quinta-feira, 30 de abril de 2009

Hortas Comunitárias: «Refuge from a painful past»

John is proud of the chard, beans and fennel he has nurtured in a corner of a north London community garden. For him, the plot is more than a pretty oasis: "It gives me a sense of belonging that I don't get anywhere else. . . . it helps me forget about the past." The 21-year-old, whose woolly hat slips back to reveal the two-inch scar on his forehead from the pistol-whipping he received in 2001, is an asylum seeker. He shares this patch of ground with nine men from Kenya, the Congo, Iran, Iraq and Russia, who are also seeking refugee status.

The Ugandan fled his home five years ago after his father was killed by a gang, who also attacked John and shot him in the leg. After arriving at Heathrow airport, John, then only 16, was abandoned by the guardian who was supposed to arrange a school and home for him. He had no family in the UK (his mother died 10 years earlier) and was mistrustful of people. Eventually he made contact with social services, who found him temporary accommodation. But he suffers from depression, aggravated by the uncertainty over his status, unable to work or claim the same benefits as refugees or British citizens. "It was hard being here; I thought of all these things I'd lost and I found it hard to cope."

But he says meeting fellow asylum seekers through the Room2Heal organisation, part of the Helen Bamber Foundation, which advises and supports refugees and victims of torture, has helped him: "It gives you a family feeling. There are things I can discuss with them that I couldn't with other people." Every Friday without fail John travels across London by bus from Crystal Palace to Islington's Culpeper community garden to tend the plot of land and, especially, to look after the small fir tree he planted in memory of his father.

Psychotherapist Mark Fish set up Room2Heal 18 months ago after working in northern Uganda, where he established a retreat for religious leaders. Alongside the gardening group, Fish also runs a group counselling session that allows the members, who are aged between 20 and 50, to share their problems. Fish says the idea for a plot of land in the garden was originally to provide a space for contemplation and relaxation but its significance has grown: "These people don't have homes. This bit of land is their own. One member told me proudly 'I'm a landlord'; when he said that, he looked radiant."

Culpeper, founded in 1982, has grown from a rubbish tip into an attractive site with ponds, rose pergolas and herb gardens. It is a serene sanctuary from the surrounding traffic and busy shopping area. Dependent on charitable grants for its funding, Culpeper is home to 50 plots tended by community groups such as Room2Heal, as well as children from a local primary school and nearby residents who do not have gardens. Looking after the patch is a communal effort carried out by two garden workers, a number of plot holders and the volunteers.

Community gardens have, in some form or other, existed since cities , although the movement gathered pace in Britain and the US at the end of the 19th century. Then areas were cultivated by local workers with the aim of providing free food and exercise. After the second world war, many gardens were built on, or became derelict sites.

Jeremy Iles, director of the Federation of City Farms and Community Gardens, to which Culpeper belongs, says such gardens are a good way of developing community cohesion: "They have an impact that is different to the services provided by local authorities . . . There's a social value far beyond just gardening."

Culpeper holds a number of activities for locals, including a pensioners' tea party, arts projects for children and Hallowe'en parties as well as plant sales. Fish observes that the plot helps members make connections with the community and shows locals that "asylum seekers are not the dark figures they're made out to be in the press".

Last year Room2Heal members built a path on their patch of garden to symbolise the journey they had been on. At first it was straight. But, after much discussion, they reset the paving stones in a wiggly line because it better represented their struggle. At the end of the path they plan to build a small bench and hope that people from neighbouring plots as well as visiting locals will sit in their patch.

Kate Bowen, a worker at Culpeper, believes Room2Heal is an asset to the garden: "They're friendly. . . they make an effort to be part of the community, especially with their offers of barbecued chicken and tea." John says he regularly gets horticultural tips from holders of neighbouring plots.

The number of community gardens has grown recently - membership of the federation has grown from 120 groups seven years ago to 360 now - which Iles attributes in part to the recognition of their social value. But it is also due to the growing interest in food miles, organic produce and healthier lifestyles.

Health is one of the reasons James, a 46-year-old Room2Heal member, who uses a walking stick after being injured in police detention in Kenya, likes to come to the garden. Working on the plot helps to keep him mobile - he does the planting jobs so he can kneel down. But the benefits are beyond physical: "I felt dead until I came into this group. If I feel down, it transforms me to come to the garden." in Financial Times, 26 de Abril de 2008

quarta-feira, 29 de abril de 2009

VISITA GUIADA: Mesquita de Lisboa

A Liga dos Amigos do Jardim Botânico (LAJB) promove regularmente visitas guiadas a locais de interesse botânico, ecológico e histórico. A próxima visita tem por objecto a Mesquita de Lisboa.

A MESQUITA de Lisboa foi edificada na rua da Mesquita, (Bairro Azul), perto da Praça de Espanha. É de tipo oriental com sala de oração ampla, dominada por uma cúpula, e Minarete com rampa exterior. Foi construída entre 1979 e 1985 com a ajuda de um grupo numeroso de países islâmicos, o empenho da comunidade Islâmica de Lisboa e da Câmara Municipal de Lisboa que cedeu o terreno. Possui finalidades religiosas e também sociais de apoio aos muçulmanos que habitam, temporária ou permanentemente a área da Cidade. A mesquita constitui para os crentes lugar de oração e meditação individual e colectiva e um espaço muito apreciado de descanso, convívio e partilha social.

A Península Ibérica foi território islâmico desde o século VII até, pelo menos o séc. XI, mas no sul o islão permaneceu mais tempo, em alguns locais até finais do século XV. Luxbuna, Lisboa muçulmana, foi conquistada pelos cristãos em 1147, mas a comunidade dos crentes esteve organizada na Mouraria de Lisboa até ao século XVI em torno das suas duas mesquitas e da "Madrassa".

