Bairro teve a sorte de ser escolhido para o primeiro Mercado de Agricultura Biológica no centro de Lisboa. E é mesmo ao lado do Jardim Botânico!

Descubra o sabor genuíno dos alimentos produzidos de forma natural sem recurso a pesticidas nem fertilizantes químicos. Comer bio é optar pela qualidade nutricional dos produtos e pela protecção do ambiente. A agricultura biológica utiliza práticas de conservação e melhoria da fertilidade do solo e da preservação da biodiversidade, bem como o respeito pelos ciclos naturais. Oferece os produtos tal como a Natureza os previu: sem artifícios!

Faça as suas compras no Mercado de Agricultura Biológica, todos os sábados de manhã, na Praça do Príncipe Real, vizinha do nosso Jardim Botânico. Apoie os agriculturores que optaram pelo modo biológico. Faça uma alimentação saudável, escolha comer bio!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Proposta de revisão do plano regional da AML dá prioridade à ferrovia contra o automóvel

«Nos últimos anos "não foi possível suster o processo de fragmentação e dispersão urbanas" da região. A versão preliminar do novo Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa (PROTAML) sugere mudanças nas prioridades de investimento público ao nível dos transportes, apostando no modo ferroviário para contrariar o "excessivo" uso do rodoviário.

"A transformação profunda que se propõe no paradigma do transporte de pessoas e mercadorias (...) implica alterações nas prioridades de investimento público", refere a primeira versão do documento final da revisão do plano, aprovada na última reunião da comissão consultiva que acompanha os trabalhos. O PROTAML abrange a Grande Lisboa e a península de Setúbal, com uma população de 2,75 milhões de habitantes e uma área de 2944 quilómetros quadrados.

De acordo com a proposta preliminar, citada pela agência Lusa, "devem prevalecer (...) os transportes colectivos em sítio próprio, com primazia para o comboio, o metro, o metro ligeiro ou outros modos correspondentes, adequados às procuras". "Foi no domínio dos Transportes e Logística que o PROT 2002 menos resistiu às transformações estruturais que entretanto se verificaram", salienta o texto, realçando a "excessiva expansão do uso do transporte individual" e a "ausência de uma visão e de uma praxis no que concerne ao sistema de transportes". "A inexistência de uma entidade metropolitana de transportes e a incontrolada dispersão das actividades por todo o território (...) são as duas dimensões maiores do desastre económico, urbanístico e ambiental", refere o texto.

Em relação às dinâmicas territoriais 2002-2009, "as grandes linhas foram antecipadas pelo PROTAML 2002", sobretudo no que se refere à compactação de algumas áreas urbanas menos consolidadas e à afirmação de um conjunto de pólos que fortaleceram o potencial de policentrismo da Área Metropolitana. A equipa da revisão do plano reconhece que "não foi possível suster, em várias frentes, tanto na península de Setúbal como na Grande Lisboa, o processo de fragmentação e dispersão urbanas, não obstante algumas acções de sucesso por parte das autarquias municipais". "O automóvel individual, em correlação com o expressivo crescimento das infra-estruturas rodoviárias, foi o principal suporte deste dinamismo", conclui.

A proposta nota ainda que, apesar dos esforços conjuntos do Estado central e das autarquias, "ainda persistem importantes núcleos de habitats precários ou muito degradados, assim como áreas de habitação social em processo de declínio". O documento frisa que as áreas industriais desactivadas têm uma forte representação na região, "com particular expressão na península de Setúbal, de Almada a Alcochete e no concelho de Setúbal, entre outros. O sistema urbano, com os ajustamentos que agora são propostos, "vai permitir não só uma melhor localização das actividades económicas que o suportam como a sua distribuição harmoniosa, mitigando as conflitualidades na ocupação do território", refere.

«2,75 milhões pessoas vivem na área da Grande Lisboa e região de Setúbal objecto do plano»

in Público 15/7/2009

FOTO: Lisboa vista da Rua do Milagre de Santo António

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Seminário: Controlo Integrado de Pragas em Bibliotecas, Arquivos, Museus e Monumentos

Seminário «Controlo Integrado de Pragas em Bibliotecas, Arquivos, Museus e Monumentos», organizado pelo IICT, IMC e pelo Gabinete de Estudos a&b. Este seminário irá decorrer em Lisboa a 12 e 13 de Outubro. O primeiro dia, que será teórico, terá lugar no Museu Nacional de Etnologia e o segundo dia, de workshop, terá lugar no Arquivo Histórico Ultramarino.