A influência da civilização e da arte muçulmana no modo de ser e de viver de Portugal e de Espanha foi muito profunda e em muitos aspectos ainda hoje se mantém. O Islão conta actualmente com mais de 950 milhões de fiéis em todo o Mundo, sobretudo na Ásia (650 milhões) e África (270 milhões).

Texto de José Luís de Matos publicado no Guia dos Templos, edição da Câmara Municipal de Lisboa com o Centro Nacional de Cultura. Para saber mais sobre a Mesquita de Lisboa, e a comunidade islâmica em Portugal: www.comunidadeislamica.pt/index.php

MESQUITA DE LISBOA
Dia: 3 de Maio de 2009 - 11h00
Ponto de encontro: Rua da Mesquita, 2 (prolongamento da Av. Ressano Garcia)
Transporte: Metro - linha azul - estação de S. Sebastião
Guia: Sheik Davida Munir
Nota: esta visita é gratuita
.
FOTO: Av. Ressano Garcia em 1969, onde se viria a erguer a Mesquita de Lisboa. Imagem de João Goulart. Fonte: Arquivo Fotográfico Municipal.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Petição: "Parque Urbano Carnide-Telheiras"

Petição: "Parque Urbano Carnide-Telheiras"
Destinatário: Câmara Municipal de Lisboa

Caros vizinhos e concidadãos,

Foi com enorme preocupação que li a notícia da página 24 do Expresso do passado dia 04/Abril/2009. O Estado Português, que deveria cuidar do bem-estar e qualidade de vida dos cidadãos, está a pressionar a C.M.Lisboa para alterar o PDM, de forma a que o terreno junto ao Lar Maria Droste, frente ás Torres de Lisboa e à 2ª Circular, adquira capacidade construtiva.

É do conhecimento público que, nos últimos anos, este terreno foi à praça por várias vezes, mas a licitação ficou sempre deserta porque o valor base de €45 milhões era totalmente desajustado em função das possibilidades de construção. Porém, se o PDM for alterado para possibilitar a construção de edifícios com utilização mista (habitação e escritórios), apesar da crise e da actual conjuntura, este terreno com cerca de 6 hectares, passará a ser muito apetecível para o sector imobiliário. No actual PDM, este terreno destina-se instalação de equipamento colectivos que já não serão construídos, pois tratava-se das sedes da RTP e RDP, que entretanto passaram para a antiga sede da Parque-Expo na Av. Marechal Gomes da Costa.

De acordo com a actual proposta de revisão do PDM, este terreno estaria destinado à fruição pela população, ou seja, área verde de recreio e lazer, mas segundo a referida notícia do Expresso, o Governo, pela mão do Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, Carlos Costa Pina, está a pressionar a C.M.L. para que esta proposta de alteração não seja aprovada.

Para que este terreno se transforme num espaço verde e de lazer para usufruto não só da população de Carnide e Telheiras, mas de toda a Cidade de Lisboa, proponho a constituição de uma associação para a construção do Parque de Carnide-Telheiras.

É um acto de cidadania e dever cívico impedirmos que este espaço público, portanto de todos nós, se transforme numa selva de betão. Para tal é fundamental a colaboração e participação de todos. Telefone, envie um e-mail, PARTICIPE.


FOTO: Azinhaga de Telheiras em 1961 por Artur Goulart. Fonte: Arquivo Fotográfico Municipal.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Programa de estímulo ao desenvolvimento da História da Ciência

Caro investigador:

No âmbito do programa de estímulo ao desenvolvimento da História da Ciência em Portugal promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, a Fundação para a Ciência e a Tecnologia vai abrir em 2009 concursos para financiamento de projectos de investigação e de bolsas individuais no domínio da História da Ciência.

O programa tem como objectivos promover o desenvolvimento e reforço de competências no domínio da História da Ciência em Portugal, concorrer para a valorização do património cultural e científico do País e apoiar a especialização da comunidade científica nesta área, tornando-a mais competitiva no contexto nacional e internacional.

Este programa integra uma componente específica dedicada à História da Ciência nos últimos cem anos coincidindo com a preparação da celebração do Centenário da República, 100 anos de República, 100 anos de Ciência.

Estas iniciativas dirigem-se aos investigadores, instituições científicas e universidades, assim como a todas as outras entidades relevantes e pretende estimular a constituição e reforços de redes nacionais e internacionais de cooperação em História da Ciência.

João Sentieiro
Presidente
Fundação para a Ciência e a Tecnologia

FOTO:

domingo, 26 de abril de 2009

Workshop: Inventário Instrumentos Científicos

O que é um objecto de museu? Como se regista, inventaria, classifica,fotografa e arruma? O que é um catálogo? Quais as normas e procedimentos deinventário e documentação seguidos pelos museus, em particular museus deciência e de medicina? Quais as principais fontes documentais e impressasnecessárias a um inventário?

O Museu de Ciência da Universidade de Lisboa vai realizar no dia 6 de Junho um Workshop de Introdução ao Inventário de Instrumentos Científicos e de Medicina (6 horas).

A Workshop destina-se a profissionais e voluntários de museus de ciência e técnica, estudantes de museologia e de história da ciência bem como outros interessados em colecções de equipamento histórico-científico. Tem componente teórica e prática.

Há descontos nas inscrições para estudantes e membros do ICOM.

Mais informações e inscrições:
Tel. 213921808
geral@museus.ul.pt

Museu de Ciência
Universidade de Lisboa

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Dia Mundial do Livro: The man who planted trees

«The shepherd went to fetch a small sack and poured out a heap of acorns on the table. He began to inspect them, one by one, with great concentration, separating the good from the bad. (…) When he had set aside a large enough pile of good acorns he counted them out by tens, meanwhile eliminating the small ones or those which were slightly cracked, for now he examined them more closely. When he had thus selected one hundred perfect acorns he stopped and we went to bed.

There was peace in being with this man. The next day I asked if I might rest here for a day. He found it quite natural – or, to be more exact, he gave me the impression that nothing could startle him. The rest was not absolutely necessary, but I was interested and wished to know more about him. He opened the pen and led his flock to pasture. Before leaving, he plunged his sack of carefully selected and counted acorns into a pail of water.

I noticed that he carried for a stick an iron rod as thick as my thumb and about a yard and a half long. Resting myself by walking, I followed a path parallel to his. His pasture was I a valley. He left the dog in charge of the little flock and climbed toward where I stood. I was afraid that he was about to rebuke me for my indiscretion, but it was not that at all: this was the way he was going, and he invited me to go along if I had nothing better to do. He climbed to the top of the ridge, about a hundred yards away.

There he began thrusting his iron rod into the earth, making a hole in which he planted an acorn; then he refilled the hole. He was planting oak trees. I asked him if the land belonged to him. He answered no. Did he know whose it was? He did not. He supposed it was community property, or perhaps belonged to people who cared nothing about it. He was not interested I finding out whose it was. He planted his hundred acorns with the greatest care.

After the midday meal he resumed his planting. I suppose I must have been fairly insistent in my questioning, for he answered me. For three years he had been planting trees in this wilderness. He had planted one hundred thousand. Of the hundred thousand, twenty thousand had sprouted. Of the twenty thousand he still expected to lose about half, to rodents or to the unpredictable designs of Providence. There remained ten thousand oak trees to grow where nothing had grown before.»

The Man Who Planted Trees, Jean Giono, 1954

FOTO: Montado de Quercus suber, Évora.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Lisboa inicia em Maio lavagem de ruas e rega de árvores com água reutilizada

Dia da Terra: Lisboa inicia em Maio lavagem de ruas e rega de árvores com água reutilizada

«A Câmara de Lisboa inicia em Maio a lavagem de ruas e rega de árvores com água reutilizada, uma medida anunciada hoje pela autarquia e inserida das comemorações do dia da Terra.

"A Câmara Municipal de Lisboa vai iniciar, já a partir de Maio, a lavagem de ruas e rega de árvores com água reutilizada, através de um acordo com a SIMTEJO, que vai permitir que os camiões municipais possam ser abastecidos nas ETAR de Chelas e de Beirolas", refere um comunicado enviado hoje à agência Lusa.

Na mesma nota, a autarquia anuncia ainda que "viu aprovadas duas candidaturas que garantem a aquisição e instalação de ópticas LED na Av. da Liberdade e na Baixa Pombalina, com custo zero para o município". in Lusa, 21 de Abril de 2009

FOTO: Lago do Jardim do Campo Grande

22 de Abril: DIA MUNDIAL DA TERRA

Jardim do «Templo Prateado» em Kyoto, Japão. Exemplo de harmonia entre Homem e Natureza.

Entrega dos Prémios Brotero 2008

A Liga dos Amigos do Jardim Botânico tem o prazer de vos convidar para a entrega dos Prémios Brotero 2008, para os melhores alunos do Curso de Guias do Jardim Botânico.

A cerimónia decorrerá no Anfiteatro Aurélio Quintanilha (Anfiteatro de Botânica) do Museu Nacional de História Natural, Sábado, 25 de Abril de 2008, às 10h.

Segue-se a Assembleia Geral da Liga dos Amigos do Jardim Botânico.

FOTO: Caminho, no Arboreto, visto da Classe.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Petição: «FRUTA SIM! BIOLÓGICA MELHOR!»

Exmo(a). Sr(a).,

Em Julho de 2008, a Comissão Europeia lançou uma proposta de distribuição gratuita de frutas e legumes às crianças do 1º ciclo, que visa o aumento do consumo destes alimentos. Esta proposta foi objecto de um acordo político dos Ministros da Agricultura da União Europeia, em Novembro.

Antecipando o seu lançamento em Portugal a INTERBIO - Associação Interprofissional para a Agricultura Biológica, decidiu associar-se a esta campanha promovendo os produtos biológicos numa iniciativa designada: “FRUTA SIM! BIOLÓGICA MELHOR!”. Para tal, procedeu-se à elaboração de uma petição que visa a distribuição de fruta biológica aos alunos do 1º ciclo a nível Nacional.

A mesma pode ser lida e assinada através do seguinte endereço: http://www.peticao.com.pt/fruta-biologica

Pedimos que ajude na divulgação da nossa petição enviando um email a todos os seus contactos e peça-lhes que o reencaminhem.

Com os melhores cumprimentos,

INTERBIO – Associação Interprofissional para a Agricultura Biológica
R. Pascoal de Melo, 491000-232 Lisboa
Tel. [+351] 916576365

FOTO: Macieira biológica num quintal em Évora.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Terceira Travessia do Tejo: Quercus formaliza queixa junto da Comissão Europeia

Quercus formaliza queixa junto da Comissão Europeia sobre ponte Chelas-Barreiro

A Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza enviou hoje, dia 20 de Abril, à Comissão Europeia uma queixa formal por considerar que o Governo Português estará a incorrer em situação de incumprimento de diversa legislação comunitária na área do ambiente, a respeito da construção da Terceira Travessia do Tejo.

A Quercus entende que "o projecto agora em causa, sendo que apenas será efectivado após 2012, não deixa de colocar em causa o cumprimento de futuras metas de emissão de gases com efeitos de estufa, face às dificuldades já identificadas por agora e dada a insistência na construção de mais rodovias e defendem que “a Comissão Europeia deve equacionar desde já medidas imediatas e cautelares para corrigir as deficiências identificada."

Nota: para ler o texto da queixa na integra, click no título.

domingo, 19 de abril de 2009

ASCENSOR do LAVRA faz hoje 125 ANOS!

Ascensor do Lavra celebra os seus 125 anos...parado

Com o dealbar do século XIX, Lisboa viu crescer o seu perímetro urbano e o número de habitantes, o que trouxe a necessidade de melhorar e modernizar a rede de transportes que servia a capital. Este processo implicava pensar na forma de ultrapassar as limitações que a topografia da cidade apresentava, nomeadamente as suas colinas. Foi neste contexto que surgiram as propostas pioneiras do engenheiro Raul Mesnier du Ponsard, que no último quartel de Oitocentos dotou a capital de nove ascensores.