As inscrições recebidas até 18 de Agosto terão um desconto no valor do pagamento.

Até 15 de Agosto podem ser enviadas propostas para posters na área do controlo de pragas que serão depois apresentados no 1º dia de seminário.

Os interessados devem enviar um resumo do tema para:

Instituto de Investigação Científica Tropical
Rua da Junqueira, nº 86 - 1ºandar
1300-344 Lisboa

Tel: +351 213616330
Fax: +351 213616339
manuelacarvalho@iict.pt

FOTO: Biblioteca da antiga Escola Politécnica.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O nosso Bairro: Rua Vale do Pereiro, 7-9

Este raro imóvel pombalino do nosso bairro não vem referenciado na Carta Municipal do Património anexa ao PDM, o que revela que o levantamento do património na área do PUALZE precisa de ser revisto.

A Rua do Vale do Pereiro é um arruamento anterior à abertura do Bairro Barata Salgueiro nos finais do séc. XIX. Este esquecido edifício do séc. XVIII sobreviveu às transformações urbanas dos últimos dois séculos, apresentando ainda as coberturas em mansarda segundo o desenho criado por Carlos Mardel para os prédios pombalinos da Baixa.

Em 2006 foi entregue na CML um pedido de licenciamento para construção nova (Processo Camarário nº 1564/EDI/2006). A LAJB discorda e defende a reabilitação deste imóvel que é contemporâneo do antigo Colégio dos Nobres. Acresce ainda o facto das traseiras deste imóvel confinarem com um logradouro onde existe um exemplar monumental de Ficus macrophylla. No início de 2009 a LAJB, no seu documento de participação na consulta pública do PUALZE, protestou contra a eventual demolição deste imóvel. Perguntamos: o PUALZE vai conseguir estancar a demolição do nosso património arquitectónico, como é o caso do mais antigo testemunho da Rua do Vale do Pereiro?

sábado, 11 de julho de 2009

O exemplo do PARQUE DE SERRALVES - III

PAISAGEM DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA (DESDE 1986)

O nascimento do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, em 1996 veio representar outro momento fundamental na história do Parque através de nova intervenção na paisagem. Esta aconteceu numa parcela lateral ocupada por uma horta e um laranjal e foi dirigida por João Gomes da Silva (com a colaboração de Erika Skabar), arquitecto paisagista convidado por Álvaro Siza Vieira. A história do lugar, a sustentabilidade do espaço e a topografia foram os aspectos estruturadores do projecto que tinha em conta não só a presença do novo edifício, como o seu programa e usos.

Uma nova paisagem foi então redefinida tendo em conta os espaços envolventes e a sua relação com o novo edifício. Criaram-se maciços vegetais nas orlas existentes (jardim de Gréber, a Mata e o muro da Quinta) delimitando-se a sua localização face aos jardins, a Mata e o exterior. Junto às orlas definem-se, então, três clareiras. Uma, a Norte, envolvida por três pequenos bosquetes de bétulas e azevinhos assinala a entrada do Museu. Outra, localizada entre o Roseiral e a Mata está salpicada de Teixos que, em contraluz ao fim do dia, contrastam com o museu exposto ao sol. Finalmente, no espaço onde o muro e a Mata se cruzam deparamos com a terceira clareira caracterizada pela presença de quatro maciços paralelos de Azinheiras, delimitada por uma longa sebe de Pilriteiro.

Esta paisagem é também caracterizada pelas espécies que a constituem. Ao contrário da flora exótica que Gréber introduziu, optou-se pelo trabalho sobre a vegetação autóctone do Norte de Portugal, incluindo espécies como a Bétula, o Azevinho, os Carvalhos, o Teixo, o Pilriteiro e as Urzes, procurando-se assim permitir ao público um outro conhecimento desta natureza. Serve também de suporte de exposições e obras de arte em regime temporário ou permanente e de percurso dirigido aos visitantes. Modelado pelas condições que o edifício do Museu coloca, trata-se de um espaço que é definido topologicamente como extremidade de uma bacia aberta, separada dos outros jardins. Fluindo em direcção à Mata através de um declive na encosta permite-nos entrever a silhueta do Museu cuja relação com a luz adquire especial importância pois ao longo do ano a sua imagem transfigura-se perante os contrastes e variações da luminosidade.