O primeiro a ser construído foi o Ascensor do Lavra, que liga o Largo da Anunciada à Travessa do Forno do Torel, subindo a Calçada do Lavra. A autorização para a edificação do elevador foi concedida em 1882 pela câmara municipal à Companhia dos Ascensores Mecânicos de Lisboa, e no ano de 1884 o primeiro ascensor lisboeta era inaugurado.

Inicialmente, funcionava por cremalheira e por contrapeso de água, e em 1885 foi experimentado um sistema a vapor para a ascensão. A estrutura do ascensor é constituída por dois carros, que circulam alternadamente em duas vias de carris de ferro, sobre as quais se dispõe o cabo que une as duas composições. No topo do percurso, mantém o pequeno cais de embarque suportado por estrutura de ferro forjado, com dupla escadaria em pedra e plataformas de acesso aos elevadores. As paredes são revestidas por lambril de azulejos. Esta estação superior é o resultado de uma remodelação de 1914.

No ano de 1897 a quebra do cabo que ligava os dois carros provocou a inutilização do ascensor, que se prolongaria por vários anos. Em 1915, o elevador foi totalmente electrificado, retomando a actividade. Desde então, o elevador deixou de funcionar em 2006, por haver o perigo de derrocada de um edifício na Calçada do Lavra mas foi reaberto em Fevereiro de 2007.

Actualmente, e logo no ano e no dia do seu 125 aniversário, o Ascensor do Lavra encontra-se novamente inoperacional. Tal como aconteceu em 2006, também agora um outro edifício que ameaça ruir na Calçada do Lavra obrigou ao seu encerramento. A CML está já a proceder a obras coercivas de modo a repôr as condições de segurança na via pública.

Em colaboração com a CARRIS a LAJB tinha planeado a plantação de uma árvore na estação superior para marcar os 125 anos do Ascensor do Lavra. Pelos factos expostos, a plantação da árvore comemorativa - um ciprestre - foi adiada para o último trimestre deste ano.

FOTO: um aniversário triste - o Ascensor do Lavra imobilizado. Classificado Monumento Nacional pelo Decreto Lei 5/2002, DR 42, 1.ª série-B, de 19-02-2002.

sábado, 18 de abril de 2009

CONVERSAS COM LISBOA: ciclo de palestras

Ciclo de Palestras organizado pela Câmara Municipal de Lisboa

A cidade, a sua história, a vida quotidiana, a arte e a arquitectura, as pessoas com as suas histórias e as suas memórias, vão ser temas destas primeirasa "Conversas com Lisboa". Através das palavras dos oradores convidados para este ciclo vamos tarzer à conversa diferentes olhares sobre Lisboa e debatê-los com todos os que quiserem partilhar um pouco dessas memórias, com um olhar posto no futuro da nossa Cidade.

Todas as palestras terão lugar nos Paços do Concelho, a casa dos lisboetas, ao fim da tarde, entre as 18h00 e as 20h00.

23 ABRIL
A celebração Pombalina no Século XIX

JOSÉ SARMNETO MATOS (Olisipógrafo)

30 ABRIL
Lisboa das Avenidas Novas

RAQUEL HENRIQUES DA SILVA (UNL/FCSH)

FOTO: Trabalhos na Avenida da República no início do séc. XX. Imagem de Joshua Benoliel (1873-1932), Arquivo Fotográfico Municipal.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Jardins Lusos: «Ideal antidote to winter»

Novo livro sobre Jardins de Portugal publicado no Reino Unido:

During the recent week of a real English winter, my only digging has been round the wheels of the car, embedded in snow at various points up the drive to the house. On the coldest mornings, I have given up and returned to a mental travel among little-known gardens that are havens of camellias and spring flowers in mid-February. How many of you know much about the historic gardens of Portugal? Perhaps you have seen a few at Sintra in its unusually favourable climate for trees and hedging. My mental image of them amounted to a few painted tiles behind stone benches and dazzling bougainvilleas between the gardens and hideous, encroaching modernity.

I have been completely wrong but it has taken an excellent new book to open my eyes. As its author, Helena Attlee, aptly observes: "Thousands of visitors are drawn to Portugal each year but few of them visit its gardens. Their loss is your gain." It could even be a gain at this very moment. Some of the best are magnificently equipped with camellias, many of which are now out in flower.

Her Gardens of Portugal is the essential companion, not least because she gives the addresses of the many good gardens open only by appointment. I hope their owners do not live to regret her generous research.

In the south of the country, the once-royal garden at Queluz is relatively well known abroad. It has become the beneficiary of funding from the World Monuments Fund and I have written in the Financial Times about its appeal to restore the garden's great series of statues, made and exported by John Cheere near London's Hyde Park.

Queluz was a royal botanical paradise in the 18th century but it turns out to be only one of a score of architecturally planned gardens worth hunting down. Decay and neglect are flourishing in many of them but there is still plenty for sensitive visitors to take to heart. Attlee writes of a "quirky soul which survives vibrant and intact" or of "absurdity in a captivatingly light-hearted garden". I trust her entirely and her book's photographs are excellent.

Gardening in Portugal has been a historical roller-coaster. The first great flowering was in the early 16th century when Portuguese ships were navigating the Cape of Good Hope and bringing spices and irresist-ible luxuries back from Asia. The great -survivor from this era is Quinta da Bacalhoa, every aspect of which deserves a superlative, writes Attlee. It has the painted tiling, or azulejos , which is such a feature of walls, seats and even pillars in Portuguese garden design. The gardens of this era owed a debt, like so many, to the designs in Renaissance Italy. The best painted tiling I have seen on pergolas outside Attlee's book is in the cloister garden of San Domenico, the Italian headquarters of the Dominican monastic order in Bologna. It measures up to Portuguese standards, although Portugal has finer scenes of family members on prancing horses and more busty classical heroines. I have often thought that wittily painted tiling of this sort would be a fine addition to cramped London gardens in places such as London's Fulham. The da Bacalhoa garden owes its restored state to an American buyer in 1936, Orlena Scoville.