RECUPERAÇÃO

A alteração da função original – de espaço de habitar, privado e exclusivo, a espaço de produção e difusão de cultura, público e inclusivo –, associada ao estado de conservação que caracterizava os sistemas e os lugares que constroem a paisagem de Serralves, prescreveu a necessidade de implementar um Projecto de Recuperação.

Esta intervenção permitiu, de modo integrado e antecipativo, requalificar e valorizar esta paisagem, sendo um instrumento operativo para analisar e actuar no Parque de Serralves, de forma total, sistematizada e integrada, no espaço e no tempo, tempo este que ultrapassará significativamente o decurso das obras.

O Projecto de Recuperação para o Parque Serralves, cujos estudos se iniciaram em 2001, teve como filosofia geral de intervenção a Reabilitação. Esta consiste na adaptação dos espaços e/ou dos elementos estruturantes e de composição através de várias intervenções, as quais permitem solucionar os problemas que afectam o uso, a função e a aptidão actuais e futuras. A Reabilitação é um processo de intervenção através do qual a integridade do património é salvaguardada.

A área de intervenção definida pelo Projecto de Recuperação inclui o espaço do jardim projectado em 1932 por Jacques Gréber e outras áreas da propriedade da Fundação de Serralves, como sejam os limites Sul e Sudeste com características agrícolas, e a mata localizada a Oeste. Apenas o espaço envolvente do edifício do Museu de Arte Contemporânea, bem como a Colecção de Plantas Aromáticas, estão excluídos do Projecto de Recuperação. A empreitada de realização do projecto foi subdividida em 14 áreas de execução temporal e espacialmente faseada, tendo permitido manter o Parque de Serralves aberto ao público durante a obra, investindo o próprio processo de obra, acompanhado de um plano de comunicação in situ e in visu, de uma função pedagógica.

A autoria do Projecto é partilhada entre Claudia Taborda, à altura Directora do Parque, e que nessa qualidade definiu o seu conteúdo programático e orientou a sua produção, e João Mateus, arquitecto paisagista escolhido por concurso para a sua realização. A concepção do Projecto de Recuperação e Valorização do Parque de Serralves foi acompanhada por um Conselho Consultivo constituído pelos arquitectos paisagistas Aurora Carapinha, Teresa Andresen, Gonçalo Ribeiro Telles e Ilídio de Araújo.

Nota: texto retirado de http://www.serralves.pt/

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O exemplo do PARQUE DE SERRALVES - II

QUINTA DO LORDELO E QUINTA DO MATA-SETE (ATÉ 1925)

Provavelmente desenhado por um dos viveiristas da cidade, e inspirado nos modelos victorianos de final de oitocentos, o jardim da Quinta do Lordelo apresentava um primeiro núcleo que se desenvolvia nas traseiras da casa com canteiros de formas orgânicas enriquecidos por espécies ornamentais, ao gosto da época. Este jardim culminava, a Sul, numa balaustrada que olhava de cima o lago de contornos orgânicos onde uma ilha central, à qual se ligava uma ponte, e um pequeno pavilhão denotavam o gosto pelo exótico, característico do período. Com uma área significativamente menor do que a presente, a propriedade seria a sucessivamente ampliada pelo Conde de Vizela com a aquisição de terrenos adjacentes, num processo de compras que se prolongaria até aos anos 40, atingindo os actuais 18 hectares.

A Quinta do Mata-Sete, também propriedade da família e herdada pelo irmão do Conde de Vizela, é integrada nesta ampliação por permuta com propriedades urbanas. Na altura da sua inclusão era já caracterizada por estruturas edificadas – pavilhão de caça, celeiro, lagar e casa dos caseiros – informadas por uma idealização da vida rural.