Wars with Morocco and then with Spain clipped Portugal's prosperity but news of gold and diamonds in Brazil restored it in the early 18th century. Garden-making flourished again with the Italian inspiration of Niccoló Nasoni, an imported genius who brought in the baroque style. He coincided with the ascent of the trade in port wine. It did not add only to 18th century gout, it also boosted the profits available for garden building and entrenched its English growers in style around Porto. Even in 1900, they struck a visitor as behaving as if they "owned the city, so Britanically, so unconsciously arrogantly" with their cricket pitches and rowing regattas and "jolly, self-contained British life". They were the ultimate British expats and their gardens showed it. Nasoni's most famous building evokes vin rosé , not port. He designed the Casa de Mateus so familiar on the labels of Mateus rosé, although the grapes for this wine were not grown around this magnificent house.

An age of exuberant gardening was shaken by the devastating earthquake round Lisbon in 1755. It was further shaken by a remarkable moderniser, the Marquis of Pombal, who attacked the country's education, Jesuits and aristocracy with particular energy. Other noble gardens suffered but his own continued to prosper and its tiled terracing, classical statues of authors and remarkable Poets Cascade can still be visited with pleasure. His fervour was followed by Napoleon's invasion and its ruinous wars. Noble gardening was hit yet again. It was not extinguished, however. Attlee has a fascinating account of yet another Italian import, the set designer Luigi Manini, who arrived from a career at La Scala opera house in Milan. He applied his skill to the magnificently sited garden of Quinta da Regaleira, where enough survives to be a tribute to interior designers when let loose outdoors.
He is not, however, the high point of her story. I am intrigued to be reminded of a superb Portuguese garden in the mid-1930s, honoured for its white peacocks, orange trees and elegance by the famous landscape gardener Russell Page. It turns out to be the Casa dos Biscainhos, one of several worthwhile gardens in the damp, garden-friendly north. Apparently many of the local townsmen emigrated in the 1960s and the public gardens were left to the women, a tradition that persists.

Biscainhos has been owned by the town council since the mid-1960s. In 1805, a visitor wrote: "When I entered the house's drawing room all the dames of honour were seated - guess, reader, where? On the floor!" By the 1960s it sounds as if they were out in the flower beds instead.

At Biscainhos, Page saw amazing camellias, clipped into the shapes of huge houses. I now see what he meant. Camellias took off in Portugal in the early 19th century and in gardens such as the stunning Casa do Campo the results are wonderfully visible. Camellias are pruned into tightly circular shapes, up to 30ft high. As I write they are flowering all over their glistening evergreen leaves, an almost incredible sight.

In England the recent frosts have ruined camellia buds outdoors. In Portugal they are at their best, with roses to follow in March and rivers of blue agapanthus while we are still shivering among our daffodils. Portuguese staircases of stone, tanks of water and façades of exuberant houses are the ideal antidote to late winter. in Financial Times, 14/15 de Fevereiro de 2009

The Gardens of Portugal, Helena Attlee (Frances Lincoln, London).

FOTO: Jardim do Palácio dos Condes da Calheta em Belém, Lisboa

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Seminário Carta Estratégica de LX 2010-2024

Carta Estratégica de Lisboa 2010-2024
«Um compromisso para o futuro da cidade

O Presidente da Câmara Municipal de Lisboa convida Vª Exª para participar no 1º Seminário da Carta Estratégica de Lisboa, que vai realizar-se no dia 18 de Abril, pelas 10h, no CCB - Sala Almada Negreiros.

O objectivo do seminário é debater e dar respostas às duas primeiras questões estratégicas que se colocam à nossa cidade:

-Como recuperar, rejuvenescer e equilibrar socialmente a população de Lisboa?
-Como tornar Lisboa uma cidade amigável, segura e inclusiva, para todos?

Todos os contributos são importantes. O futuro de Lisboa também está nas suas mãos.

Lisboa, 15 de Abril de 2009»

FOTO: Madragoa. Protejer e incentivar o estilo de vida dos bairros é apostar numa Lisboa mais inclusiva.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Visita guiada: «Monumentos com Raízes»

Visita a algumas plantas cuja história se contará. Grandes ou pequenos, oriundos de longe ou de perto, crescem no Jardim Botânico, onde cada exemplar é um monumento à sua espécie - testemunha a sua história natural e a história da sua relação com o Homem.

Local: Jardim Botânico - R. da Escola Politécnica 58
Dia: 18 de Abril de 2009
Início: 11:00h - junto da figueira de folhas grandes
Duração 1:30 h
Público: para todos
Inscrições: limitadas a 25
Telefone: 213921808 ou 213921883 das 10h às 17h

Visita guiada no âmbito do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios de 2009.

Criado pelo ICOMOS em 18 de Abril de 1982, e aprovado pela UNESCO no ano seguinte, constitui um marco comemorativo do património nacional e celebra, também, a solidariedade internacional em torno da salvaguarda e da valorização do património de todo o mundo.

Em complemento à declaração, pelas Nações Unidas, de 2009 como o Ano Internacional da Astronomia, o ICOMOS elegeu o tema Património e Ciência como o objectivo de proporcionar uma oportunidade de reflexão e de reconhecimento do papel da ciência (e das tecnologias) no património cultural e, ainda, de incentivar a discussão sobre o seu potencial para a protecção e a conservação do património.

FOTO: Ficus macrophylla, ponto de partida da visita

segunda-feira, 13 de abril de 2009

As Árvores e a Cidade: Lodão, Príncipe Real

Verde juvenil num Lodão do Príncipe Real. Exemplar de Celtis australis vestido de novas folhas.

domingo, 12 de abril de 2009

«Solar cooker wins climate contest»

«A solar-powered cardboard cooker will on Thursday be announced the winner of a $75,000 competition to tackle climate change.

The Kyoto Box uses the sun’s rays to cook food and boil water. It is targeted at the 3bn people who currently use firewood. The box costs just $5 (£3.40) to make and will be given away free.

Jon Bøhmer, the cooker’s inventor, said: “It’s a great feeling. The prize is just what’s needed to get this project off the ground. There’s only so much I can do on my own.” The FT Climate Change Challenge sought to find and publicise the most innovative and scalable solution to the effects of climate change.

Sponsored by Hewlett Packard, the technology company, the competition was organised by Forum for the Future, a sustainable development charity, and the Financial Times. Sir Richard Branson and Dr Rajendra Pachauri, a Nobel prize winner, were among the judges, who chose the winner in conjunction with a public vote.

That public support helped the Kyoto Box beat nearly 300 entries to win the competition. The cooker consists of two cardboard boxes, one inside the other, with a clear acrylic cover on top that lets in and traps heat from the sun, and acts as a hob. Black paint, foil and insulation work together to raise the temperature high enough to boil water. The box is appealing because of its sheer simplicity. “There are too few people looking at simple research,” said Mr Bøhmer. “We need the basic stuff too.” The box is so easy to make that it can be produced in existing cardboard factories. A more robust version has been developed in corrugated plastic, which costs the same and is ready for testing across 10 countries.

By replacing firewood, the cooker could save up to two tonnes of carbon emissions per family per year. Mr Bøhmer hopes the box will be eligible for carbon credits, hence the name Kyoto box, making a yearly profit of €20-€30 (£18-£27) per stove, which would enable further expansion and easily cover the cost of replacing the cooker after five years.

The stove also aims to save lives: it can boil 10 litres of water in two hours, destroying the germs that kill millions of children each year.» in Financial Times, 8-4-2009

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Conferências: «A Evolução de Darwin»

Ciclo de Conferências «A Evolução de Darwin»

14-Abril
Lynn Margulis, Univ Massachussets US
Evolution on a Gaia Planet: Darwin's legacy

29-Abril
Mark Stoneking, Max-Planck Inst. G
Human Evolution: The Molecular Perspective

13-Maio
David Sloan-Wilson, Binghamton Univ. US
Evolution and Human Affairs

24-Maio
Rosemary e Peter Grant, Princeton Univ. US
Evolution of Darwin's Finches

LOCAL: Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa

FOTO: "A Venerable Orang-outang", caricatura de Charles Darwin publicada a 22 de Março de 1871 na The Hornet, revista satírica inglesa.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

CONVOCATÓRIA: Assembleia Geral da LAJB

CONVOCATÓRIA

Convocam-se os sócios da Liga dos Amigos do Jardim Botânico para uma Assembleia Geral ordinária que terá lugar no próximo dia 25 de Abril pelas 10h00, no anfiteatro de Botânica Professor Aurélio Quintanilha, na Rua da Escola Politécnica, nº 58, em Lisboa.

ORDEM DE TRABALHOS

1 – Entrega dos prémios Brotero 2008
2 – Leitura e aprovação da acta da Assembleia Geral anterior
3 – Discussão e aprovação das Contas do Exercício de 2008
4 – Relatório de Actividades de 2008
5 – Apresentação do Plano de Actividades para 2009
6 – Informações

Lisboa, 8 de Abril de 2009

A Presidente da Direcção

Maria Manuela Soares Correia

Notas:

1 – Este ano, no sentido de previlegiármos a utilização dos transportes públicos, indicamos os seguintes meios: metro – linha amarela – estação do Rato; carris – carreiras nºs. 758 e 773.

2 - A fim de actualizarmos a nossa base de dados, agradecemos que nos seja indicado o endereço electrónico dos sócios que o possuírem.

3 – No âmbito de uma campanha de angariação de novos sócios, pede-se que cada membro da Liga proponha um novo sócio.

FOTO: Palmeiras da escadaria do Arboreto

domingo, 5 de abril de 2009

2009 - Ano Internacional da Astronomia

Em 2009 comemora-se o Ano Internacional da Astronomia. Dentro do Jardim Botânico existe um notável Observatório Astronómico, que, infelizmente, está abandonado e em avançado estado de degradação. Este teria sido o ano ideal para o ver restaurado...

A Astronomia em Portugal surgiu no tempo dos Descobrimentos principalmente com a atitude do Infante D. Henrique, principal impulsionador das Descobertas Portuguesas e convincente o suficiente para levar o seu pai o rei D. João I a lançar-se na conquista da praça de Ceuta em 1415. Terá sido na fortaleza de Sagres e na escola por ele formada, que se iniciaram os primeiros estudos sobre a astronomia, observação das estrelas e a preparação dos navegadores portugueses para as futuras viagens marítimas.

No século XVI, Pedro Nunes (1502-1578), o matemático e cosmógrafo dos reis D. João III e D. Sebastião, considerado o pai da actividade ciêntífica em Portugal, deu um novo impulso no estudo da cartografia, na arte da navegação e na astronomia. Foi o autor do instrumento de medida chamada “nónio”, dado que o nome do autor em latim era Petrus Nonius, que permitia ler uma fracção de um grau no astrolábio e no quadrante e consequentemente melhorar a precisão na localização dos navios.

Mais tarde, no século XVII ensinava-se a cadeira de astronomia no colégio e convento de Santo Antão em Lisboa, actual hospital de São José, ministrada pelos Jesuítas. Este ensino funcionou até 1759, altura em que as reformas pombalinas do reinado de D. José I se implementaram, sobretudo em Coimbra, na revisão dos estatutos da Universidade de 1772, data em que se pensa pela primeira vez na criação do primeiro observatório astronómico do país.