O JARDIM DA CASA DE SERRALVES (1925 A 1950)

Após uma visita, em 1925, à Exposition Internationale de Arts Décoratifs et Industriels Modernes, em Paris, Carlos Alberto Cabral decide intervir na quinta, no âmbito da reformulação da residência, convidando o arquitecto Jacques Gréber a desenhar um novo jardim. O projecto, cujos desenhos conhecidos datam de Agosto de 1932, é caracterizado por um classicismo modernizado, suavemente Déco, influenciado pelos jardins franceses dos séculos XVI e XVII, integrando e adaptando alguns elementos do jardim original, nomeadamente o lago, bem como estruturas agrícolas e de rega das propriedades entretanto em aquisição. Caracterizado por uma estrutura formal geometrizada de composição simétrica e rectilínea, inclui lugares de traçado organicista igualmente geometrizado.

Considerado em Portugal um dos primeiros exemplos da arte do jardim da primeira metade século XX, o jardim de Serralves projectado por Jacques Gréber terá sido o único construído nesse período por um privado, em Portugal, a partir de um projecto de arquitectura de paisagem. Os desenhos de Gréber em posse da Fundação de Serralves não incluem a totalidade da propriedade que hoje conhecemos, e que estava ainda em expansão. Com efeito, terminam a Sul no actual Passeio da Levada e a Poente no Roseiral, pelo que a autoria, ou autorias, dos traçados para além destes limites não pode ser afirmada com precisão. No entanto, e em particular no desenho de um tanque e espaços envolventes na extremidade Sul, pode ser reconhecido um traço idêntico ao do restante projecto de Gréber.

Desenvolvido a partir da Casa, o novo jardim ordena-se a partir de dois eixos perpendiculares entre si. O eixo principal estrutura-se sensivelmente de Norte a Sul na direcção do Rio Douro, ao longo de 500 metros, e é caracterizado por um Parterre d'eau em vários níveis, com planos de água comunicantes, flanqueados por relvados e maciços arbustivos, que parte do grande terraço fronteiro à residência e se estende para além do lago, concluindo-se a Sul já na Quinta do Mata-Sete. No outro eixo, uma álea de Liquidâmbares liga a residência à Marechal Gomes da Costa desembocando perpendicularmente a esta artéria através de uma inflexão no seu percurso. Paralelo a este, a Norte, o parterre lateral constitui-se como extensão da sala de estar da residência. Numa cota inferior, a Sul da álea, encontra-se o Jardim do Relógio de Sol e o Roseiral (originalmente projectado como Jardin Potager) que se abrem sobre o Court de Ténis com pavilhão de apoio. Este último, uma estrutura que faz a sua aparição nos jardins desta época, em resultado do entendimento do desporto como factor de bem-estar bem como de oportunidade social.

A Mata alberga o Lago da Quinta do Lordelo, adaptado e acrescido de um grotto que serve simultaneamente de embarcadouro, bem como estruturas agrícolas de armazenamento e condução de água para a rega. Na Quinta do Mata-Sete encontram-se campos agrícolas com folhas de cultivo e pastoreio, atravessadas pela parte Sul do eixo desenhado a partir da Casa, que culmina num tanque. Esta parte Sul do percurso, bem como o próprio tanque, encontrava-se ladeada de Ciprestes e sebes topiadas.

Nota: texto retirado de http://www.serralves.pt/

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O exemplo do PARQUE DE SERRALVES - I

Serralves é uma referência singular no património da paisagem em Portugal, sintetizando e simbolizando uma aprendizagem e um conhecimento das condições de transformação do território, no espaço e no tempo, num contexto cultural: Portugal e os séculos XIX e XX. O Parque de Serralves, aberto ao público em 1987, após trabalhos de preparação e de recuperação, foi objecto de um Projecto de Recuperação e Valorização, iniciado em 2001 e concluído em 2006, que constitui um contributo significativo para a educação e sensibilização da sociedade para a salvaguarda do património de paisagem, bem como para a necessidade de conciliar o espaço patrimonial com as manifestações e os processos culturais determinados pela sociedade contemporânea, sem hipotecar a sua integridade e permanência. Merecem especial referência os dois prémios já atribuídos ao Parque de Serralves: o prémio da inovação no domínio da educação ambiental da Associação Portuguesa de Museologia – APOM (1996) e o "Henry Ford Prize for the Preservation of the Environment" (1997).

HISTÓRIA

A origem do Parque de Serralves remonta a 1923 quando Carlos Alberto Cabral, 2º Conde de Vizela, herda a Quinta do Lordelo, propriedade de veraneio da família à Rua de Serralves (então nos arredores do Porto), e a sua história divide-se em momentos específicos: os traços do jardim de finais do século XIX da Quinta do Lordelo e a Quinta do Mata-Sete, o jardim de Jacques Gréber para a Casa de Serralves, e a paisagem do Museu de Arte Contemporânea.

Nota: texto retirado de http://www.serralves.pt/

terça-feira, 7 de julho de 2009

EM FLORAÇÃO: Gardenia thumbergia

Nome científico: Gardenia thumbergia L.
Família: Rubiaceae
Nome vulgar: Gardénia

Endémica da África do Sul, Natal e SE da Província do Cabo. Podem ser apreciadas na Classe, junto ao Lago de Cima.

domingo, 5 de julho de 2009

EM FLORAÇÃO: Polymnia uvedalia

Nome científico: Polymnia uvedalia L.
Família: Asteraceae-Heliantheae

Endémica dos EUA, desde o estado de Nova Iorque até Illinois, para Sul até Georgia e Tennessee. Em Bosques ricos e moitas. Cresce até cerca de 2.7 m. As flores são hermafroditas e são polinizadas por insectos. Os belos exemplares do nosso Jardim Botânico podem ser observados na Classe, perto do Lago de Cima.

sábado, 4 de julho de 2009

Proteger a nossa Floresta dos incêndios

Este ano, mesmo antes do início da Primavera, já houve fogos florestais no nosso país. Apesar das medidas de prevenção, cada vez mais do conhecimento público, lamentavelmente parte da cobertura florestal desaparece todos os anos. Reflorestar é uma forma de recuperar o património vegetal perdido. Mas o balanço, após um incêndio e novas plantações, é muito deficitiário em biomassa e biodiversidade. Porque não ardem apenas árvores, ardem também outras plantas, insectos e animais. Parte do Carbono contido na massa ardida é reemitido para a atmosfera, e o habitat de numerosas espécies desaparece. Um incêndio é particularmente destrutivo quando ocorre na Primavera pois a floresta é local de reprodução. Se observar actividades suspeitas e comportamentos de risco numa zona florestal, reporte imediatamente às autoridades.

FOTO: bosque nas margens do Rio Sousa no distrito do Porto.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

ARAUCARIA COLUMNARIS em fase fértil!


Nome Científico: Araucaria columnaris (G. Forst.) Hook.
Família: Araucariaceae
Endémica das Ilhas da Nova Caledónia e de Novas Hébridas.
Nas imagens: Araucaria columnaris em fase fértil, cones femininos globosos e masculinos alongados. Para ver no Arboreto do Jardim Botânico, junto do Portão da Praça da Alegria.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

EM FLORAÇÃO: Nerium oleander


Nome científico: Nerium oleander
Família: Apocynaceae
Nome vulgar: Leandro, Cevadilha, Espirradeira

É um arbusto de folha persistente, e muito venenoso, com flores abundantes cor-de-rosa, brancas ou vermelhas. O fruto é uma vagem. Na Região do Mediterrâneo cresce como planta espontânea, principalmente, em lugares húmidos, em leitos de rios e cursos de água. É cultivado, por toda a parte, como arbusto ornamental e até como árvore de alinhamento, podendo, neste caso, atingir 8 m de altura. Prefere solos permeáveis e situações soalheiras mas depois de estabilizado suporta falta de água e poluição do ar. Sendo uma planta tóxica, deve-se evitar a proximidade com animais, crianças e pessoas alérgicas.

Encontra-se representado em pinturas murais do periodo Romano, nomeadamente em Pompeia.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Seminário sobre Património Científico: Sociedade de Geografia de Lisboa

Hoje, dia 1 de Julho, terá lugar mais uma sessão dedicada ao Património Científico Português, sob o tema O Património da Sociedade de Geografia de Lisboa.

A palestra será na Sociedade de Geografia de Lisboa, às 17h00 e estará a cargo de Manuela Cantinho, do Instituto de Investigação Científica e Tropical.

Esta será a última sessão desdte ciclo de seminários antes do verão, retomando-se as sessões a 30 de Setembro no Museu de Ciência.

FOTO: Conferência na Sociedade de Geografia, início do séc. XX. Alberto Carlos Lima. Arquivo Fotográfico Municipal.