É porém e ainda no século XVIII no reinado de D. Maria I que surgem os primeiros observatórios astronómicos em Lisboa. O observatório astronómico é um edifício onde se observam os astros e se estuda a meteorologia. Embora já existissem na Antiguidade, no Egipto e em Alexandria, na Europa os observatórios astronómicos surgiram no século XVI, na Alemanha em Hesse e pelo patrocínio de príncipes como Guilherme IV.

Em Lisboa o primeiro que se tem notícia foi o da Academia de Ciências, instalado no Castelo de São Jorge e inaugurado a 3 de Janeiro de 1787, seguindo-se o Real Observatório da Marinha criado a 18 de Março de 1798, mas que por razões da sua localização, junto ao Tejo, não tornou viável a correcta observação dos astros. Em 1854, no jardim botânico na Escola Politécnica foi criado o observatório meteorológico Infante D. Luís e em 1875 o observatório astronómico real , ambos integrados actualmente no Museu da Ciência da Faculdade de Ciências de Lisboa. Também desta época foi concebido o observatório da rua da Bempostinha, localizado em frente ao Paço da Bemposta, onde já funcionava a escola do exército.

Será no reinado de D. Pedro V, a 11 de Março de 1861, que se lança a primeira pedra para a construção do Observatório da Tapada, na Ajuda, em terrenos cedidos pelo rei, designado oficialmente como Observatório Astronómico de Lisboa (OAL), iniciando-se um novo período ciêntífico na área da astronomia a par do desenvolvimento e progresso social, coincidente com a também expansão urbanística de novas zonas na cidade.

Finalmente em 1972, foi construído o observatório astronómico do planetário Calouste Gulbenkian ou comandante Conceição Silva situado em Belém, recuperado recentemente e que realiza sessões de observação astronómica.Actualmente o Observatório Astronómico de Lisboa, na Ajuda, tem como missão o acerto da hora legal, a investigação científica da Astronomia e Astrofísica, o ensino e a divulgação junto do público do seu património e acervo documental, fornecendo os necessários pareceres e esclarecimentos sobre acontecimentos astronómicos. in http:/revelarlx.cm-lisboa.pt

FOTO: Fotografando o eclipse do sol na varanda do Observatório Astronómico da Tapada da Ajuda, foto atribuída a Joshua Benoliel, 1912-04, Arquivo Fotográfico Municipal.

sábado, 4 de abril de 2009

EM FLORAÇÃO: Dombeya burgessiae

Nome científico: Dombeya burgessiae
Família: Sterculiaceae

Este arbusto cresce desde KwaZulu-Natal (África do Sul) até à Tanzania. No seu habitat natural cresce nas margens das florestas, encostas e ao longo das margens de ribeiras.

Derivação do nome do género/espécie: Joseph Dombey (1742-1794), botânico francês famoso pelos estudos que realizou sobre a flora da América do Sul / Miss Burgess of Birkenhead.

A Dombeya é muito admirada pela profusão das suas flores brancas e cor-de-rosa. As flores persistem no arbusto muito para além da época da floração. Os exemplares no Arboreto do Jardim Botânico, actualmente na fase final da floração, já apresentam as suas flores com um bonito castanho claro, levemente avermelhado.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Museu de Ciência mostra as suas colecções

O Museu de Ciência da Universidade de Lisboa inaugurou ontem, dia 2 de Abril, uma nova mostra das suas colecções. Esta exposição integra-se no esforço de conservação, inventariação e estudo do seu espólio, que se iniciou de uma forma sistemática em 2008, marcando o começo de uma divulgação para o público dessas colecções. Exibem-se sobretudo objectos do século XIX de física, química, matemática e astronomia. Esta mostra é dedicada a Fernando Bragança Gil (1927-2009) e terminará a 30 de Agosto.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Lavar as ruas, como previsto para a Avenida da Liberdade, não reduz partículas...

«Especialistas que analisam os efeitos do clima no planeamento urbano revelaram hoje que a lavagem de ruas, como está previsto para a Avenida da Liberdade, não tem influência na redução de partículas necessária para baixar a poluição do ar.

A lavagem do corredor Marquês de Pombal/Restauradores, duas vezespor dia, é uma das medidas previstas no protocolo assinado entre a Câmara de Lisboa e a Comissão de Coordenação de Lisboa e Vale do Tejo para reduzir a poluição do ar na Avenida da Liberdade, que ultrapassa várias vezes por ano os valores limite. "Também foi tentado na Alemanha e é uma medida que não resultou", disse Ulrich Reuter, da equipa de planeamento urbano da cidade de Estugarda. Para Ulricht Reuter, esta medida "não é prática", uma vez que "pode trazer congestionamento de tráfego enquanto se lava". "Está provado que a lavagem não tem efeito na concentração de partículas", afirmou. "As medidas mais eficientes são a proibição do tráfego de atravessamento - quem atravessa apenas aquela zona não pode passar -, o que se provou retirar entre três a cinco por cento das partículas", acrescentou.

Ulricht Reuter disse ainda que outra das medidas eficazes para reduzir a poluição é evitar aumentar a altura dos edifícios, já que quanto mais altos forem mais impedem a ventilação na cidade. O especialista, que falava durante o encontro que a Agência Municipal de Energia (E-Nova) promove hoje sobre os desafios do planeamento urbano sustentável, deu ainda como exemplo outra das medidas aplicadas na Alemanha: impedir a circulação a veículos com maiores níveis de poluição do ar (com excepções para o abastecimento de lojas/restaurantes e veículos de emergência).

Estas limitações de tráfego também estão previstas no protocolo entre a Comissão de Coordenação e a Câmara de Lisboa para melhorar a qualidade do ar na cidade, assim como a criação de novos corredores BUS e a elaboração de planos de mobilidade para alguns edifícios com muita concentração de pessoas.

Por seu lado, o presidente do Conselho de Administração da E-Nova, José Domingos Delgado, sublinhou que "o grande problema de Lisboa são as partículas poluentes no ar", muitas transportadas de outros locais pelo vento. "Em Lisboa também foram identificadas partículas vindas do Norte de África" afirmou, sublinhando a importância de uma intervenção integrada nesta matéria. "A emissão de CO2 é a febre. Temos é de combater a doença", disse Domingos Delgado, que é professor jubilado do Instituto Superior Técnico e fez parte do grupo consultivo e de apoio ao Plano Energético Nacional. O responsável da E-Nova lembrou ainda um dos paradoxos do sistema português: "Favorece-se os motores a diesel e penaliza-se os veículos que mais partículas emitem, mas esquecemo-nos que os motores diesel conseguem ser mais eficientes no consumo porque trabalham a altas temperaturas, o que resulta num aumento de determinadas partículas, como o óxido de azoto".

Sobre a lavagem de ruas para ajudar a reduzir a poluição, o presidente da E-Nova lembrou que em Lisboa ela ainda é feita com água potável, nalguns casos. "Só espero que isto não resulte nalguns subsídios para se lavar a rua comágua mineral", gracejou, provocando uma gargalhada na plateia.» in Lusa

FOTO: Avenida da Liberdade em 1960 por Armando Seródio (1907-1978). Arquivo Fotográfico Municipal

Seminário de Cultura Material: Restauro

No próximo Seminário de Cultura Material, Helena Nunes, do Museu de Ciência da Universidade de Lisboa, irá abordar o tema As múmias da Igreja do Santíssimo Sacramento em Lisboa. O outro tema em destaque, O estudo e restauro da «Colecção Henrique de Carvalho» da Sociedade de Geografia de Lisboa, será da autoria de Lia Jorge, da referida Sociedade. Amanhã, dia 3 de Abril, às 17h00, no Auditório Manuel Valadares.

FOTO: Igreja do Sacramento, circa 1900, por fotógrafo não identificado. Arquivo Fotográfico Municipal

quarta-feira, 1 de abril de 2009

CONVERSAS COM LISBOA: ciclo de palestras

Ciclo de Palestras organizado pela Câmara Municipal de Lisboa

A cidade, a sua história, a vida quotidiana, a arte e a arquitectura, as pessoas com as suas histórias e as suas memórias, vão ser temas destas primeirasa "Conversas com Lisboa". Através das palavras dos oradores convidados para este ciclo vamos tarzer à conversa diferentes olhares sobre Lisboa e debatê-los com todos os que quiserem partilhar um pouco dessas memórias, com um olhar posto no futuro da nossa Cidade.

Todas as palestras terão lugar nos Paços do Concelho, a casa dos lisboetas, ao fim da tarde, entre as 18h00 e as 20h00. Entrada Livre.

3 ABRIL
Lisboa Liberal e Republicana: Propostas Visionárias para a Cidade
MARIA CALADO (UTL/FA)

16 ABRIL
Republicanismo e Descentralização: O Congresso Municipalista de Lisboa de 1909
ERNESTO CASTRO LEAL (UL/FC)

FOTO: Praça do Município decorada para o Congresso Municipalista em Abril de 1909. Imagem de Joshua Benoliel (1873-1932), Arquivo Fotográfico Municipal.

Ministro do Ambiente diz que portagens à "porta" das cidades não são para já

«O ministro do Ambiente admitiu a introdução de portagens à entrada das grandes cidades portuguesas.

Francisco Nunes Correia falava em Lisboa à margem da cerimónia de assinatura de protocolos de duas medidas de desincentivo do uso do transporte individual, que envolvem a Galp Energia, a Carris e o Governo.

As medidas do 'Car Pooling' e do 'Car Sharing', considerou o ministro, são "uma porta de entrada que prepara a consciência das pessoas para isso (para as portagens à entrada das cidades)". "Várias vezes me têm perguntado porque é que o Ministério do Ambiente não promove portagens na entrada das cidades. Em primeiro lugar, isso não se pode fazer sem a aquiescência dos municípios. Por outro lado, mais importante ainda que os poderes locais é a consciência das populações", considerou o ministro.

O programa de 'Car Sharing' lançado pela Galp Energia promove a utilização partilhada de automóveis individuais, enquanto o sistema de 'Car Pooling' da Carris permite aos utilizadores alugar carros adjudicados à empresa (e espalhados por sete parques em Lisboa) por períodos curtos através do cartão Lisboa Viva. "É com medidas como estas que as pessoas vão compreedendo o problema, o absurdo, a deseconomia, o desperdício que é andar a gastar gasolina num carro de uma tonelada, que leva lá dentro uma pessoa com 50 quilos", frisou o ministro. "À medida que os cidadãos se vão apercebendo disto vão recorrendo mais a estes sistemas e estão a um passo de aceitar alguma forma de penalização, ou à entrada das cidades ou nas portagens convencionais. Estas medidas preparam a consciência das pessoas para outras, porventura, mais enérgicas", afirmou o responsável.

Questionado sobre se considera "inevitável" a introdução de portagens à entrada das grandes cidades portuguesas, Nunes Correia respondeu: "Olhando para aquilo que é a trajectória das sociedades contemporâneas e olhando para aquilo que as cidades mais desenvolvidas hoje já fazem, porque é que Lisboa há-de ficar para trás? Porque há-de estar condenada ao subdesenvolvimento?".

Só o "timing" não parece ser o mais adequado, ainda que o ministro tenha recordado o êxito destas medidas em grandes capitais europeias como Londres."Este é o momento? Talvez não seja o momento. Neste momento estamos a lançar uma medida que eu acho que cria clima para isso", admitiu o ministro. "Em Londres está a ser um modelo de sucesso, porque é que aqui não iria ser?", questionou.» In Jornal de Notícias 31/3/2009

FOTO: Ponte 25 de Abril